Fundação ligada à Faculdade de Medicina da USP pede a Dino que reconsidere bloqueio de emendas

Política
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Uma das entidades afetadas pela decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o repasse de emendas parlamentares, a Fundação Faculdade de Medicina (FFM) pediu que o ministro reconsidere o bloqueio. Antes de decidir, Dino aguarda um parecer da Controladoria-Geral da União (CGU).

A FFM é uma entidade sem fins lucrativos que atua em apoio às atividades da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital das Clínicas, maior complexo hospitalar da América Latina.

A fundação foi citada em um relatório da CGU sobre organizações não governamentais e entidades do terceiro setor que, segundo a Controladoria-Geral da União, não adotam mecanismos adequados de transparência ou não divulgam informações sobre a aplicação de verbas de emendas parlamentares.

O diretor-presidente da FFM, Arnaldo Hossepian Salles Lima Junior, esteve na quarta-feira, 15, em Brasília para prestar informações pessoalmente ao ministro. Ele também se reuniu com representantes da CGU.

À frente da FMM há 2 anos e 10 meses, Arnaldo Hossepian fez carreira no Ministério Público de São Paulo. Foi sub-procurado-geral de Justiça em duas administrações (2012-2015 e 2019-2022), representante do Ministério Público paulista no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e atualmente é membro do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde (Fonajus), vinculado ao CNJ.

A fundação busca estabelecer uma postura colaborativa com os órgãos de controle. Há preocupação interna com o desgaste que o caso pode gerar à imagem da entidade. O departamento jurídico se apressou em reunir todas as informações requisitadas e encaminhá-las ao STF. Também se colocou à disposição para enviar documentos complementares, se houver necessidade.

No ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal, a FFM afirma que, desde que tomou conhecimento dos critérios e premissas adotados no relatório da CGU, passou a "envidar todos os esforços para se alinhar aos padrões estabelecidos", "aprimorando a divulgação ativa, que já ocorria, de informações relativas às emendas parlamentares em seu Portal da Transparência".

Um total de R$ 8,6 milhões de emendas foi liberado em benefício da FFM no período analisado pela CGU (2 a 21 de dezembro de 2024). A fundação afirma que todas as contas referentes aos recursos foram prestadas ao governo federal e que apenas uma emenda, no valor de R$ 996 mil, de autoria da Comissão da Saúde, "não fora formalizada por um competente instrumento jurídico". A emenda seria destinada à compra de um equipamento para o Instituto da Criança.

Sobre a prestação de contas no Portal da Transparência, a FFM afirma que apenas informações relacionadas a emendas parlamentares pendentes de análise pelo Ministério da Saúde não constavam no site.

"Sem embargo, os demais convênios estavam todos inseridos no referido Portal; todavia, sem referência expressa ao número da emenda e ao parlamentar, tendo sido informado apenas o número do convênio proveniente do 'Transferegov'. Cabe esclarecer que não estávamos cientes da necessidade de constar expressamente as informações relativas ao número da emenda, nome do parlamentar etc.; entretanto, tão logo tomamos conhecimento dessas orientações, adequamos o Portal da Transparência da FFM", informou a fundação.

A decisão cabe agora a Flávio Dino.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que "espera que possamos obter um cessar-fogo da Rússia". "E se conseguirmos, acho que isso seria 80% do caminho para acabar com esse horrível banho de sangue" , disse Trump em entrevista concedida na Casa Branca, onde recebeu o primeiro-ministro da Irlanda, Micheal Martin, nesta quarta-feira, 12. O presidente dos EUA novamente fez ameaças veladas de atingir a Rússia com novas sanções. "Podemos, mas espero que não seja necessário", acrescentou Trump. Fonte: Associated Press.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, elogiou a postura da Ucrânia, que sinalizou aceitação de uma proposta de cessar-fogo, e disse que agora é a vez de a Rússia concordar. "Se a Rússia falar sim, será uma boa notícia e vamos dar andamento ao processo, fazendo o necessário para que ele avance", disse.

Caso a resposta seja não, os EUA examinarão todos os pontos para "resolver em que lugar estamos no mundo", completou. "Se a Rússia disser não, isso nos dirá muito sobre quais são seus objetivos e qual é sua mentalidade", comentou.

O secretário afirmou que o desejo do presidente dos EUA, Donald Trump, é trazer uma paz duradoura e prolongada para a Ucrânia.

"O presidente deseja que batalha acabe. Não só por 30 dias, 60 dias, mas permanentemente", afirmou Rubio, em entrevista concedida no aeroporto de Shannon, na Irlanda, nesta quarta-feira.

Para se atingir esse objetivo, ambos os lados devem vir para a mes de negociação.

Rubio afirmou que não há solução militar para o conflito, observando que nenhum dos lados pode atingir militarmente seus objetivos maximalistas, disse. "Estamos buscando garantir a segurança de longo prazo da Ucrânia - qual o sentido de gastar todo esse tempo para obter um cessar-fogo e um fim negociado da guerra para vê-la ressurgir novamente em seis anos, quatro anos, três anos? Não estamos interessados nisso."

O representante norte-americano afirmou que a Ucrânia precisa de um "impedimento suficiente contra futuros ataques, futuras invasões".

"Nossa esperança é que possamos parar todas essas hostilidades e chegar a uma mesa de negociação onde ambos os lados, ao longo de algum período de tempo, com muito trabalho duro, possam encontrar um resultado mutuamente aceitável", afirmou Rubio.

Isso, no caso da Ucrânia, garante sua prosperidade e segurança a longo prazo. "Os ucranianos deixaram bem claro que não se trata apenas de acabar com uma guerra, eles precisam ter seus prisioneiros de guerra de volta, eles precisam ter seus filhos de volta", afirmou.

Rubio acrescentou que não caracterizaria um acordo mineral proposto entre a Ucrânia e os EUA como uma garantia de segurança.

Sanções europeias contra a Rússia estarão na mesa em qualquer acordo de cessar-fogo, afirmou.

O Departamento de Educação dos Estados Unidos demitiu quase metade da sua equipe. O anúncio desta terça-feira, 11, em meio ao corte de funcionários do governo federal promovido por Donald Trump, é um prelúdio dos planos do presidente para desmontar a agência.

O departamento, que começou o ano com 4,1 mil funcionários, anunciou a demissão de 1,3 mil nesta terça. Além disso, 572 aceitaram o desligamento voluntário oferecido pelo governo nas últimas semanas e outros 63 em estágio probatório foram dispensados. Isso significa que, em apenas dois meses de governo, a agência perdeu metade da sua força de trabalho.

A pasta da educação está na mira de Trump desde a campanha, quando prometeu fechar o departamento que, nas suas palavras, teria sido tomado por "radicais, fanáticos e marxistas". O presidente diz querer que a secretária Linda McMahon "se coloque fora do emprego" e feche a agência.

A tarefa seria complexa e provavelmente exigiria uma ação do Congresso dos EUA. Mas a imprensa americana antecipou na semana passada que Donald Trump estava disposto a desmantelar a agência. A informação se baseia no projeto de decreto que ordenava Linda a desmontar o próprio departamento.

Segundo o rascunho do texto, a secretária deveria se encarregar de "tomar todas as medidas necessárias para facilitar o fechamento do Departamento de Educação".

Logo após ter o nome confirmado pelo Senado, na semana passada, Linda McMahon avisou em memorando que os funcionários deveriam se preparar para cortes profundos. Ela disse que a "missão final" do Departamento de Educação era eliminar o inchaço burocrático e transferir a autoridade da agência para os Estados.

Ao anunciar as demissões, Linda disse que os cortes refletem o compromisso da agência com a "eficiência, a prestação de contas e a garantia de que os recursos serão destinados" aos estudantes, pais e professores. Os trabalhadores atingidos serão colocados em licença administrativa no final da próxima semana.

Criado em 1979, sob a presidência do democrata Jimmy Carter, o Departamento de Educação distribui bilhões de dólares para escolas e universidades e gerencia a carteira de empréstimos estudantis. Além das atribuições financeiras, a pasta exerce papel regulador importante nos serviços que atendem aos estudantes, especialmente os mais vulneráveis. (Com agências internacionais).