Presidente da Alesp rejeita pedido de impeachment contra Derrite

Política
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O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), rejeitou nesta sexta-feira, 24, um pedido de impeachment contra o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.

O pedido de afastamento do secretário foi protocolado em 6 de dezembro com assinaturas de 26 deputados da oposição ao governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), filiados a PT, PSOL, PSOL e PCdoB.

No momento em que o pedido foi protocolado, episódios de violência da Polícia Militar paulista ganharam repercussão nacional. No dia 3 de novembro, um homem de 26 anos tentou furtar pacotes de sabão em um supermercado no Jardim Prudência, na zona sul de São Paulo, e escorregou no momento da fuga. Um policial de folga que estava no caixa presenciou a cena e disparou 11 vezes contra o homem, que não apresentava resistência ou ameaça.

As imagens do circuito interno do estabelecimento vieram à tona no dia 2 de dezembro. No mesmo dia, durante a madrugada, um policial jogou um homem de uma ponte na região de Cidade Ademar, na zona sul da capital paulista. O homem também não apresentava ameaça ou resistência ao agente policial.

Segundo os signatários do pedido, Derrite adotou uma "postura permissiva" ao aumento da letalidade policial no período à frente da pasta de Segurança Pública, provocando um aumento do índice de mortes causadas pelo efetivo policial do Estado.

Os autores argumentaram que a postura de Derrite afrontou os princípios da moralidade e da eficiência da administração pública, além de violar tratados internacionais para a garantia dos direitos humanos, configurando crime de responsabilidade.

Ao rejeitar o pedido, André do Prado alegou que a petição não comprovou a "inexistência de repressão a eventuais práticas abusivas" dos policiais, o que impede a responsabilização de Derrite no descumprimento de suas funções enquanto secretário de Estado.

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O senador de centro Rodrigo Paz foi eleito presidente da Bolívia durante o segundo turno das eleições presidenciais do país neste domingo, 19. No momento em que a contagem foi publicada pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) boliviano, por volta das 21 horas (de Brasília), Paz aparecia com 54% dos votos, ante 45% do ex-presidente conservador Jorge 'Tuto' Quiroga. No momento, 98% das urnas haviam sido apuradas.

O próprio presidente do TSE da Bolívia, Oscar Hassenteufel, afirmou que o resultado "parece ser irreversível".

Em conversa com jornalistas na porta de sua residência em Santa Cruz, o vice-presidente eleito, Edman Lara, declarou estar agradecido ao povo boliviano e pela oportunidade de governar a Bolívia. "É tempo de nos unirmos, é tempo de nos reconciliarmos. Acabaram-se as cores políticas."

Lara afirmou que está pronto para ir a La Paz para, junto com Rodrigo Paz, "coordenar quais seriam as soluções que devem ser dadas o mais breve possível para a crise econômica que atinge a Bolívia".

Uma das tarefas pendentes do novo governo boliviano será restabelecer as relações com os Estados Unidos, interrompidas desde a expulsão do embaixador americano em 2008 por suposta ingerência interna, quando o líder indígena Evo Morales era presidente, afirmam analistas.

*Com informações da Associated Press

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, respondeu neste domingo, 19, às acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que havia chamado o colombiano de "líder de drogas ilegais" e anunciado o fim dos subsídios norte-americanos ao país. Em publicação no X, Petro disse que "jamais a Colômbia foi grosseira com os EUA", mas que Trump é "grosseiro e ignorante" com os colombianos.

Petro afirmou ainda que, diferentemente de Trump, ele "não faz negócios", pois é socialista e acredita "na ajuda, no bem comum e nos bens comuns da humanidade - o maior de todos: a vida, colocada em perigo por seu petróleo".

O presidente colombiano negou qualquer vínculo com o narcotráfico e disse não compreender "a ganância" que, segundo ele, define o capitalismo.

"Um mafioso é um ser humano que condensa o melhor do capitalismo: a ganância. Eu sou o contrário, um amante da vida", escreveu. "Leia Cem Anos de Solidão, como fez seu encarregado de negócios em Bogotá, e talvez aprenda algo sobre a solidão", publicou o líder colombiano, em referência à obra de Gabriel García Márquez.

A reação de Petro ocorre após Trump anunciar, pela Truth Social, que os EUA cortarão subsídios à Colômbia e ameaçar "fechar os campos de morte" ligados à produção de drogas no país caso o governo colombiano não o faça.

As seções eleitorais começaram a ser fechadas no período da tarde deste domingo, 19, na Bolívia, dando início à contagem de votos para a eleição do novo presidente, em uma jornada eleitoral tranquila e marcada por ampla participação da população. No inédito segundo turno, disputam o cargo o senador centrista Rodrigo Paz e o ex-presidente conservador Jorge "Tuto" Quiroga, os dois candidatos mais votados no primeiro turno, realizado em 17 de agosto.

O Tribunal Supremo Eleitoral informou que os primeiros resultados preliminares devem estar disponíveis a partir das 21 horas (de Brasília).

A eleição ocorre em meio a uma crise caracterizada pela escassez de combustíveis, pela alta nos preços dos alimentos e pelo desemprego.

Segundo diversas pesquisas, para 80% dos bolivianos a principal preocupação é a economia. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado