Hugo Motta: Estar na Câmara é ter capacidade de se relacionar com todos

Política
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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a Casa não será um causador de mais "instabilidade" ao Brasil, uma vez que o País já tem muitos desafios a serem enfrentados no cenário externo e interno. Motta citou conversas que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro e disse que estar na Câmara é ter capacidade de se relacionar com todos.

"Não vamos ser um causador de mais instabilidade. O Brasil já tem muitos desafios a serem enfrentados, cenário interno e cenário externo, e precisa ter nos representantes dos Poderes muito mais responsabilidade para que se gere mais turbulências", disse, em entrevista à GloboNews nesta terça-feira, 4.

Motta comentou que sempre teve "perfil de conciliação" e que, em sua avaliação, política se faz com racionalidade, sem ter preconceito de onde vem a ideia. Para ele, sua capacidade de construir pontes e nunca se distanciar no debate o ajudou a chegar à presidência da Casa.

O novo presidente da Câmara confirmou que esteve com Lula e Bolsonaro no mesmo dia no final do ano passado e comentou que as conversas com ambos foram maduras. Sobre o petista, Motta disse que o chefe do Executivo deixou claro que jamais enviará projetos de interesse pessoal. "Lula disse que Sempre os projetos a serem enviados pelo Executivo serão de interesse do País, da mesma forma que nós garantimos total atenção", comentou.

Já sobre o encontro com Bolsonaro, o deputado disse que o ex-presidente tocou na pauta da anistia, mas fez questão de dizer que não defendia para ele. "Ele Bolsonaro fez questão de dizer: 'Olha, Hugo, não estou defendendo a anistia para mim. Os meus problemas jurídicos eu tenho como resolver, o meu partido me ajuda, tenho minha estrutura. A minha preocupação é com relação às pessoas que estão sendo condenadas diante dos ataques do 8 de janeiro que receberam penas muito grandes'", contou.

Motta, porém, pontuou que a pauta divide a Casa: PT não quer pautá-la e o PL defende, mas o colégio de líderes é quem resolve a pauta. "Com toda a responsabilidade, vamos tratar esse tema, de maneira muito tranquila, muito serena, para que esse tema não seja mais um fator para aumentar o tensionamento que existe hoje entre os Poderes", comentou.

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A partir de 12 de outubro, turistas que entrarem em Portugal, Espanha, França, Itália ou outros 25 países na Europa podem não ter mais seus passaportes carimbados. Parte do continente vai substituir o tradicional selo por um sistema eletrônico.

O objetivo, segundo a União Europeia, é agilizar o controle de fronteiras e aumentar a segurança. O registro de entrada no país será feito por meio de dados biométricos, com reconhecimento facial e impressões digitais.

Sem acarretar custos extras ao viajante, a mudança será gradual e está prevista para ser concluída até abril de 2026.

Países europeus que vão trocar carimbo por sistema eletrônico:

Áustria

Bélgica

Bulgária

Croácia

República Tcheca

Dinamarca

Estônia

Finlândia

França

Alemanha

Grécia

Hungria

Islândia

Itália

Letônia

Liechtenstein

Lituânia

Luxemburgo

Malta

Holanda

Noruega

Polônia

Portugal

Romênia

Eslováquia

Eslovênia

Espanha

Suécia

Suíça

O Hamas condenou a visita do enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Steve Witkoff, a centros de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Segundo o grupo, a visita foi uma "peça teatral previamente preparada para enganar a opinião pública, embelezar a imagem da ocupação e conceder-lhe uma cobertura política".

A chamada Fundação Humanitária de Gaza, supervisionada por Israel e visitada por Witkoff, é descrita pelo Hamas como uma entidade "criada para completar os capítulos de assassinato e genocídio". Para o grupo, os EUA têm responsabilidade direta na crise humanitária. "O governo americano é um parceiro completo no crime de fome e genocídio que ocorre diante dos olhos e ouvidos do mundo inteiro", escreveu.

O Hamas ainda exigiu que Washington retire seu apoio a Israel, defendam um cessar-fogo e promovam a "retirada do exército de ocupação israelense e o levantamento do cerco injusto ao nosso povo". O grupo afirma que o atual alinhamento dos EUA às ações israelenses aprofundam a "catástrofe humanitária" e perpetuam o conflito na região.

As Forças Armadas da Ucrânia afirmaram hoje que realizaram ataques bem-sucedidos contra "infraestruturas críticas" da Rússia, incluindo duas refinarias de petróleo, em resposta aos recentes bombardeios russos contra cidades ucranianas. Segundo comunicado divulgado pelo Comando Militar por meio do Telegram, foram atingidas as refinarias de Riazã e Novokuibyshevsk, duas das maiores do país, segundo a estatal que as administra, além de um depósito de combustível na região de Voronej.

De acordo com o comunicado, "foi confirmado o impacto em empresas da indústria de refino de petróleo do país ocupante Rússia". Além disso, drones ucranianos atacaram com sucesso "a base de combustíveis e lubrificantes 'Anna Naftoprodukt' na região de Voronej".

As forças ucranianas também disseram ter danificado uma fábrica militar na região de Penza. Segundo o texto, "foi atingida a empresa Elektroprylad, que se especializa na produção de sistemas de telecomunicações protegidos, equipamentos criptográficos e placas de circuito para equipamentos militares".

O ataque, segundo Kiev, foi uma retaliação direta aos "recentes ataques terroristas da Rússia contra cidades ucranianas, que resultaram em civis mortos e feridos". O texto afirma que explosões e incêndios foram registrados nos locais atingidos e que informações mais detalhadas sobre as consequências dos ataques estão sendo apuradas.

Os militares ucranianos prometeram manter os ataques até um cessar-fogo completo da "agressão armada da Federação Russa contra a Ucrânia".