Governo tem de fazer avaliação se ministros estão dando conta, afirma Motta

Política
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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que a reforma ministerial cabe ao Poder Executivo, e não ao Congresso, e que o governo precisa fazer uma avaliação dos ministros e se eles estão "dando conta". Também afirmou que "não está na pauta" do seu partido, o Republicanos, reivindicar mais espaços na Esplanada. Apesar disso, Motta foi claro ao dizer que a sigla "sempre foi um partido que entregou votos ao governo em matérias administrativas".

"Não está na pauta do nosso partido essa discussão (mais espaço no governo). O Republicanos participa (do governo) muito mais por uma relação pessoal do ministro Silvio Costa Filho com o governo. Ele tem feito um grande trabalho no Ministério de Portos e Aeroportos. Nas matérias em que tivemos oportunidade de analisar, o Republicanos sempre foi um partido que entregou votos ao governo em matérias administrativas", afirmou em entrevista à BandNews, completando dizendo que "o que é bom e importante contará sempre com o apoio do nosso partido".

Motta disse ainda que "não cabe ao presidente da Câmara opinar" sobre uma eventual reforma ministerial e que o "governo tem de fazer uma avaliação se todos os ministros estão dando conta daquilo que o presidente da República espera da parte de cada um e a partir daí fazer a análise se é necessário ou não fazer uma mexida no governo".

O presidente da Câmara disse que "vincular as escolhas de comissões e decisões dentro da Casa à reforma ministerial não é o correto". Ele defendeu uma boa relação com o Executivo, mas reforçou a independência entre os Poderes.

"Temos de ter uma boa relação com o Executivo. Estive lá com Alcolumbre Davi Alcolumbre, presidente do Senado, que é um amigo querido, teremos uma sintonia muito fina entre Câmara e Senado, mas sempre deixando claro que há independência dos Poderes. A reforma ministerial é uma pauta do Executivo e penso que o Legislativo não pode vincular seu funcionamento ou direcionamento a uma pauta que não é nossa", completou.

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Agentes do FBI que participaram de investigações relacionadas ao presidente dos EUA, Donald Trump, processaram os esforços do Departamento de Justiça para desenvolver uma lista de funcionários envolvidos nessas investigações, que eles temem que possam ser precursores de demissões em massa.

Duas ações judiciais, movidas na terça-feira, 4, em um tribunal federal em Washington em nome de agentes anônimos, exigem uma interrupção imediata da coleta e potencial disseminação de nomes dos responsáveis pelas investigações sobre o motim de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio dos EUA, bem como o acúmulo de documentos confidenciais por Trump em sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida.

Os processos marcam uma escalada em uma disputa de alto risco que explodiu em público na sexta-feira, 31, com revelações de que o Departamento de Justiça dos EUA havia exigido do FBI os nomes, cargos e títulos de todos os funcionários envolvidos nas investigações de 6 de janeiro para que os oficiais pudessem avaliar se alguma ação pessoal era merecida. Milhares de funcionários do FBI também foram convidados no fim de semana a preencher um questionário aprofundado sobre sua participação nessas investigações, uma etapa que eles temem que possa levar à demissão.

Respondendo à solicitação do Departamento de Justiça, o FBI entregou detalhes pessoais de aproximadamente 5 mil funcionários, mas os identificou apenas por meio de seu código de identificação exclusivo e não pelo nome, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto que falou sob condição de anonimato para discutir o assunto e as comunicações internas vistas pela Associated Press. Um porta-voz do Departamento de Justiça não quis comentar.

O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Egede, propôs nesta terça-feira, 4, que as eleições parlamentares no país sejam realizadas no dia 11 de março. "Estamos em um momento sério, um momento que nunca vivenciamos em nosso país. O momento não é para divisões internas, mas para colaboração e união pelo nosso país", afirmou o líder em uma publicação nas redes sociais.

Além disso, o legislativo da Groenlândia discutiu se deveria proibir os partidos políticos de aceitar contribuições "de doadores estrangeiros ou anônimos", após o presidente dos EUA, Donald Trump, manifestar suas ambições de que os Estados Unidos assumam o controle da ilha, que pertence à Dinamarca.

O governo da Groenlândia solicitou ao parlamento que considerasse um projeto de lei com o objetivo de "proteger a integridade política da Groenlândia", que entraria em vigor de imediato. O projeto, segundo uma tradução de um documento parlamentar em dinamarquês, "deve ser visto à luz dos interesses geopolíticos na Groenlândia e da situação atual, em que representantes de uma grande potência aliada expressaram interesse em assumir e controlar a Groenlândia".

*Com informações da Associated Press

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu nesta terça-feira, 4, que os palestinos deslocados em Gaza fossem reassentados "permanentemente" fora do território devastado pela guerra.

"Melhor coisa a fazer é achar outro local para população de Gaza", disse Trump em comentários feitos no início da sua reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, em Washington.

"Não acho que as pessoas deveriam voltar", disse Trump. O presidente disse que não se pode viver em Gaza diante das condições atuais.

"A volta para Gaza só existe por falta de alternativa", completou. "Quem gostaria de voltar para Gaza para vivenciar só morte e destruição?", questionou Trump. O presidente disse que Gaza tem sido um inferno e que ninguém gostaria de retornar a morar no local.

Netanyahu, por sua vez, citou que quando Israel trabalha em conjunto com os Estados Unidos, a situação melhora. O premiê é o primeiro líder estrangeiro a se reunir com Trump na Casa Branca desde a posse do republicano.

O acordo de cessar-fogo de Israel com o Hamas na Faixa de Gaza segue em curso. Mas uma segunda etapa prevê a saída israelense do território e um plano para a reconstrução e governabilidade.