Genial/Quaest: 31% avaliam governo Lula como positivo e 37% como negativo

Política
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A avaliação positiva geral do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou de 33% para 31%, enquanto a negativa subiu de 31% para 37% e a regular caiu de 34% para 28%, de acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 27. Não sabem ou não responderam 4%, ante 2% da sondagem de dezembro.

 

O Nordeste continua com a maior avaliação positiva geral do governo, mas houve uma queda - de 48% para 37%, enquanto a negativa ficou em 22% e a regular, de 29% para 32%.

 

Direção

 

A Genial/Quaest também mediu a percepção dos entrevistados sobre os rumos do País. Para 50%, o Brasil está indo na direção errada (ante 46% em dezembro) e 39% consideram que está indo na direção certa (ante 43%). Não sabem ou não responderam se mantiveram em 11%.

 

Em relação às promessas de campanha de Lula, 65% avaliam que o presidente não tem conseguido fazer aquilo que prometeu (ante 60% em dezembro) e 30% consideram que ele tem conseguido fazer o que prometeu (ante 35%). Não sabem ou não responderam se mantiveram em 5%.

 

Para 47% dos entrevistados, Lula é bem intencionado (ante 51%), enquanto 46% dizem que o presidente não é bem intencionado (ante 42%). Além disso, 47% dizem que o governo trabalha para atender às necessidades de todos (ante 52%) e 35% afirmam que o governo trabalha para atender às necessidades de quem votou no Lula (ante 34%).

 

A Genial/Quaest entrevistou 4.500 brasileiros de 16 anos ou mais entre 23 e 26 de janeiro. A margem de erro é de 1 ponto porcentual e o nível de confiabilidade, de 95%.

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A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, embarcou nesta terça-feira, 28, em uma turnê por grandes capitais europeias, enquanto o continente enfrenta o que ela chamou de "uma realidade mais incerta" e seu país se move para fortalecer sua presença militar em torno da Groenlândia.

A primeira-ministra planejou visitas a Berlim, Paris e Bruxelas, esta última para se reunir com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte. Sua viagem ocorre enquanto o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que não descarta o uso de força militar para tomar o controle da Groenlândia, um território autônomo pertencente à Dinamarca, membro da Otan e da União Europeia.

Na segunda-feira, 27, à noite, o governo de Mette Frederiksen anunciou um acordo de cerca de US$ 2 bilhões com partes que incluíam os governos da Groenlândia e das Ilhas Faroé, para "melhorar as capacidades de vigilância e manter a soberania na região". Essas melhorias incluirão três novos navios de guerra árticos, dois drones adicionais de vigilância de longo alcance e capacidade de satélite, informou o Ministério da Defesa em Copenhague.

Frederiksen não mencionou diretamente a ameaça de Trump em seus comentários durante uma reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz, mas disse que "estamos enfrentando uma realidade mais incerta, uma realidade que exige uma Europa ainda mais unida e mais cooperação". Ela apontou para as atividades russas na Ucrânia e além, e afirmou que "cabe à Europa definir o futuro do nosso continente e acho que temos que assumir mais responsabilidade pela nossa própria segurança".

Em seu anúncio sobre o Ártico e a região do Atlântico Norte, o Ministério da Defesa dinamarquês afirmou que as partes concordaram em negociar um segundo acordo na primeira metade deste ano, focado no fortalecimento da dissuasão e defesa.

"Devemos enfrentar o fato de que há desafios sérios em relação à segurança e defesa no Ártico e no Atlântico Norte", disse o ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen. "Por isso, precisamos fortalecer nossa presença na região." Seu ministério destacou que garantir que os investimentos apoiem empregos e negócios locais na Groenlândia e nas Ilhas Faroé será "um ponto focal".

Vivian Motzfeldt, ministra de Estado e Relações Exteriores da Groenlândia, afirmou estar "satisfeita com as medidas que estamos tomando para aumentar a segurança na e ao redor da Groenlândia" com o acordo.

O governo da Groenlândia insistiu que o território não está à venda, mas que está aberto à cooperação. O comunicado do Ministério da Defesa não mencionou as ambições de Trump.

O GLBTQ Legal Advocates & Defenders (GLAD Law) e o Centro Nacional para os Direitos de Lésbicas (NCLR, na sigla em inglês) entraram com ação judicial contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desafiando ordem executiva assinada pelo republicano que proíbe a presença de transgênero nas Forças Armadas dos EUA.

Em comunicado conjunto, os grupos de diversidade disseram que a ação foi movida com base na proteção igualitária e representa seis membros ativos das Forças Armadas e outros dois indivíduos que tentam se alistar. De acordo com os denunciantes, a medida viola princípios constitucionais de igualdade.

De acordo com o texto publicado pelo GLAD, Nicolas Talbott, segundo tenente do Exército e um dos requerentes, defende que a identidade de gênero não interfere na capacidade de servir. "Quando você veste o uniforme, as diferenças desaparecem e o que importa é a sua capacidade de realizar o trabalho", afirmou.

Ambos os grupos já haviam liderado outro desafio contra a primeira proibição de Trump, em 2017, que foi considerada inconstitucional por tribunais federais e barrada por quase dois anos. A decisão foi revertida pelo então presidente Joe Biden em 2021.

O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou que se a Dinamarca solicitar ajuda aos Estados-membros da União Europeia (UE) para lidar com a situação com a Groenlândia, a França responderá. Em entrevista para a Sud Radio, ele disse que as fronteiras da Europa são soberanas e ninguém pode "vir e mexer nelas".

De acordo com o ministro, a questão central é que o Ártico "se tornou uma nova área de conflito". Barrot tem sigo uma das principais figuras europeias a reagir aos comentários do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre possivelmente anexar a Groenlândia.