Nova gestão ou mais do mesmo? O dilema das quatro cidades que elegeram novos prefeitos

Política
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Quatro cidades do Brasil escolheram novos prefeitos em eleições suplementares realizadas neste domingo, dia 6. As votações aconteceram devido à anulação das candidaturas que haviam vencido nas eleições de 2024.

Os novos líderes municipais foram escolhidos em Eldorado (SP), Neves Paulista (SP), Ruy Barbosa (BA) e Paranhos (MS). A quantidade de eleitores que retornou às urnas neste domingo totaliza 64,8 mil pessoas.

Enquanto Jair Bolsonaro (PL) falava na Avenida Paulista defendendo a anistia para aqueles condenados por tentativas de golpe no dia 8 de janeiro, a cidade onde o ex-presidente passou sua juventude elegeu um novo chefe do Executivo. Bolsonaro nasceu em Glicério, no interior paulista, e teve seu registro em Campinas. Durante a infância, residiu em localidades como Jundiaí e Sete Barras. Aos dez anos, mudou-se com a família para Eldorado.

A eleição suplementar foi necessária devido à anulação do registro de Elói Fouquet, do PSDB, por atos de improbidade administrativa. O escolhido foi Noel Castelo, do Solidariedade, que já havia sido eleito vereador na eleição de 2024. Com 41,8% dos votos válidos, Castelo superou os concorrentes Doutor Galindo (PSD) e Doutora Débora (PT), que obtiveram 37,8% e 20,2%, respectivamente. Ambos tentaram ser eleitos para a prefeitura no ano anterior.

Em Neves Paulista, o novo prefeito é Kiko Rossali, do PL, que conquistou 79,2% dos votos válidos. Seu único concorrente foi Betinho Milani (PSD). Rossali assume o lugar de Reginaldo da Silva, também do PL, que foi condenado em abril de 2020 por roubo qualificado. Devido à condenação, Silva não pode se candidatar até 2028. Ele teve seu registro negado durante a campanha, mas apelou da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na cidade de Ruy Barbosa, localizada na Bahia e perto de Feira de Santana, a vencedora da eleição extra foi Eridan de Bonifácio (MDB). A disputa foi bastante apertada entre a emedebista e Dr. George, do PSD: Eridan obteve 51,5% dos votos válidos, enquanto George recebeu 48,5%. A nova prefeita é esposa de Bonifácio, que venceu o pleito de 2024, mas foi destituído por irregularidades em sua prestação de contas da prefeitura em 2016. Neste ano, ele liderava a gestão local pelo PT, cujas contas públicas foram reprovadas pela Câmara de vereadores devido a desvios de recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Paranhos é uma cidade que faz fronteira com o Paraguai e está próxima à sul-mato-grossense Dourados. O prefeito escolhido foi Hélio Acosta, do PSDB. O candidato tucano derrotou o petista Ricardo Laurício com 64,4% a 30,6% dos votos válidos. Em 2024, Heliomar Klabunde (MDB), então prefeito, foi reeleito, mas teve seu mandato cassado por irregularidades no Programa de Erradicação de Trabalho Infantil.

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Membros da Guarda Nacional do Texas foram vistos nesta terça-feira, 7, em um centro de treinamento militar em Illinois, no sinal mais claro até agora do plano do governo norte-americano Donald Trump de enviar tropas para a região de Chicago, apesar da oposição de autoridades locais e de uma ação judicial em curso. Os militares exibiam o emblema da Guarda Nacional texana.

O governador de Illinois, JB Pritzker, acusou Trump de usar as tropas como "peões" e "instrumentos políticos", enquanto o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, criticou a falta de cooperação da Casa Branca. O Estado e a cidade processaram o governo federal, alegando que a medida faz parte de uma "guerra" declarada por Trump contra Chicago e Illinois. Um juiz deu dois dias ao governo para responder, com audiência marcada para quinta-feira.

A mobilização reacende tensões com governadores democratas. No Oregon, um juiz bloqueou o envio de tropas a Portland. Trump tem retratado as grandes cidades como "zonas de guerra" e ameaçou acionar a Lei da Insurreição, que autoriza o uso de militares da ativa em Estados que desafiam ordens federais.

Em Chicago, a presença de agentes armados da Patrulha de Fronteira e prisões em áreas latinas aumentaram o temor entre moradores. Johnson assinou uma ordem proibindo o uso de propriedades municipais em operações migratórias.

Apesar do discurso do governo, dados policiais mostram queda da criminalidade: os homicídios recuaram 31% em Chicago e 51% em Portland. Desde o início do segundo mandato, Trump já enviou ou cogitou enviar tropas a dez cidades americanas, incluindo Los Angeles e Washington. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast

A crise política detonada na França pela renúncia do primeiro-ministro Sébastien Lecornu se agravou nesta terça-feira, 7, com um aumento das críticas ao presidente Emmanuel Macron dentro de seu próprio grupo político. Dois ex-premiês que serviram no gabinete do presidente o criticaram em meio à pressão para que ele convoque novas eleições legislativas ou renuncie ao cargo.

Um deles, Édouard Philippe, afirmou Macron deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês deveria dizer "que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses é considerado tempo demais e isso prejudicaria a França".

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

Renúncia do primeiro-ministro

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

O início da crise

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional por determinação de Macron, o que desencadeou novas eleições.

Após o avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu, Macron calculou que a votação lhe beneficiaria diante de um temor do avanço radical.

O primeiro turno da eleição, no entanto, teve um resultado contrário e o presidente teve de se aliar à Frente Ampla de esquerda para derrotar a direita radical.

Após a vitória, no entanto, Macron se recusou a incluir a esquerda na coalizão de governo, o que fragilizou seu governo.

Repleto de oponentes de Macron, os parlamentares derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

*Com informações da Associated Press.

O ex-primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, afirmou nesta terça-feira, 7, que o presidente francês, Emmanuel Macron, deveria convocar eleições presidenciais antecipadas e renunciar após a Assembleia Nacional aprovar o orçamento para 2026.

Philippe, que foi o primeiro premiê de Macron depois que ele chegou ao poder em 2017, disse que o presidente francês "deveria dizer que não podemos deixar que o que temos vivido nos últimos seis meses se prolongue. Mais 18 meses seriam tempo demais e prejudicariam a França".

Macron já havia dito anteriormente que cumprirá seu segundo e último mandato presidencial até o fim.

O presidente francês também foi criticado pelo ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que manifestou seu descontentamento com a decisão de Macron de dissolver a Câmara dos Deputados em junho de 2024 - a raiz da crise atual.

"Como muitos franceses, não compreendo mais as decisões do presidente", disse Attal à emissora TF1 na segunda-feira, 6.

A turbulência política tomou conta da França há mais de um ano, a partir da dissolução da Assembleia Nacional que desencadeou novas eleições. O resultado foi um Parlamento repleto de oponentes de Macron, que derrubaram seus governos minoritários, um após o outro.

Renúncia do primeiro-ministro

A última crise começou com a renúncia, na segunda-feira, 6, do primeiro-ministro Sébastien Lecornu - o quarto primeiro-ministro de Macron desde a dissolução, depois de Attal, Michel Barnier e François Bayrou.

Depois de aceitar a demissão de Lecornu, Macron deu ao seu aliado mais 48 horas para "negociações finais" com a intenção de tentar estabilizar o país antes de decidir seus próximos passos.

Lecornu se reuniu nesta terça-feira com autoridades da chamada Socle Commun (Plataforma Comum), uma coalizão de conservadores e centristas que havia fornecido uma base de apoio, embora instável, aos primeiros-ministros de Macron antes de se desintegrar, quando Lecornu nomeou um novo gabinete na noite de domingo, 5.

O novo governo então entrou em colapso menos de 14 horas depois, quando O conservador Bruno Retailleau retirou seu apoio.

*Com informações da Associated Press