Padilha: Lira e Pacheco têm 'credenciais' para assumir outros papéis na República

Política
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O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que os presidentes Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), possuem "todas as credenciais políticas" para assumir "novas missões" após deixar as presidências das Casas, durante entrevista à Globonews nesta sexta-feira, 31. O petista havia sido questionado se a eventual presença de Lira no governo o incomodaria depois de supostos atritos no passado.

"Eles fazem parte de partidos. O presidente Lula disse que, passadas as eleições de Câmara e Senado, ele faz questão de organizar agendas com os presidentes de partidos, ministros e os líderes para conversar sobre o governo", explicou Padilha. "Se isso vai significar uma reforça ministerial, essa é uma decisão do presidente."

Neste sábado, 1, encerram-se os mandatos de Lira e Pacheco, com as eleições para o comando das duas Casas. Os franco favoritos para assumirem seus cargos são seus apadrinhados Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), respectivamente.

"Todos os ministros têm colaborado muito e garantiram que inclusive partidos que estiveram na oposição dessem a grande maioria dos votos. E votos decisivos, para o que a gente precisava aprovar", disse Padilha. "Precisamos avaliar a participação desses partidos a partir de uma forma qualitativa do papel que eles exercem."

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O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, viajará ao Panamá, El Salvador, Costa Risca, Guatemala e República Dominicana entre 1º e 6 de fevereiro, de acordo com comunicado do Departamento de Estado do país.

O texto afirma que o objetivo da viagem é "promover a política externa 'America First' do presidente Donald Trump". Rubio participará de reuniões e encontros com "autoridades de alto nível e líderes empresariais" para, segundo o Departamento, buscar maneiras de cooperação regional em interesses centrais e compartilhados.

Os "interesses" citados no comunicado são "combater a migração ilegal e em larga escala, enfrentar o flagelo das organizações criminosas transnacionais e dos traficantes de drogas, conter a influência da China e aprofundar parcerias econômicas para aumentar a prosperidade em nosso hemisfério" - bandeiras de campanha do republicano.

A Meta concordou em pagar US$ 25 milhões (R$ 147,5 milhões) para resolver uma ação judicial movida por Donald Trump em 2021, ainda em seu primeiro mandato, contra a empresa e o CEO, Mark Zuckerberg. O motivo do processo era a suspensão das contas do republicano após a invasão ao Capitólio naquele ano. Um porta-voz da Meta confirmou o trato.

O valor da multa já tem destino certo. Um fundo destinado à biblioteca presidencial de Trump receberá US$ 22 milhões, e o restante vai custear os honorários dos advogados e outros autores da ação que também assinaram o acordo.

Mesmo após concordar com a punição, a empresa de Zuckerberg não admitirá qualquer irregularidade, segundo fontes ouvidas pelo Wall Street Journal. O presidente dos EUA assinou o acordo de conciliação na quarta-feira, 29, no Salão Oval.

"Parece um suborno e um sinal para todas as empresas de que a corrupção é o que manda no jogo", disse a senadora democrata Elizabeth Warren em nota. "Depois que a Meta pagar para jogar, o que Mark Zuckerberg espera em troca desse 'investimento'?".

Opositores levantaram controvérsias a respeito do processo depois que Zuckerberg voou para encontrar Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, em novembro de 2024. Segundo fontes, Trump levantou a questão do processo depois que a sobremesa foi servida. O republicano sinalizou que a ação precisava ser resolvida antes que Zuckerberg pudesse ser "trazido para dentro do círculo".

Além de jantares, cafés da manhã, almoços, chás da tarde, partidas de dominó e afagos públicos, Zuckerberg também doou US$ 1 milhão para a posse de Trump. Esses movimentos do dono da Meta indicavam que ele buscava trégua com o poder. No ano passado, Trump avisou que se o bilionário tentasse intervir na eleição, poderia ir para a cadeia.

Trump há muito tempo aciona os tribunais quando é contrariado. Os alvos do republicano, no entanto, parecem não querer briga e correm para se aproximar dele ao passo que o poder volta para suas mãos.

Em dezembro, a ABC News resolveu um processo de difamação que Trump moveu contra a emissora e o apresentador George Stephanopoulos, e aceitou pagar US$ 15 milhões para a biblioteca do bilionário. Executivos da Paramount Global discutiram a possibilidade de encerrar um processo que Trump moveu por causa de uma entrevista da CBS News com a então vice-presidente Kamala Harris.

Segundo a petição, a CBS manipulou deliberadamente falas da vice-presidente sobre o conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. A defesa de Trump alega que o programa omitiu trechos da resposta de Harris que demonstrariam "hesitação e inconsistência" ao abordar a política externa americana no Oriente Médio.

Os advogados do republicano trabalham para capitalizar esses acordos feitos com as empresas. Em dezembro, em um processo diferente - no qual Trump notificou a editora Simon & Schuster e o autor e jornalista Bob Woodward por publicarem gravações de entrevistas sem permissão - a equipe jurídica do bilionário enviou uma carta aos réus com o acordo feito com a ABC anexado que dizia: "O presidente Trump tem esperança de que os réus neste caso sigam o exemplo do Sr. Stephanopoulos".

A ação contra a Meta foi uma de várias que Trump moveu após sua derrota na eleição de 2020. O alvo eram sempre os mesmos: empresas de mídia que suspenderam suas contas. Ele também processou o então Twitter antes do app ser comprado por Elon Musk, que o rebatizou de X, o YouTube e seus executivos. Um juiz federal arquivou o processo contra o X e o processo contra o Google foi encerrado administrativamente em 2023, mas é possível reabri-lo.

John P. Coale, apoiador e representante de Trump no processo contra a empresa dona do Facebook, foi o idealizador da estratégia de acionar na justiça grandes empresas de tecnologia em um encontro com o republicano em 2021. Era um período em que Trump estava fragilizado, fora do poder e alvo de processos que ele e seus aliados viam como uma guerra jurídica. "Ele só recebia ataques, nada além de ataques", disse Coale. "Eu disse a ele: 'Precisamos atacar de volta. Precisamos partir para o ataque'."

O estrategista jurídico do presidente afirma que Trump se engajou nos processos ao longo dos anos. Por vezes pediu atualizações e contribuiu em momentos importantes para as ações. Coale e o advogado John Q. Kelly embarcaram em anos de litígio, que no começo pareciam ser em vão.

"Uma onda de censura corre solta", alegava a queixa contra a Meta. "E o resultado é um efeito inibidor sobre nossas urgentes discussões políticas, médicas, sociais e culturais". Na prática, Trump e outros autores queriam uma liminar que obrigasse o Facebook a restabelecer suas contas e remover os rótulos de aviso de conteúdo sensível.

As contas de Trump no Facebook e no Instagram foram suspensas em 2021, por causa de publicações que incitaram e aprovaram a invasão do Capitólio, em seis de janeiro daquele ano. Nos dias anteriores ao atentado, ele usou as plataformas para afirmar, sem provas, que havia vencido a eleição de 2020.

Na época, Zuckerberg disse que os riscos de o presidente usar as redes sociais "eram simplesmente grandes demais" e então suspendeu as contas de Trump por duas semanas. O bloqueio foi estendido.

O YouTube, que é do Google, e o ainda Twitter seguiram o exemplo do Facebook. A decisão do Twitter era permanente, dizia o app, mas foi cancelada quando Elon Musk assumiu o controle da plataforma em novembro de 2022. O YouTube suspendeu o bloqueio à conta do republicano em março de 2023.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu para que colombianos que estejam sem documentos nos Estados Unidos "deixem imediatamente seus empregos nesse país e retornem o mais rápido possível". A declaração vem ao mesmo tempo em que a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Tammy Bruce, anunciou o retorno do processamento de vistos de imigrante e não imigrante na embaixada dos EUA em Bogotá.

Petro endossou que o Departamento de Prosperidade Social colombiano oferecerá "créditos produtivos" para quem retornar e se inscrever nos programas federais do órgão.

"Vamos construir riqueza social na Colômbia", afirmou o presidente colombiano.

Por sua vez, Bruce escreveu em seu perfil no X que "nosso compromisso de trabalhar juntos com a Colômbia para avançar em nossos interesses mútuos continua firme".