Ex-aliado de João Campos integra gestão de Raquel Lyra na Educação em PE

Política
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A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), oficializou a nomeação do ex-deputado estadual Paulo Dutra como secretário-executivo de Ensino Médio e Profissional da Secretaria Estadual de Educação. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado na terça-feira, 28.

Servidor de carreira da Secretaria de Educação, Dutra possui experiência no setor e foi secretário-executivo de Educação Profissional nos governos de Eduardo Campos e Paulo Câmara, com os quais Lyra teve divergências políticas. Ele também foi gerente regional de Educação da área norte da região metropolitana do Recife, cargo que ocupou até ser anunciado na nova função.

O governo do Estado foi procurado pelo Estadão, mas não havia retornado até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A chegada de Dutra ao governo ocorre em meio à indefinição sobre o titular da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, vaga desde 9 de janeiro. Alexandre Schneider, que comandava a pasta, pediu exoneração para retornar a São Paulo e ficar próximo da família, encerrando sua gestão de seis meses.

Antes de Schneider, a Secretaria esteve sob liderança de Ivoneide Dantas, que permaneceu um ano e meio no cargo. Desde a saída do último titular, o interino Gilson José Monteiro Filho assumiu as funções administrativas, mas sem confirmação oficial como secretário.

Paulo Dutra tem histórico político que inclui apoio a Marília Arraes (Solidariedade) contra Raquel Lyra no segundo turno das eleições de 2022 para o governo estadual. Além disso, em 2018, ele participou de atos em favor de João Campos (PSB), atualmente prefeito do Recife.

Embora tenha sido filiado ao PSB, Dutra não pertence mais ao partido. Sua atuação política incluiu um mandato como deputado estadual entre 2019 e 2022, assumido após ajustes na Assembleia Legislativa promovidos pelo então governador Paulo Câmara.

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A Rússia deu mais um passo para controlar a região de Donetsk, com a captura da pequena cidade de Velika Novosilka. Essa é uma conquista modesta para os russos se comparada com outras recentes, mas revela a eficácia da tática para avançar no leste da Ucrânia: usar a vantagem numérica esmagadora para atacar incessantemente, cercando as forças ucranianas e forçando-as a recuar.

Assim, a Rússia tem conseguido tomar uma cidade após a outra no leste da Ucrânia. Análises independentes do campo de batalha e vídeos de combate mostram que Velika Novosilka está agora sob controle dos russos, que avançam em sua investida para conquistar Donetsk.

O Kremlin reivindicou a captura no domingo, mas a alegação não foi imediatamente confirmada por fontes independentes. O Exército ucraniano, por outro lado, reconhece que se retirou da maior parte de Velika Novosilka, mas afirmou que suas tropas ainda mantém uma posição no norte.

"Do ponto de vista tático, a abordagem deles foi correta, entenderam suas capacidades e vantagens e usaram de forma eficaz", admitiu o major Ivan Sekach, oficial de imprensa da 110ª Brigada do Exército ucraniano, que vem defendendo a área. "Não seria correto afirmar que os russos não sabem lutar."

Sekach disse ainda que as tropas ucranianas estavam lutando com um rio às suas costas, o que complicava significativamente as operações. Nos últimos 15 dias, suprimentos de munição e alimentos precisaram ser entregues por drones.

"O reforço das tropas precisa cruzar o rio, o que é uma operação muito complexa", disse ele, acrescentando que a Rússia "obviamente estava ciente disso".

Velika Novosilka é a primeira cidade significativa a cair este ano para os ataques constantes da Rússia contra sobre as tropas esgotadas da Ucrânia. A cidade, localizada em um entroncamento rodoviário, deve melhorar a logística russa na região, segundo especialistas. Seu pequeno tamanho, contudo, limita o potencial como base para futuras ofensivas.

A captura foi facilitada pela queda de Vuhledar, arrasada pela artilharia russa até ser tomada em outubro. Situada em uma posição elevada, a cidade era um ponto-chave da defesa ucraniana no sul de Donetsk. Sua capitualação permitiu que as forças russas avançassem rapidamente.

Em meados de janeiro, os russos já haviam cercado Velika Novosilka, tomando dois assentamentos ao norte e ao sul da cidade e cortando todas as estradas de acesso.

"Não fazia mais sentido tentar manter a posição", disse Pasi Paroinen, especialista militar do grupo finlandês Black Bird, que analisa imagens de satélite e conteúdo de redes sociais sobre a guerra.

Ainda assim, usando uma tática familiar, mas contestada, as forças ucranianas seguraram a cidade por mais duas semanas, atraindo as tropas russas para um combate urbano brutal na tentativa de infligir o máximo de baixas antes de recuar.

O major Sekach afirmou que, na batalha pela cidade, a Rússia lançou ataques incessantes com pequenas unidades de infantaria, enviando grupos de cerca de cinco soldados a cada hora. Eles se moviam sob a cobertura das árvores, dificultando sua detecção e ataque por drones. Uma vez dentro da cidade, abrigavam-se nos porões dos prédios.

"Nossos drones e nossa artilharia trabalharam para eliminá-los, mas os drones não conseguem destruir totalmente os porões, e a artilharia muitas vezes precisa de várias tentativas para atingir o alvo com precisão", disse ele.

Ele acrescentou que, para conter a tomada gradual dos edifícios pelos russos, seria necessário enviar mais soldados, mas os ucranianos não tinham efetivo suficiente. As tropas russas na cidade superavam as ucranianas em uma proporção de três para um.

Ainda segundo o relato do militar, as forças ucranianas conseguiram recuar sob a cobertura da neblina, evitando grandes baixas ou rendições.

A afirmação, contudo, foi questionada pelo analista Pasi Paroinen, observando que as tropas teriam que atravessar um rio sem pontes e caminhar pelo menos 1,5 km em campos alagados para escapar. "Quase não havia como recuar dali", disse ele, acrescentando que é possível que centenas de soldados ucranianos tenham sido mortos ou capturados no processo.

Agora, afirma Paroinen, as forças russas devem avançar na direção de uma rodovia crucial para o abastecimento das unidades ucranianas na região.

Enquanto isso, os combates continuam em Toretsk, cidade estratégica no topo de uma colina, que especialistas afirmam estar amplamente sob controle das tropas russas. Sua captura abriria caminho para a Rússia avançar sobre uma série de cidades que formam a principal linha de defesa da Ucrânia no norte de Donetsk.

Ainda em Donetsk, as forças russas tentam há meses capitular as cidades estratégicas de Pokrovsk e Chasiv Yar .

Em um sinal dos desafios que as tropas ucranianas enfrentam no leste, o presidente Volodmir Zelenski designou nesta semana o major-general Mikhailo Drapatyi, comandante das forças terrestres da Ucrânia, para assumir pessoalmente o comando das unidades que lutam na região de Donetsk. "Essas são as áreas de combate mais intensas", disse em pronunciamento. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente Donald Trump vai determinar ao Pentágono que prepare a prisão de Guantánamo para deter até 30 mil imigrantes que estão nos Estados Unidos ilegalmente. A base americana em Cuba tem sido usada para os presos da guerra americana contra o terrorismo.

"Vamos mandá-los para Guantánamo", disse Trump ao assinar a Lei Laken Riley sobre a prisão e deportação de imigrantes acusados por crimes nos Estados Unidos. O presidente disse que assinaria ainda nesta quarta-feira, 29, um decreto ordenando ao Pentágono que comece a preparar as instalações para 30.000 migrantes.

Trump disse que a medida duplicaria a capacidade do governo americano de deter as pessoas que estão nos Estados Unidos ilegalmente e acrescentou que a Baía de Guantánamo é "lugar do qual é difícil sair".

A prisão da Baía de Guantánamo foi inaugurada em 2002, dentro de uma base militar dos EUA em Cuba, como parte da guerra contra o terrorismo declarada pelo ex-presidente George W. Bush após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Integrantes da Al-Qaeda estão entre as centenas de prisioneiros que passaram Guantánamo, marcada pelas condições extremas de detenção e denúncias de tortura. Os democratas Joe Biden e Barack Obama prometeram fechar a controvertida prisão, mas não conseguiram.

Em setembro, o New York Times obteve documentos do governo que mostram que a base militar de Guantánamo também tem sido usada há décadas para encarcerar alguns migrantes interceptados no mar. Segundo a reportagem, os imigrantes e presos acusados de terrorismo ficam em áreas distintas do centro. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O governo Donald Trump ofereceu um plano de demissão voluntária para mais de 2 milhões de funcionários da administração federal. Aqueles que aceitarem a proposta terão pagamento garantido por oito meses, segundo um e-mail enviado pelo Escritório de Gestão de Pessoal da Casa Branca nesta quarta-feira, 29.

A oferta contempla a maioria dos 2,3 milhões de servidores do governo federal. De acordo com o memorando da Casa Branca, os trabalhadores que aceitarem a demissão terão suas funções eliminadas ou realocadas imediatamente e ficarão em licença administrativa remunerada até o final de setembro, o último mês do ano fiscal americano.

Os servidores têm até a próxima quinta-feira, 6 de fevereiro, para aderir à demissão voluntária, a medida mais radical da nova administração para reduzir os gastos com pessoal. A oferta vem no momento em que os funcionários do governo receberam ordens para retomar o trabalho presencial e enfrentam ameaças de demissão.

"No momento, não podemos garantir com total certeza a segurança do seu cargo ou do seu órgão, mas, caso seu cargo seja eliminado, você será tratado com dignidade e terá direito às proteções existentes para essas situações", dizia o e-mail, intitulado "Encruzilhada".

Elon Musk, responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental (Doge da sigla em inglês), descreveu a oferta de indenização como "muito generosa" em publicação no X, a sua rede social. Em outro post, compartilhou que entre 5 e 10% dos funcionários elegíveis devem aceitar a proposta.

Anteriormente, Musk defendeu "reduções massivas" no quadro de servidores federais, prometendo que o departamento trabalharia com agências dos EUA para "identificar o número mínimo de funcionários" necessários para executar funções essenciais.

Um porta-voz do Escritório de Gestão de Pessoal disse que a Casa Branca não estabeleceu uma meta para o número de funcionários que esperava que saíssem.

"Se, ao final desse processo, conseguirmos converter funcionários públicos em trabalhadores do setor privado, ajudando a aumentar nosso PIB e a fortalecer a produção nacional... isso provavelmente será uma coisa boa", disse o deputado Andy Harris (Republicano de Maryland). "No curto prazo, haverá pessoas no meu distrito que podem perder seus empregos federais? Sim. Mas estamos em uma região economicamente vibrante, e essas pessoas devem encontrar outras oportunidades."

Republicanos defendem os cortes como necessários, enquanto democratas os criticam como uma ameaça à democracia. Legisladores do Partido Democrata e sindicatos aconselharam os funcionários do governo a não aderir à demissão voluntária.

"Expurgar o governo federal de funcionários dedicados terá consequências imensas e não intencionais, causando caos para os americanos que dependem de um governo funcionando", disse Everett Kelley, presidente da Federação Americana de Funcionários do Governo, o maior sindicato de servidores federais.

"Entre a enxurrada de ordens executivas e políticas contra os trabalhadores, está claro que o objetivo da administração Trump é transformar o governo federal em um ambiente tóxico, onde os trabalhadores não consigam permanecer, mesmo que queiram."

Especialistas alertam que a oferta de demissão pode levar a uma onda de aposentadorias, desencorajar recém-formados a ingressarem no governo e inundar os setores privado e sem fins lucrativos com candidatos a emprego.

A redução da máquina pública central na campanha de Trump, crítico da burocracia que chamou com frequência de corrupta e acusou de perseguir republicanos. "A maioria desses burocratas está sendo demitida. Eles vão embora", declarou em discurso para apoiadores no dia da posse.

Nos primeiros dias de governo, ele congelou contratações, com exceção para militares e áreas essenciais do governo, ordenou o retorno ao trabalho presencial e eliminou os programas de promoção da diversidade nos cargos públicos.

Os esforços para cortar gastos mergulharam programas que financiam escolas, fornecem moradia e garantem o acesso de pessoas de baixa renda à assistência médica no caos, nesta terça-feira enquanto agências tentavam entender a ordem de Trump que congelava todos os subsídios, empréstimos e assistências do governo.

A medida, segundo documento da Casa Branca, visava garantir que os recursos estivessem em conformidade com as "prioridades do presidente". Minutos antes de entrar em vigor, a Justiça bloqueou temporariamente a ordem do governo. (COM AGÊNCIAS INERNACIONAIS)