Aliado de Bolsonaro, Ciro Nogueira diz que Trump 'não pode ser reverenciado todo o tempo'

Política
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O ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro e presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), criticou nesta quarta-feira, 22, a declaração do presidente norte-americano Donald Trump em relação a "não precisar" do Brasil. Aliado de Bolsonaro, o senador qualificou a fala de Trump como "desprezo" ao País e sugeriu que ele deve ser tratado "de igual para igual" se o Brasil quiser o respeito do americano.

A declaração de Trump ocorreu nos primeiros minutos sentado à mesa do Salão Oval da Casa Branca nesta segunda-feira, 20.

Quando questionado pela jornalista da Globonews Raquel Krähenbühl sobre sua perspectiva em relação às relações com a América Latina e, especificamente, com o Brasil, Trump respondeu: "Devem ser ótimas. Eles precisam de nós. Muito mais do que nós precisamos deles. Não precisamos deles. Eles precisam de nós. Todo mundo precisa de nós".

O republicano não respondeu à pergunta da brasileira se pretendia se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Nos comentários da publicação, bolsonaristas caçoaram da opinião do senador. "Lacrou, amigue!", ironizou uma seguidora. Outros afirmaram concordar com Trump, e responsabilizaram o governo e a "omissão do Senado" pela imagem do Brasil não ter maior credibilidade.

Já o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que foi a Washington acompanhar a posse, também endossou a fala de Trump. Em seu perfil no X (antigo Twitter), o deputado federal publicou o trecho da entrevista nesta quarta-feira, afirmando que "falar o óbvio só choca quem não vê a realidade".

"Sinceramente, as pessoas saem dos EUA para viver no Brasil ou é o contrário? Autoridades dos EUA buscam ir à posse de presidentes brasileiros ou é o contrário?", questionou.

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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, alertou que uma vitória russa sobre a Ucrânia acabaria com a força dissuasiva da maior aliança militar do mundo, e que sua credibilidade poderia custar trilhões para ser restaurada.

"Se a Ucrânia perder, para restaurar a dissuasão do resto da Otan novamente, será um preço muito, muito mais alto do que o que estamos contemplando neste momento em termos de aumentar nossos gastos e aumentar nossa produção industrial", disse Rutte em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial. O secretário acrescentou que é preciso "mudar a trajetória" do conflito, e afirmou que o Ocidente não pode permitir que um país invada outro para "colonizá-lo".

A ansiedade na Europa aumenta com promessas do presidente dos EUA, Donald Trump, de tentar encerrar o conflito em negociações com o líder russo, Vladimir Putin. Rutte, no entanto, demonstra certa cautela com a tentativa de resolver a situação às pressas.

"Se fizermos um mau acordo, isso significaria apenas que veremos o presidente da Rússia cumprimentando os líderes da Coreia do Norte, Irã e China e não podemos aceitar isso", disse. "Isso seria geopoliticamente um grande, grande erro". Fonte: Associated Press.

O governo da Rússia minimizou nesta quinta-feira, 23, as ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira, 22, ao líder russo, Vladimir Putin. Em um post na sua rede Truth Social, o republicano ameaçou a Rússia com tarifas e novas sanções, caso não haja uma solução em até 100 dias para a guerra na Ucrânia.

Segundo o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, não há nada de particularmente novo nas declarações. "Está claro desde o primeiro mandato de Trump que ele gosta de sanções, mas acompanhamos de perto as suas declarações", disse. "Continuamos prontos para o diálogo, diálogo em pé de igualdade e respeito mútuo."

Em uma postagem em sua rede social Truth Social nesta quarta-feira, 22, Trump afirmou que a economia russa está com problemas e faria um "grande favor" a Vladimir Putin ao acabar com a guerra.

"Se não chegarmos a um 'acordo' em breve, não tenho outra escolha senão aplicar altos níveis de impostos, tarifas e sanções a tudo o que for vendido pela Rússia aos Estados Unidos e a vários outros países participantes. Vamos acabar com esta guerra, que nunca teria começado se eu fosse presidente", escreveu.

Antes de sua posse na segunda-feira, Trump havia prometido acabar com a guerra na Ucrânia antes mesmo de assumir o cargo, aumentando a perspectiva de que poderia forçar Kiev a fazer concessões a Moscou.

Mas há poucos indícios de que ameaças econômicas possam fazer Putin ceder. Além de pequenas quantidades de fertilizantes, rações para animais e maquinário, a Rússia atualmente exporta quase nada para os EUA. Segundo a Bloomberg, os EUA importaram cerca de US$ 4,6 bilhões em bens da Rússia em 2023, o que representa menos de 0,2% do total das importações.

Além disso, o país já é uma das nações mais sancionadas do mundo. Os EUA já impuseram diversas sanções contra Moscou devido à guerra durante o governo Biden, mas outras são anteriores e algumas foram impostas durante o primeiro mandato de Trump. E até agora tiveram pouco ou nenhum efeito coercitivo.

Na entrevista coletiva de terça-feira, o presidente dos EUA não comentou se pretende dar continuidade à política do seu antecessor de enviar armas à Ucrânia para combater a invasão russa.

"Estamos examinando isso", declarou. "Estamos conversando com (o presidente ucraniano Volodmir) Zelenski, vamos conversar com o presidente Putin muito em breve", disse ele. (Com agências internacionais).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira, 23, que é preciso derrubar os preços do petróleo e fez uma relação entre o valor da commodity e a guerra entre russos e ucranianos. "Se os preços do petróleo caírem, a guerra da Rússia contra Ucrânia acabará rapidamente", afirmou Trump, em fala exibida virtualmente para líderes reunidos no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

E acrescentou: "O petróleo, taxas de juros precisam cair."

Trump afirmou ainda que transformará os EUA na capital mundial da criptomoeda.

O republicano disse que a mensagem que quer dar para os empresários é para que venham produzir nos EUA e receberão impostos mais baixos do globo.