PF indicia quatro ex-chefes da PRF por blitze para barrar eleitores em 2022

Política
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A Polícia Federal indiciou quatro ex-chefes da Polícia Rodoviária Federal no bojo do inquérito sobre o uso da máquina pública para influenciar as eleições presidenciais de 2022 por meio de blitze para impedir o deslocamento de eleitores no segundo turno do pleito. O Estadão busca contato com a defesa dos citados e deixou espaço aberto para manifestações.

Além dos ex-diretores, um ex-coordenador de Inteligência e Contra inteligência da corporação foi enquadrado por supostos crimes de desobediência, prevaricação, restrição ao exercício do direito de voto e omissão no combate ao crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da 'restrição do exercício dos poderes constitucionais'.

Os indiciamentos foram encaminhados ao Supremo Tribunal Federal no ano passado, mas vieram à tona nesta quarta, 22.

As informações foram divulgadas pelo portal UOL e confirmadas pelo Estadão.

A partir do enquadramento criminal do grupo que comandou a PRF, cabe à Procuradoria-Geral da República analisar provas e conclusões da PF para decidir se pede mais diligências sobre o caso ou se já apresenta denúncia formal contra os ex-chefes da PRF e o ex-coordenador ou, ainda, se arquiva a investigação.

Os alvos do indiciamento são: Luís Carlos Reischak Junior (ex-diretor de Inteligência); Rodrigo Cardozo Hoppe (ex-diretor de Inteligência substituto); Djairlon Henrique Moura (ex-diretor de Operações); Adiel Pereira Alcantara (ex-coordenador de Análise de Inteligência).

Outro indiciado foi chefe da Agência Nacional de Transportes Terrestres - Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador de Inteligência e Contrainteligência.

Pelos mesmos fatos - as blitze no segundo turno das eleições presidenciais - a Polícia Federal já havia indiciado o ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, delegado de carreira da PF.

Ambos foram enquadrados por "violência política".

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Em resposta ao anúncio de um cessar-fogo de três dias feito pela Rússia para marcar o aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou nesta segunda-feira, 28, o Kremlin de manipulação e exigiu um fim imediato e duradouro à guerra Rússia-Ucrânia.

"Agora, mais uma vez, vemos uma nova tentativa de manipulação: por alguma razão, todos deveriam esperar até 8 de maio e apenas então cessar o fogo, para garantir silêncio para Putin durante o desfile de comemoração do fim da Segunda Guerra", afirmou Zelensky. "Nós valorizamos a vida das pessoas, não desfiles."

O líder ucraniano destacou que qualquer trégua deve ser incondicional e prolongada, não apenas simbólica. "O fogo deve ser interrompido não por alguns dias, para depois voltar a matar, mas sim de forma imediata, completa e incondicional. E por no mínimo 30 dias, para que seja garantido e confiável. Só assim será possível criar uma base para uma diplomacia real", disse.

Zelensky também denunciou novos ataques russos contra civis, mesmo diante dos apelos internacionais pelo fim da guerra. "Mais uma vez, a Rússia atacou um alvo que não tem relação com a guerra, mas com as pessoas. E isso aconteceu em meio às exigências do mundo para que a Rússia encerre esta guerra", afirmou. "Cada novo dia é uma nova e clara prova de que é necessário aumentar a pressão sobre a Rússia, pressionar de forma significativa, para que, em Moscou, sejam obrigados a pôr fim a esta guerra, uma guerra que apenas a própria Rússia quer."

O presidente ucraniano reiterou a disposição do país em buscar a paz, mas acusou a Rússia de sabotar os esforços diplomáticos. "Sempre deixamos claro que estamos prontos para trabalhar o mais rapidamente possível com todos os parceiros que possam ajudar a estabelecer a paz e garantir a segurança. A Rússia rejeita constantemente essas iniciativas, manipula o mundo e tenta enganar os Estados Unidos", afirmou.

O Kremlin afirmou nesta segunda-feira, 28, que as relações com a Coreia do Norte continuarão a se desenvolver "dinamicamente em todas as áreas", após a participação de tropas norte-coreanas no combate a uma incursão ucraniana na região russa de Kursk. Em comunicado oficial, o governo russo destacou que suas Forças Armadas "derrotaram completamente" os grupos ucranianos que invadiram o território, encerrando o que classificou como uma "provocação criminosa" de Kiev.

A Rússia expressou confiança de que os laços entre Moscou e Pyongyang, "aprofundados no campo de batalha", seguirão se fortalecendo. "Estamos certos de que a amizade, a boa vizinhança e a cooperação entre nossas nações se desenvolverão com sucesso e dinamismo em todas as direções", afirmou o texto.

Segundo o Kremlin, unidades do exército da Coreia do Norte participaram ativamente da operação, em conformidade com o "Tratado de Parceria Estratégica Abrangente" assinado entre os dois países em junho de 2024. O comunicado citou o artigo 4 do acordo, que prevê "assistência militar imediata em caso de ataque armado" a uma das partes.

"Os amigos coreanos agiram com base em um senso de solidariedade, justiça e verdadeira camaradagem", destacou o Kremlin, acrescentando que a Rússia está "profundamente grata" ao líder Kim Jong Un, ao governo e ao povo norte-coreano. Moscou também elogiou o "heroísmo, treinamento e dedicação" dos soldados da Coreia do Norte, que lutaram "ombro a ombro" com as tropas russas.

"O povo russo nunca esquecerá o feito dos combatentes de elite coreanos. Honraremos eternamente seus heróis, que deram suas vidas pela Rússia e por nossa liberdade comum, assim como nossos irmãos de armas", concluiu o comunicado.

O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, afirmou neste domingo, 27, que Pequim está acompanhando de perto o desenvolvimento da situação entre a Índia e o Paquistão, reiterando que a China entende as preocupações e apoia a segurança paquistanesa, mas que o conflito não atende aos interesses fundamentais dos países e nem é propício à paz e estabilidade regional.

Wang teve uma conversa telefônica com o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Paquistão, Ishaq Dar. "Esperamos que ambos os lados consigam exercer moderação, chegar a um acordo e trabalhar para acalmar a situação", disse ele em comunicado.

O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Muhammad Asif, declarou hoje que uma incursão militar da Índia é iminente após um ataque mortal a turistas na Caxemira na semana passada, que resultou na morte de 26 pessoas.

Nesta segunda-feira, 28, pelo menos mais sete pessoas foram mortas e 16 ficaram feridas depois que uma bomba potente explodiu do lado de fora do escritório de um comitê de paz pró-governo em um antigo reduto do Talibã paquistanês, informou a polícia.