'NYT' repercute ação nos EUA que mira Moraes: 'esforço surpreendente de Trump' por Bolsonaro

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O jornal The New York Times, dos Estados Unidos, repercutiu o processo movido na Justiça americana contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro brasileiro é alvo de uma ação por suposta violação à soberania americana. O processo é movido pela Trump Media, ligada ao presidente Donald Trump, e pela plataforma de vídeos Rumble. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. Moraes não se posicionou sobre o caso. O Estadão contatou o ministro via assessoria de imprensa do STF.

Segundo as empresas autoras da ação conjunta, Moraes violou a legislação americana ao ordenar à Rumble a suspensão da conta do blogueiro Allan dos Santos, investigado pelo STF por propagar desinformação e foragido da Justiça brasileira.

A Trump Media se aliou à Rumble na ação, que tramita em um Tribunal de Justiça federal sediado na cidade de Tampa, localizada na Flórida. Os advogados da empresa ligada a Trump alegam que a restrição no Brasil das operações da Rumble também a prejudica, pois a plataforma de vídeos fornece à Trump Media serviços de manutenção da rede social Truth Social.

O jornal nova-iorquino interpreta a ação como "um esforço surpreendente" do presidente americano em prol de um aliado com uma trajetória política similar. "O processo parece representar um esforço surpreendente de Trump para resgatar um colega que, assim como ele, é um líder de direita indiciado por haver tentado reverter sua derrota eleitoral", disse o jornal.

A reportagem relembra que, em entrevista concedida ao próprio New York Times em 16 de janeiro, Jair Bolsonaro disse contar com esforços de Donald Trump para evitar a prisão e poder disputar a eleição presidencial de 2026. Nessa entrevista, o ex-presidente brasileiro também clamou para os donos de big techs Mark Zuckerberg e Elon Musk.

O New York Times é um dos jornais da mídia internacional que está repercutindo a denúncia de Jair Bolsonaro ao STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A reportagem do NYT sobre a denúncia de Bolsonaro relembra que o ex-presidente brasileiro tentou "minar a confiança do País no sistema eleitoral" com o objetivo de reverter o resultado das urnas.

De acordo com o jornal, a denúncia do ex-presidente brasileiro é um "contraste marcante" em relação à trajetória de Donald Trump após deixar o poder, em 2021. "Enquanto a Suprema Corte dos EUA decidiu que Trump estava amplamente imune a processos por suas ações como presidente, a Suprema Corte do Brasil agiu agressivamente contra Bolsonaro e seu movimento de direita", avaliou.

Bolsonaro foi denunciado ao STF por cinco crimes, entre os quais abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. As penas máximas dos cinco delitos, somadas, podem levar o ex-chefe do Executivo a ser condenado a mais de 43 anos de reclusão.

Em nota, a defesa de Jair Bolsonaro rebateu chamou a denúncia de "inepta", "precária" e "incoerente". Os advogados do ex-presidente alegam que o parecer do Ministério Público Federal é baseado em uma delação "fantasiosa" do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens. A delação teve o sigilo derrubado por Moraes na manhã desta terça-feira, 19.

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Um terremoto foi sentido no início da tarde desta terça-feira, 5, em Nova York e arredores, de acordo com relatos confirmados pelo Centro Sismológico Europeu-Mediterrâneo (ESMC, na sigla em inglês). Por volta de 13h11 (de Brasília), o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) identificou um tremor de magnitude 2,7 perto de Hillsdale, cidade de Nova Jersey que fica na Região Metropolitana da cidade de Nova York.

Até o momento, não há relatos de danos ou vítimas.

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que o texto do acordo de segurança entre seu país e os Estados Unidos está "pronto". "Quando vamos assinar, ainda temos que definir, mas ele está pronto", acrescentou, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira, 5.

Segundo ela, o acordo é fundamentado em quatro princípios. "Respeito à soberania, respeito à territorialidade, confiança mútua e colaboração e cooperação", declarou Sheinbaum.

A presidente mexicana lembrou que uma visita do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ao país está "pendente" há cerca de três meses, mas não está cancelada.

Dois barcos que lançavam fogos de artifício como parte do Festival Smart, na orla Minatomirai, que fica em Yokohama, no Japão, pegaram fogo nesta segunda-feira, 4. O evento foi cancelado e não houve relatos de feridos graves.

Os organizadores do evento planejavam lançar aproximadamente 20 mil fogos de artifício em 25 minutos como parte do festival de verão, a partir das 19h30 do horário local. Porém, 20 minutos após o início do festival, a música parou e as autoridades anunciaram o cancelamento do evento "por questões de segurança".

O público do evento reclamou, mas logo depois a multidão começou a ver fumaça preta saindo dos barcos em chamas. A Guarda Costeira de Yokohama informou à Associated Press que dois barcos que lançavam fogos de artifício pegaram fogo.

Cinco técnicos de fogos de artifício que estavam a bordo pularam na água e foram resgatados pelos bombeiros locais. Um deles sofreu ferimentos leves, de acordo com a Guarda Costeira. No site oficial, os organizadores informaram que estão investigando a causa do incêndio.

Um visitante relatou a uma emissora japonesa que os fogos de artifício explodiram repentinamente logo após o barco pegar fogo. O incêndio pareceu estar controlado após algumas horas, mas por volta das 22h do horário local, os fogos de artifício começaram a explodir novamente. (Com informações da Associated Press).