Tarcísio na briga pelo Planalto é ideia que 'se consolida', diz vice

Política
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A entrada de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na corrida pelo Palácio do Planalto em 2026 é um cenário que "cada dia mais se consolida", na opinião de Felício Ramuth (PSD), vice-governador de São Paulo. Apesar de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insistir que será candidato, mesmo inelegível, e o próprio governador negar publicamente a intenção de disputar a Presidência da República na próxima eleição, Ramuth aposta que a conjuntura política acabará colocando seu companheiro de Palácio dos Bandeirantes na disputa presidencial.

 

É a primeira vez que um integrante da cúpula do governo estadual destaca abertamente a hipótese.

 

'CAMINHOS'. "O cenário político acaba nos empurrando para caminhos que nem esperávamos ou para os quais não estávamos nos preparando. Isso pode acontecer", disse Ramuth em entrevista ao Estadão/Broadcast.

 

Ramuth, que assumiria o governo do Estado em abril do ano que vem caso Tarcísio se afastasse para disputar o Planalto, reconhece que hoje, mesmo inelegível, a postulação de Bolsonaro é um fato. Mas a situação do ex-presidente pode se agravar ao longo dos próximos meses, à medida em que o Supremo Tribunal Federal (STF) começar a julgar os acusados de tramar um golpe no País. Na semana passada Bolsonaro foi transformado em réu junto com 7 denunciados.

 

Como mostrou o Estadão, partidos do Centrão têm pressionado Bolsonaro por uma definição e colocam um prazo para que o ex-presidente abra caminho para outro nome: o final deste ano. Bolsonaro, contudo, insiste que se manterá na disputa e registrará a candidatura mesmo estando inelegível.

 

Apesar de Tarcísio defender abertamente a sua candidatura à reeleição, Ramuth disse que a política, "muitas vezes, não segue exatamente os nossos desejos".

 

Ele observou que o governador tem opiniões diferentes do ex-presidente quando julga necessário. Ele citou as recentes declarações de Tarcísio sobre as urnas eletrônicas. O governador elogiou o sistema usado no Brasil e disse que elas são "referência" mundo afora, o que contrariou muitos bolsonaristas.

 

"Assim como eu, que fui eleito três vezes por meio das urnas eletrônicas, ele confia nesse sistema", afirmou o vice.

 

CHAPA. Ramuth disse também estar "calmo" e "alegre" por pleitearem seu lugar como candidato a vice-governador de São Paulo, numa eventual substituição na chapa da reeleição. Atualmente, há dois nomes que gostariam de concorrer ao lado de Tarcísio nas próximas eleições: o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), e o presidente nacional do próprio partido de Ramuth (e secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado), Gilberto Kassab.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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