STF reforça segurança e cria exigências para agentes atuarem na proteção de ministros

Política
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Alvo recorrente de ameaças e marcado por um atentado recente, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou 2025 dedicado a reforçar a segurança do palácio-sede, na Praça dos Três Poderes, e dos ministros que integram o colegiado. Uma das medidas que se soma ao recente esforço da Corte para responder e prevenir ataques foi a adoção de regras rígidas de avaliação dos policiais judiciais responsáveis pela proteção dos magistrados e de seus familiares.

Em instrução normativa publicada em janeiro, o diretor-geral do STF, Eduardo Silva Toledo, definiu que os agentes escalados para fazer a segurança pessoal dos ministros deverão participar e ser aprovados no Teste para Atuação com Dignitários (TAD), que funciona como uma prova de aptidão.

Esse servidores também participarão de capacitações mensais oferecidas pela Secretaria de Segurança da Corte e de um programa de reciclagem anual, a ser criado.

O teste será realizado semestralmente e cobrará dos seguranças pessoais dos ministros a comprovação de que possuem capacidade física, destreza no manuseio de armas de fogo e aptidão psicológica para lidar com eventuais ameaças à integridade das autoridades.

Dentre as exigências físicas, os agentes homens, com idades entre 18 e 25 anos, deverão correr 2,4 km em 12 minutos, nadar 50 metros em um minuto e fazer 40 abdominais também em um minuto. As exigências variam de acordo com o gênero dos participantes e a idade.

A medida vale, inclusive, para os policiais judiciais que já atuam na segurança pessoal dos ministros do STF. Esses agentes têm quatro meses para realizar o TAD. A instrução normativa estabelece que os servidores que não realizarem o teste, ou forem reprovados, ficarão impedidos de atuar na proteção dos magistrados até que cumpram as exigências.

O documento ainda delega ao titular da Secretaria de Polícia Judicial do STF, Marcelo Canizares, a responsabilidade de decidir como será a atuação de cada agente no esquema de segurança dos ministros.

O conjunto de obrigações a serem cumpridas para que os policiais judiciais integrem a equipe de guarda-costas dos ministros regulamenta outros esforços já anunciados pela Corte para reforçar a segurança dos seus integrantes e das suas dependências.

Os ministros aprovaram, em sessão administrativa realizada no final do ano passado, a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 27,4 milhões para reforçar as linhas de segurança da Corte após o atentado a bomba ocorrido em novembro daquele ano.

Na ocasião, o bolsonarista conhecido como Tiü França tentou explodir a estátua da Justiça e acabou cometendo suicídio ao se explodir em frente ao prédio do STF. O dinheiro extra autorizado na esteira do atentado será destinado para, dentre outras coisas, contratar 40 agentes da Polícia Judicial, que estarão submetidos às regras de avaliação aprovadas pela Corte neste ano.

Em outra frente, o STF contratou recentemente, por R$ 83,9 milhões, uma empresa de segurança privada para se somar aos esforços da Polícia Judicial e atuar na segurança dos ministros e de seus familiares. As exigências criada em janeiro só valem para os policiais judiciais. As demandas relacionadas aos agentes privados já estão previstas em contrato.

A contratação tem validade de dois anos e assegura mais 230 profissionais para proteger os ministros em postos de trabalho espalhados por quatro unidades da federação: Distrito Federal, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, locais onde ministros têm residência. O edital ainda prevê a possibilidade desses agentes acompanharem os ministros em viagens nacionais e internacionais.

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Os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram uma ação conjunta contra redes de crime cibernético no Sudeste Asiático, no que classificaram como a "maior operação já vista" nesta categoria, segundo comunicado divulgado hoje pelo Departamento do Tesouro dos EUA.

Autoridades americanas e britânicas impuseram sanções abrangentes contra 146 alvos dentro do Prince Group, uma rede com base no Camboja liderada pelo CEO Chen Zhi, que opera um império transnacional através de golpes de investimento online. O Prince Group, seus líderes, funcionários e 117 instituições consideradas subsidiárias foram designadas pelos EUA como Organização Criminosa Transnacional (TCO, em inglês).

Os reguladores também cortaram o conglomerado de serviços financeiros Huione Group do sistema financeiro dos EUA. Baseado no Camboja, o grupo é considerado crítico para lavagem de receitas de ciberataques realizados pela Coreia do Norte e pelo Prince Group no Sudeste Asiático.

As ações bilaterais de sanções foram acompanhadas pela abertura de uma acusação criminal nos EUA contra Chen Zhi, conforme a nota. Esta ação coordenada resulta da colaboração entre o FBI, o Escritório do Procurador dos EUA no distrito de Nova York e Escritório de Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido (FCDO, em inglês).

Segundo o comunicado, as perdas dos EUA com golpes de investimento online aumentaram nos últimos anos, totalizando mais de US$ 16,6 bilhões. Estima-se que os americanos perderam pelo menos US$ 10 bilhões para operações de golpe baseadas no Sudeste Asiático em 2024, um aumento de 66% em relação ao ano anterior.

Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast ((sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o presidente da Argentina, Javier Milei, tem o seu "apoio completo e total" para as próximas eleições de meio de mandato, em publicação na Truth Social na noite desta terça-feira, 14.

"Ótima reunião hoje com Javier Milei! Ele está fazendo as coisas certas para o seu país. Espero que o povo da Argentina entenda o quão bom trabalho ele está fazendo", escreveu o republicano. "Vamos ajudá-lo a alcançar o incrível potencial da Argentina. Ele não vai decepcioná-los. Tornem a Argentina boa de novo!".

Mais cedo, os líderes se reuniram na Casa Branca para discutir a linha de swap cambial fornecida pelos EUA para resgatar o peso argentino, em um momento delicado para a gestão de Milei. O ultraconservador enfrenta pressão após turbulências econômicas, escândalos de corrupção e a derrota do seu partido nas eleições provinciais de Buenos Aires enfraquecerem o apoio ao seu governo antes das eleições de meio de mandato, previstas para 26 de outubro.

O Hamas apressou-se nesta terça-feira, 14, para aliviar a pressão sobre um cessar-fogo frágil em sua guerra com Israel, devolvendo os corpos de mais reféns mortos. A medida veio após uma agência militar israelense afirmar que reduziria pela metade as entregas de ajuda humanitária a Gaza devido a preocupações de que o grupo estava entregando os restos mortais mais lentamente do que o acordado.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel confirmou que as autoridades receberam quatro reféns falecidos que a Cruz Vermelha entregou às autoridades militares israelenses dentro de Gaza. Os corpos serão levados para o Centro Nacional de Medicina Forense, onde serão identificados e as famílias notificadas.

Esta última transferência de restos mortais ocorre um dia após Israel ter recebido os corpos de outros quatro reféns mortos. Apesar do desenvolvimento, não estava claro se a agência militar israelense, conhecida como COGAT, seguirá com sua decisão de permitir a entrada em Gaza de apenas metade dos 600 caminhões de ajuda humanitária previstos no acordo.

O escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza, assolada pela fome, recebeu a notícia dos cortes pela agência militar israelense encarregada de transferir ajuda para o território, segundo a porta-voz Olga Cherevko. Autoridades dos EUA também foram notificadas, de acordo com três fontes da Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou preocupação em uma postagem nas redes sociais de que poucos reféns mortos foram devolvidos. Ele não mencionou a redução pela metade do fluxo de ajuda para o território por parte de Israel. Em resposta às preocupações, o Hamas e a Cruz Vermelha afirmaram que o nível de destruição na Faixa de Gaza dificulta o resgate dos restos mortais.

Trump também alertou o Hamas que, se "eles não se desarmarem, nós os desarmaremos".

Ainda, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, disse que 15 tecnocratas palestinos foram selecionados para administrar Gaza, com aprovação de Israel, Hamas e todas as outras facções palestinas. A agência de desenvolvimento da ONU disse que a última estimativa conjunta com a União Europeia e o Banco Mundial é que a reconstrução de Gaza exigirá 70 bilhões de dólares. (*Fonte: Associated Press).

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast