Veja como será o cronograma das eleições para presidência do Senado e da Câmara

Política
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Parlamentares do Senado e da Câmara dos Deputados se reúnem neste sábado, 1º, para eleger os novos presidentes de cada uma das Casas legislativas pelos próximos dois anos.

A primeira sessão será a do Senado, marcada para às 10h, enquanto a votação na Câmara está prevista para ter início à tarde, às 16h. Os favoritos são o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que obteve uma ampla aliança com partidos de esquerda, centro e direita, e o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), que tem o apoio da maioria dos partidos à sua candidatura.

Além da eleição para presidente, serão escolhidos os ocupantes dos demais cargos da direção das Casas, conhecidas como Mesas Diretoras. A eleição é secreta e será realizada em urnas eletrônicas na Câmara, enquanto no Senado a votação é feita em cédulas de papel depositadas em um repositório.

Para presidente, vence o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos, ou aquele que receber o maior número de votos em segundo turno, se tiver. Veja a seguir como será o dia no Congresso.

Cronograma da eleição na Câmara

9h, formação de blocos - os partidos registram em quais blocos entrarão. Os blocos são associações de partidos a partir dos quais os principais cargos da Câmara, com exceção da presidência, são divididos. Os maiores grupos têm direito de escolher primeiro os postos. Depois, há a eleição para esses postos. Por exemplo: se um bloco escolhe a Primeira Secretaria, há uma eleição para escolher quem ocupará o cargo, mas só deputados desse bloco podem se candidatar. A candidatura de Hugo Motta está tão consolidada que a tendência é haver apenas um grupo de partidos;

11h, reunião de líderes - Líderes partidários se reúnem para definir os acordos com os blocos sobre a distribuição das cadeiras na Mesa Diretora;

13h30, inscrição de candidatos - Prazo limite para quem desejar se candidatar se inscrever junto à Secretaria-Geral da Mesa, o órgão responsável pelos trâmites regimentais da Câmara;

16h, abertura da sessão - Começa a sessão no plenário da Câmara voltada à eleição. Os candidatos têm direito a discursar por 10 minutos - esse é o tempo de praxe, mas no dia pode haver um acordo para o período ser maior ou menor. O tempo normalmente é usado para reforçar e tornar públicos alguns compromissos de campanha. Com a sessão em andamento, os deputados vão até as urnas eletrônicas instaladas no Salão Verde, espaço contíguo ao plenário, e escolhem seus candidatos. O voto é secreto. Finalizada a votação, o resultado da eleição para presidente é mostrado no plenário, e o eleito toma posse imediatamente. Ele preside a parte seguinte da sessão, quando são divulgados os resultados das votações para os demais cargos da Mesa, e conduz as votações em segundo turno, caso necessário.

Cargos em disputa

Presidência - Conduz as sessões e tem como um de seus principais poderes definir quando e se projetos são votados. Cargo atualmente ocupado por Arthur Lira (PP-AL);

1ª Vice-Presidência - Substitui o presidente quando ele está ausente e elabora pareceres sobre requerimentos de informação e projetos de resolução. Também é vice-presidente do Congresso Nacional. Cargo atualmente ocupado por Marcos Pereira (Republicanos-SP);

2ª Vice-Presidência - Examina pedidos de ressarcimento de despesa médica dos deputados e faz articulação institucional entre a Câmara e os órgãos legislativos dos Estados e municípios. Cargo atualmente ocupado por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);

1ª Secretaria - Supervisiona atividades administrativas da Câmara, como encaminhamentos de pedidos de informação, indicações a outros poderes e credenciamento de jornalistas, representantes de órgãos públicos e outras pessoas que querem acesso à Casa. Cargo atualmente ocupado por Luciano Bivar (União-PE);

2ª Secretaria - Responsável pelos passaportes diplomáticos e vistos para missões oficiais concedidos para deputados e servidores da Câmara, entre outras atribuições. Cargo atualmente ocupado por Maria do Rosário (PT-RS);

3ª Secretaria - Examina requerimentos de licença e justificativas de faltas de deputados, além de autorizar previamente reembolsos de passagens aéreas de deputados em alguns casos. Cargo atualmente ocupado por Júlio Cesar (PSD-PI);

4ª Secretaria - Administra os apartamentos funcionais da Câmara e o auxílio-moradia pagos aos deputados que não obtêm apartamento funcional. Cargo atualmente ocupado por Lucio Mosquini (MDB-RO);

Suplências - Quatro deputados que substituem os secretários em suas ausências. Cargos atualmente ocupados por Gilberto Nascimento (PSD-SP), Pompeo de Mattos (PDT-RS), Beto Pereira (PSDB-MS) e André Ferreira (PL-PE).

Tudo está encaminhado para que Motta vença a eleição com uma maioria esmagadora e assuma o cargo com muito poder, já que possui o apoio da maioria dos partidos. Além dele, também devem concorrer o pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel Van Hattem (Novo-RS), cujas candidaturas são sustentadas apenas pelas suas respectivas legendas.

Cronograma da eleição no Senado

10h, abertura da sessão - Início da sessão na qual a votação será realizada.

11h, eleição dos demais cargos - Os senadores devem se reunir para eleger os demais integrantes da Mesa Diretora: dois vice-presidentes e quatro secretários. Caso Alcolumbre, que é favorito, seja eleito, pelo acordo firmado entre as siglas, a distribuição de cargos na Mesa Diretora deve ser a seguinte:

Primeira Vice-Presidência: Eduardo Gomes (PL-TO);

Segunda Vice-Presidência:Humberto Costa (PT-PE);

Primeira Secretaria: Daniella Ribeiro (PSD-PB);

Segunda Secretaria: Confúcio Moura (MDB-RO);

Terceira Secretaria: Chico Rodrigues (PSB-RR);

Quarta Secretaria: Laércio Oliveira (PP-SE).

Além de Alcolumbre, também são candidatos ao comando da Casa Alta os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos do Val (Podemos-ES), Marcos Pontes (PL-SP) e Soraya Thronicke (Podemos-MS).

Como há mais de um candidato, os senadores farão a votação em cédula de papel e a depositarão em um repositório. Os parlamentares serão chamados nominalmente para depositar os votos.

Depois disso, as cédulas serão contadas para registrar o resultado. Caso fosse apenas um candidato, como já ocorreu em 2005, quando Renan Calheiros (MDB-AL) foi candidato único, a votação seria realizada pelo painel eletrônico.

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Um grupo formado por cerca de 600 ex-funcionários de alto escalão do governo israelense, incluindo ex-diretores do Mossad, da agência de segurança interna Shin Bet, do exército e do corpo diplomático, pediu ao presidente dos EUA, Donald Trump, que pressione o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu a encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A solicitação foi feita em uma carta aberta divulgada nesta segunda-feira, 4, pelo movimento batizado de Comandantes pela Segurança de Israel (CIS).

"Sua credibilidade junto à maioria dos israelenses aumenta sua capacidade de orientar o premiê na direção correta: acabar com a guerra, devolver os reféns, pôr fim ao sofrimento", diz o documento, que teve entre os signatários três ex-chefes do Mossad, cinco ex-diretores do Shin Bet e três ex-chefes do Estado-Maior das forças armadas.

Em vídeo, Ami Ayalon, ex-diretor do Shin Bet, aparece em uma mesa ao lado de várias outras figuras do aparato de segurança de Israel. Ele afirma que o conflito já ultrapassou os limites de uma "guerra justa" e agora ameaça "a identidade moral do Estado de Israel".

A gravação, divulgada pela rádio do exército no X, afirma que os ex-comandantes acumulam "mais de mil anos de experiência combinada em segurança nacional e diplomacia" e participaram dos processos decisórios mais sensíveis da história recente do país.

Objetivos

O CIS pede que Trump atue de forma semelhante à que atuou no Líbano, quando interveio politicamente para conter a crise afirmando que "é hora de fazer o mesmo em Gaza". Segundo o texto, os dois principais objetivos militares da guerra - desmantelar o Hamas e sua estrutura militar - já foram atingidos. "O terceiro objetivo, e o mais importante, só pode ser alcançado por meio de um acordo: trazer todos os reféns de volta para casa", afirma a carta.

"Estamos à beira da derrota", disse Tamir Pardo, ex-chefe do Mossad, ressaltando que as condições humanitárias em Gaza são "resultado direto das ações de Israel". "Nós nos escondemos por trás de uma mentira que nós mesmos criamos. Essa mentira foi vendida ao povo israelense. Mas o mundo já entendeu que ela não corresponde à realidade." (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A estatal chilena Codelco anunciou que contratará uma auditoria internacional para investigar as causas do desabamento ocorrido na última quinta-feira, 31, na mina El Teniente, no Chile, que resultou na morte de seis trabalhadores.

"Essa comissão investigadora, com especialistas internacionais, se reportará diretamente ao conselho da empresa e nos ajudará a determinar o que fizemos de errado", afirmou Máximo Pacheco, presidente do conselho da Codelco.

O anúncio da nova investigação veio horas depois de os socorristas encontrarem o corpo da última vítima desaparecida, Moisés Esteban Pávez, segundo informou o promotor regional de O'Higgins, Aquiles Cubillos. A área do desabamento foi interditada para facilitar os trabalhos periciais.

O presidente Gabriel Boric retornou ao local pela segunda vez consecutiva e decretou luto nacional de três dias. "É necessário ter total objetividade e evitar qualquer tipo de defesa corporativa para que possamos apurar não apenas o que aconteceu, mas também as responsabilidades pelo ocorrido. Tem que haver justiça", declarou o mandatário chileno.

Os corpos dos últimos trabalhadores que permaneciam dentro da mina foram recuperados por volta do meio-dia de domingo, 3, após os restos mortais de outra das vítimas terem sido localizados no dia anterior.

Alex Araya Acevedo, Carlos Andrés Arancibia Valenzuela, Gonzalo Ignacio Núñez Caroca, Moisés Pavez e Jean Miranda são as vítimas que se juntam a Paulo Marín Tapia, o primeiro trabalhador encontrado morto.

O funeral de Marín Tapia ocorreu no domingo, 3, a poucos metros da área de busca, onde centenas de pessoas se reuniram e montaram um altar improvisado com velas, bandeiras e cartazes.

Todos os trabalhadores atuavam no Projeto Andesita, um setor com 25 quilômetros de túneis e 85 pontos de extração dentro da mina El Teniente - a maior mina de cobre do mundo.

As autoridades locais de prevenção e resposta a desastres informaram que o acidente foi causado por um "desabamento provocado por um sismo na área", na comuna de Machalí, região de O'Higgins, a cerca de 100 quilômetros de Santiago.

No entanto, as investigações ainda buscam determinar se o tremor foi causado por atividade sísmica natural - um terremoto de magnitude 4,2 registrado na região na tarde de quinta-feira - ou pelas operações internas da própria mina. O Ministério Público confirmou a abertura de uma investigação.

O presidente Boric esteve no local no sábado, 2, para conversar com os familiares das vítimas e acompanhar os trabalhos de busca, junto com ministros do governo, promotores regionais e membros da Polícia de Investigações.

Cerca de 500 trabalhadores que atuavam no setor foram retirados após o acidente. Outros 2.500 empregados do complexo também foram levados a abrigos após a ativação dos protocolos de emergência.

O Chile é conhecido por sua forte atividade mineradora e abriga algumas das maiores reservas de cobre e lítio do planeta, além de extrair ouro, prata, ferro e chumbo. Apesar disso, acidentes em minas não são incomuns, muitas vezes provocados pelos frequentes tremores de terra no país.

Em fevereiro deste ano, um desabamento em uma mina subterrânea na região do Atacama, ao norte do país, deixou três mortos. E em 2010, o Chile protagonizou um dos resgates mais marcantes de sua história, quando 33 mineiros ficaram soterrados por mais de dois meses na mina San José - um caso que ganhou repercussão mundial.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

O presidente da Argentina, Javier Milei, vetou na segunda-feira, 4, uma tentativa de aumentar os gastos com pensões no país e uma lei que expande as proteções para pessoas com deficiência, dizendo que a lei teria minado sua promessa principal de eliminar o déficit fiscal crônico antes das eleições de meio de mandato em outubro.

Ao publicar as justificativas de veto, o governo de Milei disse que o Congresso aprovou no mês passado os projetos de lei de gastos - destinados a compensar mais completamente os aposentados pela inflação e oferecer mais benefícios financeiros para pessoas com deficiência - "sem determinar a origem dos fundos". Ele disse que os projetos "contradiziam o mandato popular (de Milei)" de reduzir a inflação.

Desde que assumiu o poder no final de 2023, Milei vetou todos os esforços para aumentar os gastos públicos, frequentemente usando o slogan "não há dinheiro" contra as demandas da população para que ele restaurasse os subsídios. O governo projeta que os gastos adicionais, incluindo um aumento de 7,2% nas pensões, representarão cerca de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e 1,68% no próximo.