PL reafirma apoio a Carla Zambelli e diz que ela tem suporte da sigla para reverter cassação

Política
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O Partido Liberal (PL) saiu em defesa nesta sexta-feira, 31, da deputada federal Carla Zambelli (PL), cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por uso indevido dos meios de comunicação e prática de abuso de poder político nas eleições de 2022.

Em nota divulgada nas redes sociais, o PL reafirmou "total apoio à deputada" e disse que colocou à disposição da parlamentar "todo o suporte necessário para que ela possa reverter essa decisão e continuar exercendo seu papel na vida pública".

"Confiamos no trabalho e na trajetória da parlamentar, que sempre defendeu com coragem e dedicação os valores que representamos. Sabemos que ela seguirá firme na luta pelo Brasil e pelo povo que a elegeu. Reafirmamos nosso total apoio à deputada, colocando à disposição todo o suporte necessário para que ela possa reverter essa decisão e continuar exercendo seu papel na vida pública. Seguiremos firmes na defesa da democracia e da liberdade de expressão, pilares inegociáveis do Partido Liberal", afirmou o PL na nota.

Zambelli agradeceu a manifestação do partido e afirmou em publicação no X (antigo Twitter) que seguirá "firme em busca da liberdade de todos os brasileiros". "Agradeço o acolhimento e afirmo que seguirei firme em busca da liberdade de todos os brasileiros, ainda que a minha própria esteja em jogo. Seguirei também defendendo nosso presidente Jair Bolsonaro e deixo um abraço especial ao presidente Valdemar Costa Neto!", escreveu.

O TRE-SP decidiu nesta quinta-feira, 30, cassar o mandato da deputada federal e determinar sua inelegibilidade por oito anos. A decisão se deu por 5 a 2 na ação proposta pela deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL).

A Corte reconheceu ter havido uso indevido dos meios de comunicação e prática de abuso de poder político nas eleições de 2022. Ao Estadão/Broadcast, a parlamentar disse que vai recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela afirmou também que a ação faz parte de uma perseguição aos políticos conservadores do País.

Em nota publicada após a decisão, a parlamentar afirmou que "o TRE-SP entendeu por anular os votos de 946.244 cidadãos paulistas e cassar meu mandato de deputada federal".

Uma das provas consideradas pelo tribunal foi uma notícia falsa divulgada por Zambelli sobre suposta manipulação das urnas eletrônicas em Itapeva, no interior de São Paulo. Na reta final da campanha presidencial, a parlamentar compartilhou uma postagem dizendo que as urnas eletrônicas estavam manipuladas em sindicato relacionado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que foi desmentido pelo TSE.

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A presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse neste sábado, 3, que o presidente dos EUA, Donald Trump, propôs enviar tropas americanas ao México para ajudar seu governo a combater o tráfico de drogas, mas que ela rejeitou o plano.

As declarações de Sheinbaum foram feitas a apoiadores no leste do México, em resposta a uma reportagem do Wall Street Journal publicada na sexta, 2, descrevendo uma tensa ligação telefônica no mês passado na qual Trump teria pressionado ela a aceitar um papel maior para o exército dos EUA no combate aos cartéis de drogas no México.

"Ele disse, 'Como podemos ajudá-la a combater o tráfico de drogas? Eu proponho que o exército dos Estados Unidos venha e ajude você'. E você sabe o que eu disse a ele? 'Não, presidente Trump'", relatou a presidente do México. Ela acrescentou: "A soberania não está à venda. A soberania é amada e defendida".

"Podemos trabalhar juntos, mas vocês no território de vocês e nós no nosso", disse Sheinbaum. Com uma explosão de aplausos, ela acrescentou: "Nunca aceitaremos a presença do exército dos Estados Unidos em nosso território".

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as declarações de Sheinbaum. A postura firme de Sheinbaum neste sábado sinaliza que a pressão dos EUA por intervenção militar unilateral colocaria ela e Trump em atritos, após meses de cooperação em imigração e comércio. Fonte: Associated Press.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse estar pronto para um cessar-fogo com a Rússia a partir deste sábado, 3, caso o país rival aceite uma trégua de, pelo menos, 30 dias. "Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios", escreveu Zelenski em seu perfil da rede social X.

Na mesma publicação, o mandatário ucraniano disse estar se preparando para importantes reuniões e negociações de política externa. "A questão fundamental é se nossos parceiros conseguirão influenciar a Rússia a aderir a um cessar-fogo total - um silêncio duradouro que nos permitiria buscar uma saída para esta guerra. No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora", completou, pedindo sanções à energia e aos bancos russos para pressionar o país a parar os ataques.

Mais cedo neste sábado, 3, Zelenski negou a proposta de uma trégua de 72 horas proposta pela Rússia em virtude das comemorações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Os ucranianos também se negaram a garantir a segurança das autoridades que forem a território russo para as celebrações.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.

Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano passado.