Hugo Motta defende responsabilidade fiscal e emendas em primeiro discurso após vitória

Política
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O novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse neste sábado, 1º, em seu primeiro discurso à frente do cargo que defender a estabilidade econômica é defender a estabilidade social, e mencionou a responsabilidade fiscal. O deputado também defendeu as emendas parlamentares, mecanismo de distribuição de recursos por congressistas que está sendo questionado no Supremo Tribunal Federal. Ele falou logo depois de assumir a cadeira de presidente da Casa, que recebeu do agora ex-presidente Arthur Lira (PP-AL).

"Não se pode mais discutir o óbvio. Nada pior para os mais pobres que a inflação, a falta de estabilidade na economia", declarou ele, mencionando a responsabilidade fiscal como caminho para essa estabilidade. "Não há democracia com caos social, não há estabilidade social com caos econômicos. Defenderemos a democracia porque defenderemos também as melhores práticas das melhores políticas econômicas", disse Motta. Ele declarou que "não podemos continuar penalizando nossa gente".

"O povo brasileiro não quer a divisão da ideologia, mas a multiplicação no seu dia a dia", disse o novo presidente da Casa. Ele afirmou que as convergências constroem. Afirmou começar sua gestão sob o impacto "da confiança depositada". Ele teve 444 votos de 513 possíveis. Afirmou que servirá ao Brasil em seu mandato.

Hugo Motta disse que o Legislativo "jamais avançou em nenhuma prerrogativa". A declaração é uma resposta à análise de que o aumento das emendas parlamentares são uma usurpação de poder do Executivo. Afirmou, porém, ser favorável a mais transparência - para a Câmara e os demais Poderes. Segundo ele, é possível aperfeiçoar as emendas, mas seus aumentos recentes são um caminho sem volta. "Em 2016, por meio das emendas impositivas, Parlamento se encontra com as origens do projeto constitucional", declarou.

Hugo Motta fez várias referências a Ulysses Guimarães. Por exemplo, que a memória do político deve "iluminar corações e mentes". Disse "viva a democracia" e que tem "ódio e nojo" a ditaduras. O deputado disse que não existe Parlamento forte em ditaduras. "Ulysses afirmava que o presidencialismo absoluto deixava de existir com a nova Constituição", declarou. Também disse que "passou o tempo do dedo na cara, é hora do olho no olho".

Encerrou com uma referência ao filme Ainda Estou Aqui, que exalta Eunice Paiva e critica a ditadura militar. "Ainda estamos aqui", disse ele, em um aceno a políticos de esquerda. Segundo ele, todos precisam estar ao lado do Brasil, em harmonia com os Poderes da República.

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O papa Leão XIV, amante da equitação, foi presenteado com um cavalo árabe puro-sangue por um fiel proprietário de um haras na Polônia, informou o Vaticano nesta quarta-feira, 15. O animal, de 12 anos de idade e pelagem clara, foi entregue ao líder da Igreja Católica com o objetivo de ser leiloado para fins beneficentes.

As imagens divulgadas pelo Vaticano mostram Leão XIV caminhando ao lado do cavalo, segurando-o pelas rédeas, visivelmente à vontade, antes de posar ao seu lado durante sua audiência geral na sede da Igreja Católica.

Antes de ser eleito papa, Robert Francis Prevost costumava montar a cavalo regularmente no Peru, onde foi missionário por cerca de 20 anos.

"Quando vi as fotos do futuro papa a cavalo no Peru, surgiu a ideia de lhe oferecer um belo cavalo árabe, que seria digno dele, porque o branco lembra a batina branca papal", disse Andrzej Michalski, presidente da Criação de Cavalos Michalski de Kolobrzeg-Budzistów, na Polônia.

O cavalo se chama Proton e nasceu no vilarejo de Janów Podlaski. Michalski o comprou quando era potro e o criou na própria fazenda. "Se move magnificamente, é muito bonito", afirmou o criador.

Além do presente, Michalski leu uma carta para o papa, fazendo referências à primeira exortação apostólica assinada por Leão XIV, publicada no dia 9 de outubro, e pedindo para que o presente continue a servir às atividades de Vossa Santidade.

O cavalo será levado para Castel Gandolfo, uma comuna italiana localizada na província de Roma.

O local onde Michalski cria seus cavalos também funciona como um espaço de estudo sobre os equinos, é sede de competições equestres e auxilia pessoas com deficiência que se submetem ao tratamento por meio da hipoterapia.

Na carta lida ao papa, o criador explicou as atividades realizadas no centro que administra e pediu uma bênção para o local, que completará 30 anos de fundação em 2026.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que usa tarifas como uma maneira de parar guerras, ao discursar em jantar na Casa Branca, nesta quarta-feira, 14. O republicano não forneceu mais detalhes, mas disse que os EUA estão "ganhando muito dinheiro" com as tarifas.

"Estamos indo bem no comércio", acrescentou. Na ocasião, Trump voltou a lamentar o fato de não ter vencido o Prêmio Nobel da Paz. "Parei guerras, mas ganhei o Nobel? Não, eu não ganhei."

O Hamas afirmou nesta quarta-feira, 15, que "cumpriu o que foi acordado" no cessar-fogo com Israel, ao entregar "todos os prisioneiros vivos" e os corpos aos quais "conseguiu ter acesso". Em comunicado, as Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo, disseram que os corpos restantes "precisam de grandes esforços e equipamentos especiais para serem localizados e recuperados" e que estão "fazendo um grande esforço para encerrar esta etapa".

A declaração ocorre após o Exército israelense informar que um dos corpos entregues pelo Hamas na véspera não corresponde a nenhum dos reféns mantidos em Gaza, o que elevou a tensão sobre a trégua mediada pelos Estados Unidos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu que o grupo "cumpra os termos do acordo" e devolva todos os corpos, afirmando que Israel "não vai abrir mão disso e não cessará seus esforços até que o último refém morto seja devolvido".

Nos últimos dois dias, o Hamas entregou oito corpos à Cruz Vermelha, enquanto Israel acusa o grupo de atrasar as devoluções. O governo israelense reduziu o envio de ajuda a Gaza e manteve fechada a passagem de Rafah até que todos os restos mortais sejam entregues. Segundo o Hamas, a demora ocorre devido às dificuldades de localizar cadáveres sob os escombros após dois anos de guerra.