Governo recebe 78 contribuições em consulta sobre regulação das redes sociais

Política
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A Advocacia-Geral da União (AGU) recebeu 78 contribuições em sua consulta pública sobre moderação de conteúdo nas plataformas digitais. O processo ocorreu entre os dias 17 e 27 de janeiro, por meio da plataforma Participa + Brasil. As sugestões estão sendo analisadas pelo órgão.

A iniciativa contou com a participação de cidadãos, pesquisadores, entidades profissionais e organizações da sociedade civil. Os relatos abordaram temas como discurso de ódio, desinformação, transparência e responsabilidade das big techs.

Entre as preocupações levantadas está o impacto das novas diretrizes da Meta na segurança de grupos vulneráveis. Especialistas temem que as mudanças facilitem a disseminação de racismo, homofobia e violência de gênero, além de comprometerem a proteção de crianças e adolescentes. A empresa é proprietária das plataformas Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp.

Os participantes também questionaram o uso de algoritmos para impulsionar conteúdos e os efeitos dessa lógica para o jornalismo e a concentração de dados. O LinkedIn foi a única plataforma a enviar contribuições detalhando suas políticas de moderação.

A maioria dos participantes se posicionou contra as novas diretrizes da Meta. Das 78 contribuições, 68 manifestaram preocupação com o afrouxamento da moderação, argumentando que a liberdade de expressão não pode ser usada para justificar condutas ilícitas. Outros dez participantes defenderam as novas regras, afirmando que já existem leis para punir abusos na internet.

Entre as sugestões recebidas estão a adoção de um modelo europeu de regulação para o Brasil, a criação de um portal de denúncias, a taxação de plataformas e o uso de tecnologias que garantam o cumprimento da legislação nacional.

Além da consulta pública, a AGU realizou uma audiência em 22 de janeiro com 34 especialistas e representantes da sociedade civil. As big techs recusaram o convite e não participaram do encontro. O material coletado será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso Nacional para subsidiar discussões sobre a regulação das redes sociais.

Juristas ouvidos pelo Estadão defendem que regulação das plataformas precisa ser projetada por deputados e senadores, equilibrando a defesa da liberdade de expressão com a necessidade de combater crimes digitais, e não por meio dos demais Poderes.

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Um terremoto foi sentido no início da tarde desta terça-feira, 5, em Nova York e arredores, de acordo com relatos confirmados pelo Centro Sismológico Europeu-Mediterrâneo (ESMC, na sigla em inglês). Por volta de 13h11 (de Brasília), o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) identificou um tremor de magnitude 2,7 perto de Hillsdale, cidade de Nova Jersey que fica na Região Metropolitana da cidade de Nova York.

Até o momento, não há relatos de danos ou vítimas.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que o texto do acordo de segurança entre seu país e os Estados Unidos está "pronto". "Quando vamos assinar, ainda temos que definir, mas ele está pronto", acrescentou, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira, 5.

Segundo ela, o acordo é fundamentado em quatro princípios. "Respeito à soberania, respeito à territorialidade, confiança mútua e colaboração e cooperação", declarou Sheinbaum.

A presidente mexicana lembrou que uma visita do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ao país está "pendente" há cerca de três meses, mas não está cancelada.

Dois barcos que lançavam fogos de artifício como parte do Festival Smart, na orla Minatomirai, que fica em Yokohama, no Japão, pegaram fogo nesta segunda-feira, 4. O evento foi cancelado e não houve relatos de feridos graves.

Os organizadores do evento planejavam lançar aproximadamente 20 mil fogos de artifício em 25 minutos como parte do festival de verão, a partir das 19h30 do horário local. Porém, 20 minutos após o início do festival, a música parou e as autoridades anunciaram o cancelamento do evento "por questões de segurança".

O público do evento reclamou, mas logo depois a multidão começou a ver fumaça preta saindo dos barcos em chamas. A Guarda Costeira de Yokohama informou à Associated Press que dois barcos que lançavam fogos de artifício pegaram fogo.

Cinco técnicos de fogos de artifício que estavam a bordo pularam na água e foram resgatados pelos bombeiros locais. Um deles sofreu ferimentos leves, de acordo com a Guarda Costeira. No site oficial, os organizadores informaram que estão investigando a causa do incêndio.

Um visitante relatou a uma emissora japonesa que os fogos de artifício explodiram repentinamente logo após o barco pegar fogo. O incêndio pareceu estar controlado após algumas horas, mas por volta das 22h do horário local, os fogos de artifício começaram a explodir novamente. (Com informações da Associated Press).