Sarney será homenageado em evento com Cármen Lúcia para marcar 40 anos da redemocratização

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Fundação Astrojildo Pereira, vinculada ao Cidadania, realizará um evento em Brasília, no dia 15 de março, para marcar os 40 anos da redemocratização do Brasil. A data remete à posse de José Sarney em 1985, que encerrou duas décadas de regime militar.

Sarney será um dos homenageados no encontro, que ocorrerá no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.

O evento contará com a participação de diversas personalidades, incluindo a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, e o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim. Os debates serão organizados em três mesas, com foco em conquistas, desafios e pendências da democracia brasileira.

A convocatória do evento destaca o papel do governo Sarney na reconciliação nacional, com a convocação da Assembleia Constituinte que deu origem à Constituição de 1988. "A retomada das eleições diretas pavimentou o caminho para novas conquistas, como a estabilidade econômica, mas ainda não saldou todas as dívidas com a população", diz o texto.

O evento reunirá nomes como Cristóvam Buarque, Rubens Ricupero e Raul Jungmann. Também haverá participação internacional, com vídeos da ex-presidente chilena Michelle Bachelet e da opositora venezuelana María Corina Machado.

Veja a programação:

9h - ABERTURA

- Exibição do Filme - 'Os 40 anos da redemocratização brasileira pelas lentes do mestre Orlando Brito'

- Com as boas-vindas do Diretor-Geral da Fundação Astrojildo Pereira, Marcelo Aguiar, do Presidente Nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, e da deputada federal Anny Ortiz (Cidadania-RS)

9h30 - MESA I - Democracia 40 anos: As conquistas consolidadas

Convidados:

- José Sarney: O condutor da reconciliação do Brasil com a democracia

- Nelson Jobim: A nova Constituição e os avanços da democracia

- Rubens Ricupero: A derrota da hiperinflação

- Vídeo/Julio Maria Sanguinetti

- Vídeo/Michelle Bachelet

11h30 - MESA II - Democracia 40 anos: Dúvidas e dívidas do presente

Convidados:

- Cristovam Buarque: Os deserdados da democracia

- Cármem Lúcia: O lugar da mulher na democracia brasileira

- Mark Lilla: Os dilemas da democracia contemporânea

- Maria Corina Machado (Vídeo): A ditadura venezuelana e suas consequências na América do Sul

13h às 15h - Intervalo para almoço

15h - MESA III - Democracia 40 anos: Os desafios do futuro

Convidados:

- Raul Jungmann: O papel das Forças Armadas na manutenção da democracia

- Marco Marrafon: Novos totalitarismos na era digital e os desafios na defesa das liberdades e da democracia

- Dora Lúcia Bertúlio: Os caminhos da igualdade de gênero e racial

- Joênia Wapichana: A conta da crise climática

16h30 - ENCERRAMENTO

Em outra categoria

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou cortar o financiamento federal a "qualquer faculdade, escola ou universidade que permita protestos ilegais". Em sua conta na Truth Social, Trump afirmou que "agitadores serão presos ou enviados permanentemente de volta ao país de onde vieram. Estudantes americanos serão expulsos permanentemente ou, dependendo do crime, presos."

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs nesta terça-feira, 4, um plano de 800 bilhões de euros, nomeado "REARM Europe", para fortalecer as defesas das nações da União Europeia (UE), visando diminuir o impacto de um possível "desengajamento" dos Estados Unidos e fornecer à Ucrânia força militar para negociar com a Rússia, após a pausa da ajuda americana aos ucranianos.

O pacote ainda será apresentado aos 27 líderes da união. Na quinta-feira, 6, os representantes europeus realizarão uma reunião de emergência em Bruxelas para tratar sobre o assunto. "Não preciso descrever a grave natureza das ameaças que enfrentamos", disse von der Leyen. Fonte: Associated Press.

O Ministério das Relações Exteriores, em nota divulgada nesta segunda-feira (3), lamentou a suspensão da entrada da ajuda humanitária na Faixa de Gaza por Israel. "O governo brasileiro deplora a decisão israelense de suspender a entrada de ajuda humanitária em Gaza, que exacerba a precária situação humanitária e fragiliza o cessar-fogo em vigor", diz o texto do Itamaraty.

Israel interrompeu a entrada de todos os bens e suprimentos na Faixa de Gaza no domingo (2) e advertiu sobre "consequências adicionais" caso o Hamas não aceite uma nova proposta para estender o cessar-fogo.

O Itamaraty diz que o Brasil pede a "imediata reversão da medida", recordando que "Israel tem obrigação - conforme reconhecido pela Corte Internacional de Justiça em suas medidas provisórias de 2024 - de garantir a prestação de serviços básicos essenciais e assistência humanitária à população de Gaza, sem impedimentos". A nota afirma ainda que a obstrução deliberada e o uso político da ajuda humanitária constituem grave violação do direito internacional humanitário.

O governo brasileiro defende que as partes promovam o estrito cumprimento dos termos do acordo de cessar-fogo e o engajamento nas negociações "a fim de garantir cessação permanente das hostilidades, retirada das forças israelenses de Gaza, libertação de todos os reféns e estabelecimento de mecanismos robustos para ingresso de assistência humanitária desimpedida, previsível e na necessária escala."