Moraes nega pedido de Bolsonaro para aumentar prazo de manifestação da defesa para 83 dias

Política
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ampliar para 83 dias o prazo de resposta à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os advogados alegaram não ter acesso a todas as provas do processo.

Moraes, no entanto, destacou que uma "simples consulta ao andamento processual" demonstra que a defesa teve amplo acesso aos autos. O ministro ressaltou que o pedido de ampliação ou duplicação do prazo "carece de qualquer previsão legal", uma vez que a legislação estabelece o limite de 15 dias.

A defesa também solicitou a apresentação de uma defesa prévia após a denúncia, mas o pedido foi negado sob o argumento de que ainda não há uma ação penal instaurada.

Para que a ação penal seja aberta, é necessário que Moraes, após receber as respostas dos denunciados, libere o caso para que a denúncia seja julgada pelo colegiado da Corte. A Primeira Turma do STF será responsável por definir se uma ação penal será instaurada. Caso os magistrados aceitem a denúncia, o ex-presidente se tornará réu e o processo criminal será iniciado. A defesa ainda poderá recorrer.

Bolsonaro foi denunciado por crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa. O processo tramita no STF sob relatoria de Moraes, que recebeu a denúncia contra o ex-presidente e outros 33 envolvidos.

A defesa de Bolsonaro diz que delação de Mauro Cid é 'fantasiosa' e que nada o liga à tentativa de golpe.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já embarcou de volta ao Brasil. A previsão é que Lula desembarque em Belém (PA) por volta das 19h30.

O presidente viajou a Santa Marta, na Colômbia, para participar da cúpula Celac-União Europeia neste domingo. O compromisso foi rápido. Lula chegou em Santa Marta por volta das 11h30, participou da reunião e já embarcou de volta a Belém.

Na segunda-feira, 10, ele participa da abertura oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que as consequências econômicas da prolongada paralisação do governo federal estão se intensificando, dizendo que a situação está ficando "cada vez pior", à medida que as interrupções se espalham por setores-chave e pressionam as finanças públicas.

"Vimos um impacto na economia desde o primeiro dia, mas está ficando cada vez pior. Tivemos uma economia fantástica sob o presidente Trump nos últimos dois trimestres, e agora há estimativas de que o crescimento econômico para este trimestre poderia ser reduzido pela metade se a paralisação continuar", disse ele em entrevista à ABC neste domingo.

De forma semelhante, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, pontuou hoje que o crescimento do quarto trimestre pode ser negativo se o shutdown se prolongar.

Hassett, falando ao programa "Face the Nation" da CBS, observou que a escassez de controladores de tráfego aéreo estava causando grandes atrasos nas viagens na preparação para o feriado de Ação de Graças. "Essa época é uma das mais movimentadas do ano para a economia... e se as pessoas não estiverem viajando nesse momento, então realmente poderíamos estar olhando para um trimestre negativo", acrescentou.