Moraes nega pedido de Bolsonaro para aumentar prazo de manifestação da defesa para 83 dias

Política
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para ampliar para 83 dias o prazo de resposta à denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os advogados alegaram não ter acesso a todas as provas do processo.

Moraes, no entanto, destacou que uma "simples consulta ao andamento processual" demonstra que a defesa teve amplo acesso aos autos. O ministro ressaltou que o pedido de ampliação ou duplicação do prazo "carece de qualquer previsão legal", uma vez que a legislação estabelece o limite de 15 dias.

A defesa também solicitou a apresentação de uma defesa prévia após a denúncia, mas o pedido foi negado sob o argumento de que ainda não há uma ação penal instaurada.

Para que a ação penal seja aberta, é necessário que Moraes, após receber as respostas dos denunciados, libere o caso para que a denúncia seja julgada pelo colegiado da Corte. A Primeira Turma do STF será responsável por definir se uma ação penal será instaurada. Caso os magistrados aceitem a denúncia, o ex-presidente se tornará réu e o processo criminal será iniciado. A defesa ainda poderá recorrer.

Bolsonaro foi denunciado por crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa. O processo tramita no STF sob relatoria de Moraes, que recebeu a denúncia contra o ex-presidente e outros 33 envolvidos.

A defesa de Bolsonaro diz que delação de Mauro Cid é 'fantasiosa' e que nada o liga à tentativa de golpe.

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Durante o evento anual Easter Egg Roll realizado na Casa Branca, o republicano também disse que teve "reuniões muito boas sobre o Irã" e expressou confiança de que uma solução comercial seria alcançada com a União Europeia. "No final das contas, teremos um acordo com qualquer um", afirmou ele.

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O comunicado diz que dois Typhoons da RAF foram enviados da Base Aérea de Malbork, na Polônia, na última terça-feira, dia 15, para interceptar uma aeronave de inteligência russa Ilyushin Il-20M "Coot-A" que sobrevoava o Mar Báltico.

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