Nordeste e Sul anotam maior queda na aprovação do governo Lula, aponta pesquisa Genial/Quaest

Política
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A aprovação do governo Lula caiu nas regiões Nordeste e Sul, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 27. A região Nordeste, onde tradicionalmente o presidente mantém apoio mais forte, apresentou um recuo de sete pontos porcentuais em relação ao último levantamento. A região Sul também registrou uma queda de sete pontos, marcando os piores resultados para a gestão nessas áreas.

No Nordeste, a taxa de aprovação do governo caiu de 67% em dezembro de 2024 para 60% em janeiro deste ano, enquanto a desaprovação subiu de 32% para 37%. A parcela de entrevistados que não soube ou preferiu não responder passou de 1% para 4%.

Já no Sul, o índice de aprovação passou de 46% em dezembro para 39% agora, enquanto a desaprovação cresceu de 52% para 59%. A quantidade de pessoas que não opinaram permaneceu estável, em 2%.

O levantamento ouviu 4.500 pessoas presencialmente entre os dias 23 e 26 de janeiro, após a "crise do Pix". A margem de erro é de um ponto porcentual, e o nível de confiança da pesquisa é de 95%.

No Sudeste, a aprovação passou de 44% para 42%, enquanto a desaprovação se manteve em 53%. Já no Centro-Oeste e Norte, os índices praticamente não mudaram: a aprovação ficou em 48%, e a desaprovação passou de 50% para 49%.

Os resultados gerais mostram uma queda de cinco pontos porcentuais na aprovação do governo, que agora é de 47%, enquanto a desaprovação subiu para 49%. É a primeira vez na série histórica do levantamento que a avaliação negativa supera a opinião positiva.

Veja os resultados da pesquisa por região:

Nordeste

- Aprova: 60% (eram 67% em dezembro de 2024)

- Desaprova: 37% (32% eram em dezembro de 2024)

- Não sabe/Não respondeu: 4% (era 1% em dezembro de 2024)

Sudeste

- Aprova: 42% (eram 44% em dezembro de 2024)

- Desaprova: 53% (eram 53% em dezembro de 2024)

- Não sabe/Não respondeu: 5% (eram 3% em dezembro de 2024)

Sul

- Aprova: 39% (eram 46% em dezembro de 2024)

- Desaprova: 59% (eram 52% em dezembro de 2024)

- Não sabe/Não respondeu: 2% (eram 2% em dezembro de 2024)

Centro-Oeste/Norte

- Aprova: 48% (eram 48% em dezembro de 2024)

- Desaprova: 49% (eram 50% em dezembro de 2024)

- Não sabe/Não respondeu: 3% (eram 2% em dezembro de 2024)

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A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo neste domingo, 9. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. A fala distorcida de Trump foi exibida no programa Panorama de 3 de novembro de 2024, a uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Em sua rede social, a Truth Social, Donald Trump celebrou a demissão de quem chamou de "jornalistas corruptos". "Essas são pessoas muito desonestas que tentaram manipular as eleições presidenciais. Para piorar, vêm de um país estrangeiro, um que muitos consideram nosso principal aliado. Que terrível para a democracia!", postou.

A ministra britânica da Cultura, Lisa Nandy, havia classificado horas antes como "extremamente grave" a acusação contra a BBC por apresentar declarações de Trump de maneira enganosa.

"É um dia triste para a BBC. Tim foi um excelente diretor-geral durante os últimos cinco anos", afirmou o presidente da Corporação Britânica de Radiodifusão, Samir Shah, em comunicado. Ele acrescentou que Davie enfrentava "pressão constante (...) que o levou a tomar a decisão" de renunciar.

Colagem de trechos separados levou a versão distorcida do discurso

O caso, revelado na terça-feira, 4, baseia-se em um documentário exibido uma semana antes das eleições presidenciais dos EUA de 2024. A BBC é acusada de ter montado trechos separados de um discurso de Trump de 6 de janeiro de 2021 de forma que parece indicar que ele teria dito a seus apoiadores que marchariam com ele até o Capitólio para "lutar como demônios".

Na versão completa, o então presidente republicano - já derrotado nas urnas pelo democrata Joe Biden - diz: "Vamos marchar até o Capitólio e vamos incentivar nossos valentes senadores e representantes no Congresso."

A expressão "lutar como demônios" corresponde, na verdade, a outro momento do discurso.

Em carta enviada ao conselho da BBC e publicada no site, a CEO de notícias disse que a polêmica em torno do programa Panorama sobre o presidente Trump chegou a um ponto em que está prejudicando a BBC - uma instituição que ela adora.

Já Tim Davie, diretor-geral, disse que abdicou ao cargo após intensas exigências pessoais e profissionais de gerir o posto ao longo de muitos anos nestes "tempos turbulentos".

Um dia antes do início oficial da COP30 em Belém, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em sua rede social, a Truth Social, nesta domingo, 9, uma mensagem dizendo que a Amazônia foi destruída para a construção de uma estrada.

"Eles destruíram a floresta amazônica no Brasil para a construção de uma rodovia de quatro faixas para que ambientalistas pudessem viajar", escreveu Trump na mensagem, ressaltando que o caso "se tornou um grande escândalo".

Junto com a mensagem, Trump postou um vídeo de quatro minutos da Fox News, com uma reportagem do enviado da emissora a Belém para cobrir a COP30.

Na reportagem, o editor Marc Morano diz, com uma imagem de Belém ao fundo, que mais de 100 mil árvores foram cortadas na Amazônia para construir a estrada e mostrar como o "governo brasileiro está cuidando da floresta tropical".

Ainda na reportagem postada por Trump, o jornalista destaca que pela primeira vez não há uma delegação oficial dos Estados Unidos em uma conferência das Nações Unidas sobre o clima desde 1992. Mesmo países europeus estão deixando esses compromissos de lado, ressalta o jornalista.

A reportagem fala ainda da queda das vendas de carros elétricos e de demissões em fábricas nos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.