Rosângela Moro protocola projeto de lei que mira gastos de Janja

Política
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A deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP) protocolou nesta quarta-feira, 29, uma proposta que enquadra cônjuges de chefes do Poder Executivo no rol de autoridades sujeitas à Lei de Acesso à Informação (LAI). Se aprovada, a medida impactaria a transparência dos dados sobre a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, que não exerce cargo oficial no governo federal, mas atuou como representante do Brasil em eventos como as Olimpíadas de Paris e a Cúpula do G-20.

A proposta de Rosângela define como informação "de interesse público" os dados relativos ao "exercício de atividades representativas" por parte de cônjuges da Presidência, de governos estaduais (ou do Distrito Federal) e de prefeituras. Até a manhã desta quinta-feira, 30, o projeto registrava 16 coautores no sistema interno da Câmara.

A tramitação do projeto será iniciada em 3 de fevereiro, com o retorno do trabalhos no Legislativo. Se aprovada, a proposta não tornaria "de interesse público" quaisquer informações sobre Janja, mas somente os dados sobre as situações em que a primeira-dama esteve em uma função "representativa" do País, tal como em julho de 2024, quando esteve em Paris, na França, para representar o governo brasileiro abertura das Olimpíadas, ou durante a Cúpula do G-20, quando participou de conferências paralelas ao evento e organizou o "Janjapalooza", com até R$ 83,45 milhões de patrocínio de empresas estatais.

O Estadão mostrou que o erário pagou R$ 203,6 mil para custear a estadia da comitiva de Janja na capital francesa. Além do gasto com as passagens aéreas da primeira-dama, estão na soma os valores de passagens aéreas e diárias internacionais de cinco servidores que integraram o grupo. Só para o deslocamento aéreo, foram R$ 148,4 mil.

A Transparência Internacional, entidade especializada em acesso a informações públicas e combate à corrupção, criticou a resistência do governo federal em conceder informações sobre viagens da primeira-dama. "É público e notório que a primeira-dama está exercendo função pública, com intensa agenda de representação governamental e equipe de apoio", afirmou a ONG.

O posicionamento da entidade ocorreu após o jornal O Globo mostrar que o governo federal, em repetidas ocasiões, negou a concessão de informações sobre Janja sob o argumento de que a primeira-dama não detém cargo formal.

Como mostrou o Estadão, Janja não exerce cargo no governo federal, mas conta com uma equipe "informal" que exerce funções de assessoria à primeira-dama e a acompanha em viagens ao exterior. O time de Janja conta com ao menos 12 pessoas e, desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), gastou mais de R$ 1,2 milhão em viagens, entre custos com translado e diárias.

A primeira-dama voltará a viajar ao exterior como representante do Brasil em fevereiro, na companhia de uma comitiva do Ministério do Desenvolvimento Social. Segundo o ministro Wellington Dias, o objetivo da viagem a Roma, capital da Itália, é obter a presidência do bloco multilateral da Aliança contra a Fome. Os detalhes dessa viagem serão definidos a partir desta quinta-feira, 30.

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O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., ofereceu nesta quinta-feira, 29, a remoção de um sistema de mísseis de médio alcance dos Estados Unidos no país se a China interromper o que ele classificou como "comportamento agressivo e coercitivo" no Mar da China Meridional.

Anteriormente, os chineses exigiram que as Filipinas removessem o sistema americano, instalado no ano passado, dizendo que estava "incitando o confronto geopolítico e uma corrida armamentista".

Hoje, no entanto, o líder filipino afirmou que não entendia a posição da China, que possui sistemas "mil vezes mais poderosos".

"Vamos fazer um acordo com a China: parem de reivindicar nosso território, parem de assediar nossos pescadores e deixem que eles tenham uma vida, parem de abalroar nossos barcos, parem de atirar canhões de água em nosso povo, parem de disparar lasers contra nós e parem com seu comportamento agressivo e coercitivo, e devolveremos os mísseis Typhoon", disse em coletiva com jornalistas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não houve sobreviventes do acidente de avião em Washington, que ocorreu na noite desta quarta-feira, 29. Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta, 30, o republicano culpou, sem provas, as políticas de diversidade pelo acidente, mas também disse estranhar a falta de movimentação do helicóptero militar poucos segundos antes da colisão.

"Falo com vocês hoje em angústia. Estamos todos de coração partido pelas vidas perdidas nesta noite trágica", disse Trump, ao iniciar a coletiva. "Ainda não sabemos exatamente o que levou ao acidente, mas temos teorias e uma boa ideia do que aconteceu."

O presidente americano disse que o Departamento de Transportes, Administração Federal de Aviação (FAA) e o exército militar dos EUA estão conduzindo investigações. Trump nomeou Chris Rocheleau, um executivo de alto nível do ramo da aviação, para conduzir o cargo de presidente interino da FAA. Até a nomeação de Rocheleau, a agência federal americana enfrentava a crise provocada pelo acidente sem uma liderança, após Michael Whitaker sair do cargo em 20 de janeiro, dia da posse do republicano, na esteira de rusgas com o bilionário e dono da Space X, Elon Musk.

Segundo Trump, a culpa do acidente está no rebaixamento do nível de qualidade das contratações durante a gestão de Joe Biden. Sem evidências, o presidente americano culpou as políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) pelo acidente e disse que suas ordens executivas para reformular o quadro de funcionários federais deve "resolver este problema".

Trump repetiu diversas vezes que apenas pessoas "sãs e com inteligência superior", sem condições psiquiátricas e deficiências, devem operar o tráfego aéreo. Ao mesmo tempo, lançou dúvidas sobre a postura do piloto do helicóptero, evitando dar detalhes sobre suas conclusões. "Não está claro se ele é o culpado, mas em algum momento começamos a nos questionar porque ele não tentou se mover e mudar de rota", disse.

Sobre as vítimas, Trump afirmou que ainda não tem os nomes dos passageiros que estavam no avião, contudo, revelou que haviam cidadãos de outros países além dos dois patinadores artísticos da Rússia já identificados.

O grupo terrorista Hamas libertou oito reféns nesta quinta-feira, 30, na terceira semana do cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza. Os israelenses Gadi Moses, Agam Berger e Arbel Yehud saíram do cativeiro junto com cinco tailandeses. Todos já estão em Israel.

A primeira refém, a soldado israelense Agam Berger, foi libertada no norte de Gaza, pelo Hamas. Ela foi capturada em uma base militar perto da fronteira com o enclave palestino junto de outras quatro militares que foram libertadas no sábado passado, 25.

Agam, de 20 anos, teve que acenar e subir em um palco em frente de uma multidão de palestinos no campo de refugiados de Jabália.

O governo israelense divulgou fotos e vídeos do reencontro da ex-refém com sua família.

Cenas caóticas

Horas depois, o grupo terrorista Jihad Islâmica libertou o restante dos reféns na cidade de Khan Yunis, em frente a casa destruída do ex-líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, que foi morto pelas forças israelenses em outubro do ano passado.

A libertação destes sequestrados foi adiada por conta da imensa multidão que cercava os carros onde estavam os reféns e os veículos da Cruz Vermelha.

Durante a entrega dos reféns, Arbel Yehud, de 29 anos, parecia atordoada enquanto era escoltada por terroristas da Jihad Islâmica até a Cruz Vermelha.

Os veículos da organização transportaram os reféns para as forças israelenses dentro de Gaza e todos já estão em território israelense.

O governo de Israel indicou que Thenna Pongsak, Sathian Suwannakham, Sriaoun Watchara, Seathao Bannawat e Rumnao Surasak são os nomes dos sequestrados tailandeses que foram libertados, segundo o gabinete do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

O governo israelense estima que oito cidadãos do país asiático seguem em cativeiro e dois deles são considerados mortos.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, celebrou a volta dos reféns, mas condenou a entrega caótica dos sequestrados. Ele apelou aos mediadores internacionais do cessar-fogo para que eventos semelhantes sejam evitados.

Prisioneiros palestinos

Israel deve libertar 110 prisioneiros palestinos nesta quinta-feira, mas de acordo com o Canal 12 de Israel, Netanyahu suspendeu a liberação dos prisioneiros como forma de protesto pela maneira que os reféns israelenses foram entregues à Cruz Vermelha.

Cerca de 30 dos prisioneiros que serão soltos estão servindo penas de prisão perpétua em Israel por ataques terroristas contra israelenses. Zakaria Zubeidi, um terrorista que chegou a fugir da prisão em 2021, está entre os que serão soltos.

Os reféns e os prisioneiros deveriam ser libertados no final de semana, mas Israel demandou a libertação de Arbel Yehud nesta quinta-feira porque o acordo de trégua previa que todos os civis deveriam ser libertados antes dos militares. Tel-Aviv chegou a proibir a passagem de palestinos para o norte de Gaza por conta da questão, mas recebeu uma prova de vida da refém e permitiu a passagem.

No próximo sábado, 1º de fevereiro, três reféns devem ser libertados. Dessa vez, todos serão homens. Fonte: Associated Press.