TJ-CE nega recurso a Bebeto do Choró, prefeito foragido, em ação por porte de armas

Política
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A Justiça do Ceará rejeitou um recurso do prefeito eleito de Choró, Carlos Alberto Queiroz Pereira, o Bebeto do Choró (PSB), para anular provas no processo em que ele foi condenado a três anos de reclusão, em regime aberto, por posse ilegal de arma de fogo.

Bebeto está foragido em uma investigação por suspeita de compra de votos. Ele foi impedido de tomar posse no cargo.

O prefeito eleito também foi citado em um inquérito sobre emendas parlamentares enviadas pelo deputado Antônio Luiz Rodrigues Mano Júnior (ex-PL), o Júnior Mano, ao Ceará. Bebeto foi apontado como operador de um esquema de desvio dos recursos. Segundo a denúncia enviada ao Ministério Público, ele ficaria encarregado de abordar gestores públicos e oferecer emendas em troca de uma comissão.

Uma pistola e um revólver com numeração raspada foram apreendidos com o prefeito durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Estadual, em 2020. As armas estavam no banco do carona do carro dele, uma Hilux.

A defesa alegou que a abordagem foi irregular porque "não existia qualquer elemento além de denúncias anônimas para justificar a ação dos agentes policiais".

"As impressões subjetivas e o mero fato do acusado ser conhecido pela polícia, desacompanhados de outros elementos indicativos da ocorrência de crime, não constituem justa causa para a revista policial", argumentaram os advogados.

O recurso foi rejeitado por unanimidade pela 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará.

A desembargadora Sílvia Soares de Sá Nóbrega, relatora do processo, afirmou em seu voto que a condenação está "devidamente fundamentada" e que os questionamentos apresentados pela defesa já foram analisados no julgamento da ação.

"O recurso apresentado pela embargante visa o reexame de questão decidida e rebatida quando da análise do apelo, não se vislumbrando quaisquer vícios passíveis de serem sanados, sendo desnecessário tecer nesta oportunidade, maiores considerações", escreveu a relatora.

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O vice-chefe do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que o "ultimato" dado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, exigindo cessar-fogo da guerra contra a Ucrânia em 10 dias é uma "ameaça rumo à guerra" com os EUA, em publicação no X nesta tarde.

"Cada novo ultimato é uma nova ameaça e um passo rumo à guerra. Não entre a Rússia e a Ucrânia, mas com o próprio país dele EUA. Não vá pelo caminho do Sleepy Joe!", escreveu, usando como referência o apelido que Trump deu ao seu antecessor, o ex-presidente democrata Joe Biden.

Medvedev acrescentou ainda que Trump "deve se lembrar" que a Rússia não é "Israel ou o Irã", em referência a atuações dos EUA no Oriente Médio.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou em Aberdeen, na Escócia, acompanhado pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.

Nesta etapa da viagem, Trump deve visitar outra das duas propriedades de golfe na Escócia. No sábado, ele jogou golfe em outro empreendimento escocês da família Trump.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente dos EUA, Donald Trump, concordaram sobre a necessidade de uma ação "urgente" para colocar fim à situação em Gaza, que "atingiu novos níveis", em comunicado publicado nesta segunda-feira, após o encontro dos dois líderes na Escócia. De acordo com o texto, os lados se comprometeram a trabalhar em conjunto "para pôr fim à miséria e à fome e a continuar a pressionar pela libertação imediata dos reféns restantes".

Segundo a nota publicada pelo governo britânico, Starmer e Trump reforçaram o apelo por um cessar-fogo imediato para abrir caminho à paz na região. O premiê britânico disse estar trabalhando com outros líderes europeus para alcançar uma "paz duradoura".

Sobre o conflito na Ucrânia, os líderes concordaram que devem "manter o ímpeto" para pôr fim à guerra com a Rússia, incluindo a pressão econômica sobre o presidente russo, Vladimir Putin, para que Moscou "sente à mesa de negociações sem mais demora".

Ainda, segundo o comunicado, Starmer e Trump conversaram sobre os benefícios do acordo para os trabalhadores do Reino Unido e dos EUA e concordaram em continuar a trabalhar juntos "para fortalecer ainda mais sua estreita e sólida relação econômica".