Alckmin se solidariza com prejuízo dos paulistanos após temporal em post no X

Política
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O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), se solidarizou com a população da cidade de São Paulo, por conta do temporal desta sexta-feira, 24, que provocou estragos na capital paulista, em publicação no X (antigo Twitter), feito para comemoração dos 471 anos do município.

"Nestes 471 anos da nossa querida São Paulo, não posso deixar de me solidarizar com todos os paulistanos, especialmente com aqueles que sofreram prejuízos e ainda estão sendo mais afetados pela chuva de ontem", afirmou o vice-presidente. "Que a cidade possa se escorar na força e na resiliência do seu povo e encontrar, na grandeza e no espírito empreendedor de sua gente, a inspiração necessária para buscar soluções e superar problemas como este. Viva São Paulo e a sua brava gente!"

A capital paulista registrou o terceiro dia com maior volume de chuva da história, de acordo com o levantamento do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Defesa Civil do Estado de São Paulo. Foram 125.4mm registrados por volta das 19h10 na estação do Mirante de Santana, na zona norte da cidade. O dia de ontem só perde para 21 de dezembro de 1988 (151.8mm) e 25 de maio de 2005 (140.4mm).

Alckmin nunca conseguiu se eleger prefeito de São Paulo, mas já foi governador do Estado por quatro vezes. Após assumir o cargo em 2001, por conta da morte do ex-governador Mário Covas (PSDB), ele foi eleito pela primeira vez em 2002. Depois, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência em 2006, quando perdeu no segundo turno para Lula (PT). Retornou ao Palácio dos Bandeirantes em 2010, onde permaneceu até 2018, quando concorreu novamente ao chefe do Executivo nacional e perdeu no primeiro turno para Jair Bolsonaro (PL).

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O presidente americano Donald Trump anunciou neste domingo, 26, por meio de sua rede social, a imposição de tarifas de importação a produtos colombianos após o presidente Gustavo Petro ter se recusado a receber dois aviões com imigrantes deportados dos Estados Unidos. Na sexta, 24, um voo com imigrantes brasileiros chegou a Manaus com relatos de agressões e maus-tratos contra os deportados.

Trump anunciou de imediato a fixação de tarifas de importação de 25% sobre os produtos colombianos, além da suspensão de vistos para Petro, aliados políticos e familiares e sanções bancárias e financeiras contra o país.

"Estas medidas são apenas o começo. Não permitiremos que o governo colombiano viole suas obrigações legais no que diz respeito à aceitação e ao retorno dos criminosos que forçaram a entrada nos Estados Unidos", afirmou Trump.

Mais cedo, o presidente colombiano havia citado o caso de deportados brasileiros que disseram ter sofrido agressões de agentes da imigração americana para vetar a entrada dos voos de repatriação no país.

"Um imigrante não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece", afirmou Petro. "Não posso obrigar os imigrantes a permanecer num país que não os quer; mas se esse país os devolver, deve ser com dignidade e respeito por eles e pelo nosso país".

Trump anunciou a medida como retaliação à fala de Petro.

"Fui informado que dois voos de repatriação vindos dos Estados Unidos, com um grande número de criminosos ilegais, não foram autorizados a pousar na Colômbia", escreveu Trump na sua rede social The Truth. "A negação de Petro a esses voos colocou em risco a segurança nacional e a segurança pública dos Estados Unidos, portanto, instruí minha administração a tomar imediatamente as seguintes medidas retaliatórias urgentes e decisivas".

Petro, primeiro presidente de esquerda da Colômbia, adotou uma postura mais defensiva contra Trump e suas deportações. No X, ele observou que mais de 15,6 mil cidadãos americanos estão vivendo na Colômbia sem os documentos adequados. Petro disse que, embora esteja ciente de que alguns americanos estão vivendo ilegalmente na Colômbia, ele não vai prendê-los e devolvê-los aos EUA acorrentados, dizendo que seu governo é "o oposto dos nazistas".

Os Estados Unidos são o parceiro comercial e aliado de segurança mais importante da Colômbia. As remessas financeiras para a Colômbia representam cerca de 3,4% da economia do país - mais do que o café, um dos principais produtos de exportação colombianos. A maior parte dessas remessas vem dos Estados Unidos.

A Embaixada dos EUA em Bogotá não respondeu a um pedido de comentário.

México também recusa voo com deportados

Segundo a NBCNews, o México se negou a receber um avião militar dos EUA que transportava deportados na quinta, 23. No mesmo dia, dois Air Force C-17s com 80 deportados cada viajaram até a Guatemala. A terceira aeronave, que tinha o México como destino, não teve pouso autorizado.

No mesmo dia, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, tuitou: "Ontem, o México aceitou um recorde de 4 voos de deportação em um dia!". Não está claro se os voos eram militares ou civis e nem os efeitos da recusa para os países

"O México tem um relacionamento muito bom com o governo dos Estados Unidos e cooperamos com respeito à nossa soberania em uma ampla gama de questões, incluindo a migração. Quando se trata de repatriações, sempre receberemos de braços abertos a chegada de mexicanos ao nosso território. O México os abraça", disse uma nota do ministro das relações exteriores do México. O governo da presidente mexicana Claudia Sheinbaum já afirmou que se opõe à ação "unilateral" de Trump em questões migratórias.

Veja as sanções impostas por Trump a Colômbia:

- Tarifas de emergência de 25% sobre todos os bens entrando nos Estados Unidos. Em uma semana, as tarifas de 25% serão aumentadas para 50%.

- Proibição de viagem e revogações imediatas de visto para funcionários do governo colombiano, inclusive aliados e apoiadores.

- Suspensão dos vistos de todos os membros do partido, da família e de apoiadores do governo colombiano.

- Inspeções aduaneiras e de proteção de fronteiras em toda carga que tenha origem da Colômbia com base na segurança nacional.

- Sanções bancárias e financeiras.

Um cargueiro seguiu viagem para o Canadá no domingo, 26, após ser liberado do gelo que o prendeu no congelado Lago Erie por dias, informou a Guarda Costeira dos EUA. O Manitoulin, uma embarcação canadense de 202 metros com 17 pessoas a bordo, ficou preso no gelo no Lago Erie na quarta-feira, depois de descarregar uma carga de trigo em Buffalo, Nova York, enquanto retornava para o Canadá, segundo a Guarda Costeira. A embarcação foi liberada no sábado, 25.

O navio não sofreu danos, e sua tripulação está segura, informaram as autoridades. Cargueiros nos Grandes Lagos frequentemente encontram gelo superficial no inverno, mas às vezes enfrentam gelo que é duro ou espesso demais para romper.

Um navio quebra-gelo da Guarda Costeira dos EUA estava trabalhando desde quinta-feira para ajudar o Manitoulin, e no sábado um segundo navio chegou para ajudar a liberar o cargueiro. A Guarda Costeira Canadense também estava com uma embarcação auxiliando nos esforços.

O cargueiro foi escoltado pelos três quebra-gelos através de mais de 32 quilômetros de gelo, de Buffalo em direção ao oeste, cruzando o Lago Erie, até alcançar águas livres na noite de sábado, segundo o tenente Kyle Rivera, da Guarda Costeira.

O cargueiro ainda precisa atravessar o restante do Lago Erie e subir pelos rios Detroit e St. Clair até Sarnia, Ontário (Canadá), onde ficará durante o restante do inverno, disse Rivera à Associated Press no domingo.

"Há gelo em outras partes do lago e dos rios, mas temos outro quebra-gelo que o levará por lá", afirmou. Um helicóptero da Guarda Costeira dos EUA estava no local realizando voos para monitorar a situação. Um terceiro navio da Guarda Costeira dos EUA estava programado para chegar na segunda-feira, caso o Manitoulin continuasse preso.

O Itamaraty publicou uma nota neste domingo, 26, sobre a situação dos brasileiros deportados vindos dos Estados Unidos que chegaram ao País na última sexta-feira, 24. No documento, a pasta afirma que o uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos do acordo com os EUA, "que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados".

O Itamaraty reiterou que o governo brasileiro reuniu informações detalhadas sobre o "tratamento degradante" dado aos brasileiros algemados, nos pés e mãos, no voo de repatriação do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos EUA (ICE). O avião, cujo destino final seria em Belo Horizonte (MG), fez um pouso inesperado em Manaus (AM) - foi quando o governo detectou que as pessoas estavam algemadas e acorrentadas por determinação dos americanos.

"O governo brasileiro considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas. O Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, a partir de 2018, para abreviar o tempo de permanência desses nacionais em centros de detenção norte-americanos, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso", diz a nota do Itamaraty.

O Ministério das Relações Exteriores informou ainda que vai encaminhar ao governo norte-americano um pedido de esclarecimento e disse seguir atento "às mudanças nas políticas migratórias naquele país, de modo a garantir a proteção, segurança e dignidade dos brasileiros ali residentes".

A deportação em massa de imigrantes ilegais foi uma das principais promessas de campanha de Donald Trump. O novo presidente dos Estados Unidos tomou posse na segunda-feira, 20. O voo de deportação para o Brasil com 158 pessoas, sendo 88 brasileiros, embora seja o primeiro desde que Donald Trump assumiu impondo políticas mais rígidas contra imigração, é parte de um processo que vinha correndo antes da posse do republicano, durante a administração Joe Biden.