O que Janja fez em Roma e quais foram os custos da viagem; entenda

Política
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Após quatro dias em Roma, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, publicou em seu perfil no Instagram nesta quinta-feira, 13, um relato das agendas que participou em viagem à capital da Itália e contou estar retornando ao Brasil.

Como mostrou o Estadão, os gastos preliminares com a comitiva que acompanha a primeira-dama são de, ao menos, R$ 140 mil até agora. O valor ainda não inclui as diárias pagas a Janja nem os gastos com passagens de dez dos 12 membros do grupo.

Janja, que não possui cargo formal no governo, viajou na comitiva oficial brasileira a convite do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, para participar de compromissos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A entidade internacional foi lançada pelo Brasil durante a reunião do G20 no Rio de Janeiro, em 2024.

Agora, o grupo se reuniu para eleger seu primeiro presidente, cargo pleiteado pelo Brasil e que ficou com Dias, em eleição realizada nesta terça-feira, 11.

No dia seguinte, a primeira-dama encontrou o Papa Francisco, em uma conversa que afirmou ter sido reservada, afirmando apenas que o pontífice perguntou muito sobre a recuperação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que realizou cirurgia na cabeça para drenar um hematoma, em dezembro do ano passado.

"Agora é nosso momento de orar muito pela saúde do Papa." Com bronquite desde o início de fevereiro, o líder da igreja católica voltou a ser internado nesta sexta-feira, 14.

Janja também disse ter conversado com o Papa sobre a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Após o encontro, ela discursou na cerimônia do Conselho de Governança do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) nesta quarta-feira, 12, e se disse "muito honrada" com o convite.

No discurso, a primeira-dama ressaltou que a desigualdade no acesso a alimentos e a insumos para a produção agrícola se aprofunda com o agravamento das mudanças climáticas e a expansão de conflitos armados ao redor do mundo.

A declaração da primeira-dama ocorre uma semana depois de uma afirmação do marido sobre o mesmo tema repercutir mal no Brasil. Lula sugeriu que a população deixe de comprar produtos que estejam muito caros, como estratégia frente à alta da inflação sobre o preço da comida.

Segundo relatou nesta quinta-feira, antes de retornar ao Brasil, Janja esteve ainda na Embaixada brasileira em Roma, onde se reuniu com um grupo de mulheres brasileiras imigrantes. A primeira-dama afirmou ter ouvido as principais dificuldades delas, suas necessidades e que vai "conversar com o ministro Mauro Vieira, de Relações Exteriores, para ver se consegue atender a algumas dessas demandas".

Nesta sexta-feira, 14, não há compromissos previstos na agenda de Janja, que passou a divulgar seus compromissos nas redes sociais após sofrer críticas por não os divulgar. Como mostrou o Estadão, o "gabinete informal" gerido pela primeira-dama tem pelo menos 12 integrantes, e já gastou ao menos R$ 1,2 milhão em viagens desde o começo do terceiro mandato de Lula.

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Membros da Guarda Nacional do Texas foram vistos nesta terça-feira, 7, em um centro de treinamento militar em Illinois, no sinal mais claro até agora do plano do governo norte-americano Donald Trump de enviar tropas para a região de Chicago, apesar da oposição de autoridades locais e de uma ação judicial em curso. Os militares exibiam o emblema da Guarda Nacional texana.

O governador de Illinois, JB Pritzker, acusou Trump de usar as tropas como "peões" e "instrumentos políticos", enquanto o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, criticou a falta de cooperação da Casa Branca. O Estado e a cidade processaram o governo federal, alegando que a medida faz parte de uma "guerra" declarada por Trump contra Chicago e Illinois. Um juiz deu dois dias ao governo para responder, com audiência marcada para quinta-feira.

A mobilização reacende tensões com governadores democratas. No Oregon, um juiz bloqueou o envio de tropas a Portland. Trump tem retratado as grandes cidades como "zonas de guerra" e ameaçou acionar a Lei da Insurreição, que autoriza o uso de militares da ativa em Estados que desafiam ordens federais.

Em Chicago, a presença de agentes armados da Patrulha de Fronteira e prisões em áreas latinas aumentaram o temor entre moradores. Johnson assinou uma ordem proibindo o uso de propriedades municipais em operações migratórias.

Apesar do discurso do governo, dados policiais mostram queda da criminalidade: os homicídios recuaram 31% em Chicago e 51% em Portland. Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas a dez cidades americanas, incluindo Los Angeles e Washington. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

A crise política detonada na França pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu se agravou nesta terça-feira, 7, com um aumento das críticas ao presidente Emmanuel Macron dentro de seu próprio grupo político. Dois ex-premiês que serviram no gabinete do presidente o criticaram em meio à pressão para que ele convoque novas eleições legislativas ou renuncie ao cargo.

Um deles, Édouard Philippe, afirmou Macron deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês deveria dizer "que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França".

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

Renúncia do primeiro-ministro

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

O início da crise

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron, o que desencadeou novas eleições.

Após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron calculou que a votação lhe beneficiaria diante de um temor do avanço radical.

O primeiro turno da eleição, no entanto, teve um resultado contrário e o presidente teve de se aliar à Frente Ampla de esquerda para derrotar a direita radical.

Após a vitória, no entanto, Macron se recusou a incluir a esquerda na coalizão de governo, o que fragilizou seu governo.

Repleto de oponentes de Macron, os parlamentares derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

*Com informações da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente francês, Emmanuel Macron, deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês "deveria dizer que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses seriam tempo demais e prejudicariam a França".

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional que desencadeou novas eleições. O resultado foi um Parlamento repleto de oponentes de Macron, que derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

Renúncia do primeiro-ministro

A última crise começou com a renúncia, na segunda-feira, 6, do primeiro-ministro Sébastien Lecornu - o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução, depois de Attal, Michel Barnier e François Bayrou.

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

*Com informações da Associated Press