Governo Lula é melhor que o de Bolsonaro para 33%, mostra pesquisa

Política
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A parcela de eleitores que considera o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) melhor que o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) caiu para 33%, segundo pesquisa do instituto PoderData divulgada nesta terça-feira, 29. É um recuo de quatro pontos porcentuais em um mês, atingindo o menor nível desde o início do atual mandato, em 2023.

Ao mesmo tempo, o porcentual de eleitores que avaliam a gestão de Lula como "pior" que a de Bolsonaro subiu para 42%. Essa é a terceira vez desde a posse que o atual governo fica atrás na comparação com a administração anterior.

Outros 22% afirmam não ver diferença entre os dois governos, enquanto 2% não souberam responder. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos porcentuais.

O levantamento cruzou os dados com a declaração de voto no segundo turno de 2022. Entre aqueles que votaram em Lula, 59% ainda consideram sua administração melhor que a de Bolsonaro. Outros 26% não percebem diferenças, enquanto 12% avaliam a gestão atual como pior que a anterior.

Já entre os eleitores de Bolsonaro, a percepção é amplamente negativa em relação a Lula. Um total de 82% classificam a atual gestão como pior que a anterior, enquanto apenas 6% a consideram melhor.

A faixa etária de 16 a 24 anos é a que mais aprova o governo Lula, com 48% considerando sua gestão melhor que a anterior. Nesse grupo, 28% acham que Bolsonaro teve uma administração melhor e 20% consideram as duas iguais.

No recorte regional, o Nordeste segue como o maior reduto de apoio ao presidente, com 45% dos eleitores avaliando sua administração como superior à de Bolsonaro. Em relação à renda, o grupo que recebe entre dois e cinco salários mínimos também se mostra mais favorável ao governo atual, com 40% afirmando que a gestão petista é melhor.

Os números reforçam a tendência de desgaste do governo Lula, que já havia registrado queda na aprovação em pesquisas recentes. Fatores como o aumento no preço dos alimentos e a "crise do Pix" podem ter influenciado na avaliação negativa.

Os dados foram coletados entre os dias 25 e 27 de janeiro de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. No total, foram realizadas 2.500 entrevistas em 219 municípios das 27 unidades da Federação. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos e um intervalo de confiança de 95%.

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O presidente Donald Trump quer restringir a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de pelo menos 43 países. O plano tem uma lista preliminar com o veto total de entrada a cidadãos de 11 países: Afeganistão, Butão, Cuba, Irã, Líbia, Coreia do Norte, Somália, Sudão, Síria, Venezuela e Iêmen. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Grande parte da população de Cuba ficou sem energia entre sexta-feira, 14 e sábado, dia 15, após a ilha sofrer o quarto apagão em seis meses. Autoridades informaram que a queda foi provocada por uma avaria em uma subestação em Havana. O fornecimento começou a ser restabelecido lentamente no sábado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, defendeu neste sábado, 15, manter a pressão para que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, aceite um cessar-fogo na Ucrânia. O premiê promoveu uma reunião virtual com 25 líderes dispostos a garantir uma eventual trégua no conflito.

Starmer reafirmou o compromisso de apoiar a Ucrânia na luta contra invasão russa e assegurar o cumprimento de um cessar-fogo, que tem sido negociado pelos EUA. Céticos sobre qualquer promessa de Putin, os europeus têm discutido como garantir a segurança dos ucranianos no cenário de trégua, mas os russos apresentam resistências.

PRESSÃO

"Concordamos em continuar a pressão sobre a Rússia, manter a ajuda militar para a Ucrânia e continuar a restringir a economia russa, para enfraquecer a máquina de guerra de Putin e levá-lo à mesa de negociações", disse o premiê.

Starmer convocou o encontro virtual após afirmar que o Putin "não leva a paz a sério". A Ucrânia aceitou uma proposta de trégua dos EUA, mas a Rússia disse que era preciso discutir os termos do acordo e exigiu um série de concessões ucranianas.

"A ideia, em si, é correta, e certamente a apoiamos. Mas há questões que precisamos discutir", disse Putin. A resposta foi interpretada como uma forma de atrasar o cessar-fogo, sem desagradar Donald Trump.

O encontro de sábado reuniu líderes de 25 países da Europa, além de Comissão Europeia, Canadá Austrália, Nova Zelândia e Ucrânia. A ideia, segundo Londres é criar uma coalizão disposta a apoiar uma "paz justa e duradoura".

"Minha sensação é que, mais cedo ou mais tarde, Putin terá de sentar à mesa e negociar", disse Starmer. "Se Putin não negociar, devemos fazer todo o possível para aumentar a pressão sobre a Rússia, para que ela acabe com esta guerra."

MACRON

Starmer e o presidente francês, Emmanuel Macron, lideram os esforços por garantias de segurança para Ucrânia desde que Trump abriu negociações diretas com a Rússia, no mês passado. As primeiras conversas, sem a participação dos ucranianos, acenderam o alerta na Europa, preocupada com a guinada na política externa americana.

Sob Trump, os EUA votaram com a Rússia contra uma resolução da ONU que condenava a guerra. O presidente americano repetiu falsas alegações de Putin sobre o conflito e chegou a suspender o apoio militar e o compartilhamento de informações da inteligência americana com a Ucrânia.

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse que discutiu com Macron os aspectos técnicos sobre como o cessar-fogo poderia ser aplicado. "Nossas equipes continuam trabalhando em garantias de segurança claras, e estarão prontas em breve", afirmou Zelenski.

Starmer e Macron, que conversaram por telefone na véspera da reunião virtual deste sábado, expressaram a disposição de enviar tropas britânicas e francesas à Ucrânia, mas não está claro se outros países estão dispostos a fazer o mesmo e, mais importante, se Putin aceitará. (Com agências internacionais).