Zema alfineta Lula após orientação de não comprar produtos caros em mercados

Política
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), alfinetou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o petista sugerir que o povo pode baixar preço de alimentos se não comprar produtos caros em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia. Sem citar o nome de Lula, Zema chamou a ideia de "lorota econômica" em uma publicação feita no perfil dele no Instagram neste sábado, 8.

 

"Café reaproveitado e desculpas esfarrapadas são difíceis de engolir. Quando o bolso do brasileiro aperta surgem as ideias mais absurdas. E você, qual foi a maior lorota econômica que ouviu por aí?", disse o governador mineiro.

 

Além de Zema, outros políticos de oposição ao governo Lula criticaram a afirmação do presidente. As reações negativas vieram desde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados dele quanto de congressistas que integram a base governista.

 

Essa não é a primeira vez que Zema faz críticas ao governo Lula. No mês passado, Zema abriu fogo contra o presidente e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por causa dos vetos do chefe do Executivo ao projeto que regulamenta um programa voltado ao pagamento das dívidas estaduais.

 

Também pelas redes sociais, Zema disse que os vetos de Lula prejudicam os mineiros, que somam R$ 157,7 bilhões em dívidas, e que, caso os cortes não sejam derrubados pelo Congresso, o Estado não irá participar do novo programa. O governador afirmou ainda que o exemplo de austeridade deveria "partir de cima", em referência ao Planalto.

 

Como resposta, Haddad acusou Zema de se privilegiar com o aumento de 298% no próprio salário enquanto Minas estava em regime de recuperação fiscal. Lula, por sua vez, chamou o governador mineiro de "ingrato" junto a outros quatro que comandam os Estados com maior débito perante a União.

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O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta sexta-feira, 14, que a Rússia deve aceitar a proposta feita pelos EUA, e já aprovada pela Ucrânia, de um cessar-fogo de 30 dias.

"A agressão russa na Ucrânia deve acabar. Os abusos devem acabar. As declarações dilatórias também", escreveu Macron na rede social X.

O presidente francês afirmou que conversou hoje com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, após o progresso alcançado na reunião entre os EUA e a Ucrânia em Jeddah, na Arábia Saudita, na terça-feira.

"Amanhã, continuaremos trabalhando para fortalecer o apoio à Ucrânia e por uma paz forte e duradoura", acrescentou Macron.

Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.