Deputado aciona CGU para investigar consumo de ovos de Ema e jabuti por Lula

Política
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O deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) acionou a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério do Meio Ambiente para que investiguem se o consumo de ovos de ema e jabuti pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode configurar alguma ilegalidade. Na última semana, o chefe do Executivo afirmou que inclui ovos de ema em sua dieta e que pretende experimentar ovos de jabuti.

"Eu estou comendo agora sabe o que? Ovo de ema. Um ovo de ema é deste tamanho, um ovo de ema equivale a 12 ovos de galinha. Eu fui pesquisar se eu podia comer, e eu posso comer. Porque eu tenho 70 emas no Palácio da Alvorada, 70 emas. Elas botam ovo do tamanho da cabeça de vocês", disse Lula durante a cerimônia de entrega de área da União ao governo do Amapá e do Conjunto Habitacional Nelson dos Anjos.

O Estadão pediu posicionamento da CGU e do Ministério do Meio Ambiente, mas não havia recebido resposta até o momento da publicação.

"E agora estou criando jabuti. Tinha cinco machos e duas fêmeas. Eu achei que era muito sofrimento para as duas fêmeas. Aí arrumei mais cinco fêmeas. Os jabutis estão numa felicidade só com as jabutias. E eles botam ovo também. Qualquer dia eu vou comer um ovo de jabuti também. Porque tudo o que é ovo é igual, gente", afirmou o presidente.

Nos requerimentos enviados à CGU e ao Ministério do Meio Ambiente, o deputado questiona a legalidade dessas práticas, alegando que ambas as espécies são protegidas por legislação ambiental. Ele solicita que seja apurada a fiscalização da criação de emas e jabutis no Palácio da Alvorada, bem como a legalidade do consumo de seus ovos.

O parlamentar também cita o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais, que prevê penas e multas para a comercialização e o consumo de ovos de animais silvestres sem permissão legal. "O fato de esses animais habitarem o Palácio da Alvorada desde 1960 não os exclui das normas ambientais vigentes", argumenta.

Lula costuma passar os finais de semana na Granja do Torto, espécie de casa de campo da Presidência da República em Brasília. Nessas visitas, o petista normalmente publica fotos com animais e plantas que são criados no local, incluindo jabutis.

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As companhias aéreas dos Estados Unidos cancelaram mais de 2,7 mil voos no domingo, 9, em meio à paralisação do governo e à escassez de controladores de tráfego aéreo, que estão sem receber salários há quase um mês.

O secretário de Transporte americano, Sean Duffy, alertou que o tráfego aéreo no país poderá ser "drasticamente reduzido" se a paralisação se estender até o feriado de Ação de Graças, no fim do mês. Duffy disse que a redução de voos poderá chegar a 20% caso os controladores deixem de receber o segundo pagamento consecutivo.

Segundo a plataforma FlightAware, houve ainda quase 10 mil atrasos neste domingo, além de 1,5 mil cancelamentos no sábado, 8, e mil na sexta-feira, 7. O Aeroporto de Atlanta registrou o maior número de cancelamentos, seguido pelo terminal de Chicago.

Duffy afirmou que até "15 a 20 controladores por dia estão se aposentando" e revelou que o secretário de Defesa, Pete Hegseth, ofereceu controladores militares para apoiar o sistema civil, embora não esteja claro se eles são certificados para a função.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo neste domingo, 9. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. A fala distorcida de Trump foi exibida no programa Panorama de 3 de novembro de 2024, a uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Em sua rede social, a Truth Social, Donald Trump celebrou a demissão de quem chamou de "jornalistas corruptos". "Essas são pessoas muito desonestas que tentaram manipular as eleições presidenciais. Para piorar, vêm de um país estrangeiro, um que muitos consideram nosso principal aliado. Que terrível para a democracia!", postou.

A ministra britânica da Cultura, Lisa Nandy, havia classificado horas antes como "extremamente grave" a acusação contra a BBC por apresentar declarações de Trump de maneira enganosa.

"É um dia triste para a BBC. Tim foi um excelente diretor-geral durante os últimos cinco anos", afirmou o presidente da Corporação Britânica de Radiodifusão, Samir Shah, em comunicado. Ele acrescentou que Davie enfrentava "pressão constante (...) que o levou a tomar a decisão" de renunciar.

Colagem de trechos separados levou a versão distorcida do discurso

O caso, revelado na terça-feira, 4, baseia-se em um documentário exibido uma semana antes das eleições presidenciais dos EUA de 2024. A BBC é acusada de ter montado trechos separados de um discurso de Trump de 6 de janeiro de 2021 de forma que parece indicar que ele teria dito a seus apoiadores que marchariam com ele até o Capitólio para "lutar como demônios".

Na versão completa, o então presidente republicano - já derrotado nas urnas pelo democrata Joe Biden - diz: "Vamos marchar até o Capitólio e vamos incentivar nossos valentes senadores e representantes no Congresso."

A expressão "lutar como demônios" corresponde, na verdade, a outro momento do discurso.

Em carta enviada ao conselho da BBC e publicada no site, a CEO de notícias disse que a polêmica em torno do programa Panorama sobre o presidente Trump chegou a um ponto em que está prejudicando a BBC - uma instituição que ela adora.

Já Tim Davie, diretor-geral, disse que abdicou ao cargo após intensas exigências pessoais e profissionais de gerir o posto ao longo de muitos anos nestes "tempos turbulentos".

Um dia antes do início oficial da COP30 em Belém, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em sua rede social, a Truth Social, nesta domingo, 9, uma mensagem dizendo que a Amazônia foi destruída para a construção de uma estrada.

"Eles destruíram a floresta amazônica no Brasil para a construção de uma rodovia de quatro faixas para que ambientalistas pudessem viajar", escreveu Trump na mensagem, ressaltando que o caso "se tornou um grande escândalo".

Junto com a mensagem, Trump postou um vídeo de quatro minutos da Fox News, com uma reportagem do enviado da emissora a Belém para cobrir a COP30.

Na reportagem, o editor Marc Morano diz, com uma imagem de Belém ao fundo, que mais de 100 mil árvores foram cortadas na Amazônia para construir a estrada e mostrar como o "governo brasileiro está cuidando da floresta tropical".

Ainda na reportagem postada por Trump, o jornalista destaca que pela primeira vez não há uma delegação oficial dos Estados Unidos em uma conferência das Nações Unidas sobre o clima desde 1992. Mesmo países europeus estão deixando esses compromissos de lado, ressalta o jornalista.

A reportagem fala ainda da queda das vendas de carros elétricos e de demissões em fábricas nos Estados Unidos.