Aprovação de Lula cai 5 pp, de 52% para 47%, aponta pesquisa Genial/Quaest

Política
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A desaprovação ao trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu dois pontos porcentuais, de 47% em dezembro de 2024 para 49% em janeiro de 2025, diz pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 27. A aprovação oscilou cinco pontos para baixo, de 52% para 47%, no mesmo intervalo. Não sabem ou não responderam 4% dos entrevistados, ante 2% no levantamento anterior.

 

O trabalho do presidente continua com a maior aprovação no Nordeste, ainda que tenha havido uma queda de 67% para 59%. O índice de nordestinos que desaprovam o trabalho de Lula subiu de 32% para 37%, enquanto os que não sabem ou não responderam subiu de 1% para 4%.

 

No Sudeste, os que aprovam o trabalho presidencial caíram 2 pontos, de 44% para 42%, enquanto os que desaprovam se mantiveram em 53%. Não sabem ou não responderam subiram de 3% para 5%.

 

No Sul, os que aprovam o trabalho de Lula caíram sete pontos porcentuais, de 46% para 39%, enquanto os que desaprovam subiram de 52% para 59%. Não sabem ou não responderam se mantiveram em 2%.

 

Nas Regiões Centro-Oeste e Norte, pesquisadas de forma conjunta, os que aprovam o trabalho do presidente se mantiveram em 48% e os que desaprovam oscilaram 1 ponto, de 50% para 49%. Não sabem ou não responderam 2%, ante 3% da Genial/Quaest de dezembro.

 

Recortes

 

Quando o critério é a renda familiar, Lula tem seu trabalho aprovado por 56% dos que ganham até dois salários mínimos, ante 63% em dezembro. Nesta faixa, 39% o desaprovam ante 34% no levantamento anterior. Entre os que recebem de dois a cinco salários mínimos, a aprovação do trabalho do presidente caiu de 48% para 43% e a desaprovação subiu de 50% para 54%. Entre aqueles com renda superior a cinco salários mínimos, os que desaprovam (se manteve em 59%) superam os que aprovam (se manteve em 39%).

 

As mulheres aprovam mais o trabalho do presidente - 49% ante 54% em dezembro - do que os homens - 45% ante 49%.

 

No recorte por faixa etária, o trabalho de Lula é mais aprovado por quem tem 60 anos ou mais - caiu de 57% para 52%. Nesta faixa, a desaprovação se manteve em 40%. Entre os entrevistados de 16 a 34 anos, a aprovação caiu de 48% para 45% e a desaprovação subiu 50% para 52%. Na faixa dos 35 a 59 anos, os que aprovam caíram de 52% para 46% e os que desaprovam subiram de 46% para 52%.

 

Já 58% dos evangélicos desaprovam o trabalho de Lula, ante 56% em dezembro, e 37% aprovam, ante 42%. Entre os católicos, 52% aprovam, ante 56% da última sondagem, e 45% desaprovam, ante 42% do levantamento de dezembro.

 

A Genial/Quaest entrevistou 4.500 brasileiros de 16 anos ou mais entre 23 e 26 de janeiro. A margem de erro é de 1 ponto porcentual e o nível de confiabilidade, de 95%.

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A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, embarcou nesta terça-feira, 28, em uma turnê por grandes capitais europeias, enquanto o continente enfrenta o que ela chamou de "uma realidade mais incerta" e seu país se move para fortalecer sua presença militar em torno da Groenlândia.

A primeira-ministra planejou visitas a Berlim, Paris e Bruxelas, esta última para se reunir com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte. Sua viagem ocorre enquanto o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que não descarta o uso de força militar para tomar o controle da Groenlândia, um território autônomo pertencente à Dinamarca, membro da Otan e da União Europeia.

Na segunda-feira, 27, à noite, o governo de Mette Frederiksen anunciou um acordo de cerca de US$ 2 bilhões com partes que incluíam os governos da Groenlândia e das Ilhas Faroé, para "melhorar as capacidades de vigilância e manter a soberania na região". Essas melhorias incluirão três novos navios de guerra árticos, dois drones adicionais de vigilância de longo alcance e capacidade de satélite, informou o Ministério da Defesa em Copenhague.

Frederiksen não mencionou diretamente a ameaça de Trump em seus comentários durante uma reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz, mas disse que "estamos enfrentando uma realidade mais incerta, uma realidade que exige uma Europa ainda mais unida e mais cooperação". Ela apontou para as atividades russas na Ucrânia e além, e afirmou que "cabe à Europa definir o futuro do nosso continente e acho que temos que assumir mais responsabilidade pela nossa própria segurança".

Em seu anúncio sobre o Ártico e a região do Atlântico Norte, o Ministério da Defesa dinamarquês afirmou que as partes concordaram em negociar um segundo acordo na primeira metade deste ano, focado no fortalecimento da dissuasão e defesa.

"Devemos enfrentar o fato de que há desafios sérios em relação à segurança e defesa no Ártico e no Atlântico Norte", disse o ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen. "Por isso, precisamos fortalecer nossa presença na região." Seu ministério destacou que garantir que os investimentos apoiem empregos e negócios locais na Groenlândia e nas Ilhas Faroé será "um ponto focal".

Vivian Motzfeldt, ministra de Estado e Relações Exteriores da Groenlândia, afirmou estar "satisfeita com as medidas que estamos tomando para aumentar a segurança na e ao redor da Groenlândia" com o acordo.

O governo da Groenlândia insistiu que o território não está à venda, mas que está aberto à cooperação. O comunicado do Ministério da Defesa não mencionou as ambições de Trump.

O GLBTQ Legal Advocates & Defenders (GLAD Law) e o Centro Nacional para os Direitos de Lésbicas (NCLR, na sigla em inglês) entraram com ação judicial contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desafiando ordem executiva assinada pelo republicano que proíbe a presença de transgênero nas Forças Armadas dos EUA.

Em comunicado conjunto, os grupos de diversidade disseram que a ação foi movida com base na proteção igualitária e representa seis membros ativos das Forças Armadas e outros dois indivíduos que tentam se alistar. De acordo com os denunciantes, a medida viola princípios constitucionais de igualdade.

De acordo com o texto publicado pelo GLAD, Nicolas Talbott, segundo tenente do Exército e um dos requerentes, defende que a identidade de gênero não interfere na capacidade de servir. "Quando você veste o uniforme, as diferenças desaparecem e o que importa é a sua capacidade de realizar o trabalho", afirmou.

Ambos os grupos já haviam liderado outro desafio contra a primeira proibição de Trump, em 2017, que foi considerada inconstitucional por tribunais federais e barrada por quase dois anos. A decisão foi revertida pelo então presidente Joe Biden em 2021.

O ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou que se a Dinamarca solicitar ajuda aos Estados-membros da União Europeia (UE) para lidar com a situação com a Groenlândia, a França responderá. Em entrevista para a Sud Radio, ele disse que as fronteiras da Europa são soberanas e ninguém pode "vir e mexer nelas".

De acordo com o ministro, a questão central é que o Ártico "se tornou uma nova área de conflito". Barrot tem sigo uma das principais figuras europeias a reagir aos comentários do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre possivelmente anexar a Groenlândia.