Para evitar 'desassossego' no TJ-BA, STJ mantém afastamento de desembargadora e juíza

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) prorrogou, nesta quinta-feira, 13, o afastamento cautelar de uma desembargadora e uma juíza do Tribunal de Justiça da Bahia, investigadas no âmbito da Operação Faroeste. A desembargadora Maria do Socorro Barreto e a juíza Marivalda Almeida Moutinho são rés por suposta venda de decisões judiciais e, desde fevereiro do ano passado, estão afastadas das funções públicas.

 

Para o relator da ação penal, ministro Og Fernandes, o retorno das magistradas poderia causar "instabilidade" e "desassossego" no Tribunal da Bahia. Iniciada em 2019, a Operação Faroeste revelou o funcionamento de uma suposta organização criminosa envolvendo membros da cúpula do Judiciário na Bahia.

 

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a organização atuava com a venda de decisões judiciais que legitimavam a grilagem de terras no oeste baiano. Além de desembargadores e juízes, a Procuradoria Federal denunciou advogados, auxiliares e produtores rurais.

 

A prorrogação do afastamento se deu por meio de uma questão de ordem na Ação Penal 940, apresentada pelo relator do caso durante a sessão da Corte Especial. O ministro ressaltou que o afastamento das magistradas, determinado em fevereiro de 2024, estava previsto para acabar neste mês. Ele defendeu a manutenção da medida cautelar ao considerar que os fatos supostamente criminosos ainda não foram julgados.

 

"Não há excesso de prazo injustificável em detrimento do afastamento cautelar dos cargos ocupados pelas magistradas. Mostra-se pertinente acrescentar que esta ação penal envolve 15 réus, entre desembargadores, juízes, servidores públicos, advogados, empresários e outros", defendeu.

 

Nesse mesmo sentido, o ministro destacou que a acusação envolve um possível desmantelamento de uma organização criminosa estruturada no âmbito do Poder Judiciário, com suposta lavagem de capitais em grande escala. Ele justificou a demora na resolução do processo, dado o tamanho da operação, com elevado número de acusados, e com "incontáveis documentos, diligências e providências imprescindíveis à sua instrução, afastando-se, pois, qualquer suposição de ilegalidade das medidas cautelares por excesso de prazo".

 

Fernandes também relembrou que a desembargadora Maria do Socorro Barreto foi denunciada pelo MPF na Ação Penal 985, recebida pelo STJ em abril de 2024. Além disso, citou que as duas magistradas também foram denunciadas, com outras 14 pessoas, no Inquérito 1657/DF.

 

"Esse panorama demonstra que, não obstante as ações penais e os inquéritos estejam avançando, não é possível afirmar que a apuração dos graves fatos denunciados foi concluída. Logo, não é recomendável permitir que as rés reassumam suas atividades neste momento, pois o retorno pode gerar instabilidade e desassossego na composição das decisões e na jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia", defendeu.

 

O Estadão tentou contato com a defesa da desembargadora Maria do Socorro Barreto e da juíza Marivalda Almeida Moutinho, mas até a publicação da reportagem, não obteve resposta. O espaço segue aberto.

Em outra categoria

A sessão de fim de semana do Senado americano para acabar com o shutdown mostrou poucos sinais de progresso neste sábado, já que o desejo do líder da maioria no Senado, John Tune, por uma votação rápida não se concretizou.

O shutdown, que já dura 39 dias, está afetando cada vez mais o país, com trabalhadores federais sem receber salários, companhias aéreas cancelando voos e benefícios de vale-alimentação atrasados para milhões de americanos.

A sessão deste sábado começou de forma conturbada, visto que o presidente Donald Trump já havia deixado claro que é improvável que ele faça concessões com os democratas, que buscam prolongar em um ano os benefícios fiscais do Obamacare. Trump disse nas redes sociais que é "o pior sistema de saúde em qualquer lugar do mundo" e sugeriu que o Congresso envie dinheiro diretamente para as pessoas adquirirem seguros.

Thune disse que a proposta de Trump não faria parte de uma solução para acabar com o shutdown, mas acrescentou que "é uma discussão que o presidente e todos nós queremos ter".

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Os esforços legais do governo Donald Trump para evitar ter que financiar totalmente vales-refeição para milhões de americanos estão criando uma oportunidade para os democratas, ansiosos para usar o mais longo shutdown do governo americano para pintar o presidente como insensível.

"Donald Trump e seu governo decidiram usar a fome como arma, para reter os benefícios do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP, na sigla em inglês), de milhões de pessoas, apesar do fato de que dois tribunais, tanto o distrital quanto o de apelações, deixaram claro que esses benefícios do SNAP precisam ser pagos imediatamente", disse o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, neste sábado, chamando as ações de "vergonhosas".

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, disse ainda que "Donald Trump está literalmente lutando na justiça para garantir que os americanos passem fome. ELE NÃO SE IMPORTA COM VOCÊ". A declaração foi feita na rede social X, e Newsom é um potencial candidato à presidência para 2028.

Os comentários vêm após a Suprema Corte, na noite de sexta-feira, conceder o recurso de emergência do governo para bloquear temporariamente uma ordem judicial que exigia que ele financiasse totalmente os pagamentos de ajuda alimentar do SNAP durante o shutdown. O programa atende cerca de 1 em cada 8 americanos, principalmente aqueles com rendas mais baixas.

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Um incêndio em um depósito de perfumes no noroeste da Turquia na manhã deste sábado, 08, deixou seis pessoas mortas e uma pessoa ferida, segundo informaram as autoridades responsáveis.

A causa do incêndio na província de Kocaeli é desconhecida. Ele começou por volta das 9 da manhã, e a mídia local informou que foi precedido por várias explosões. Equipes de emergência e bombeiros foram imediatamente enviadas ao local, e o incêndio foi controlado em uma hora.

O governador da província, Ilhami Aktas, afirmou aos jornalistas que seis pessoas morreram e uma estava ferida e recebendo tratamento. Ele acrescentou que a causa do incêndio ainda é desconhecida e está sendo investigada.

*Com informações da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado