Michelle empata com Lula, e Tarcísio perde para presidente em 2026, segundo Paraná Pesquisas

Política
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Nova pesquisa de intenção de voto para as eleições de 2026 divulgada nesta terça-feira, 22, pelo instituto Paraná Pesquisas mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) tecnicamente empatados em eventual disputa pela Presidência.

Em outro cenário estimulado, em que os nomes dos candidatos também são apresentados aos entrevistados, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), substituindo Michelle como o principal nome da direita, perderia para o petista.

Caso o pleito fosse hoje, Lula teria 33,7% das intenções de voto, ante 31,7% de Michelle. Como a margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos porcentuais, há empate entre os dois.

No mesmo cenário, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece na sequência, com 11,8%; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 6%; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), com 3,8%; e o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), com 0,9%.

Já em um cenário em que a ex-primeira-dama é substituída por Tarcísio, outro dos principais nomes à direita para herdar o capital político de Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030, Lula venceria o governador, com 34% a 27,3%.

Embora não tenha se lançado oficialmente como candidato para 2026, Tarcísio tem marcado presença nas manifestações bolsonaristas e colado sua imagem como braço direito de Bolsonaro.

O instituto Paraná Pesquisas realizou 2.020 entrevistas em 26 Estados e no Distrito Federal, entre os dias 16 e 19 de abril. O índice de confiança é de 95% e a margem de erro de 2,2 pontos porcentuais.

No segundo turno, Michelle e Tarcísio vencem Lula

Nos cenários apresentados pela pesquisa para eventuais segundo turnos, Michelle e Lula também empatam na margem de erro. Porém, a ex-primeira-dama aparece numericamente à frente, com 45% das intenções de voto, ante 41% em Lula. Nesse cenário, 9,2% votariam em branco ou nulo, e 4,8% não responderam.

Entre Tarcísio e o presidente, o governador paulista tem 43,4% da preferência dos eleitores, enquanto Lula, 40,6%. São 10,5% os que não gostariam de nenhum, os que votariam branco ou nulo, e 5,5% os que não souberam ou não responderam.

Mesmo inelegível, Bolsonaro é o mais citado no cenário espontâneo

No cenário espontâneo da pesquisa, ou seja, quando o entrevistado é convidado a responder em quem votaria sem que nenhum nome seja apresentado a ele, Jair Bolsonaro aparece como opção com maior votação, com 18,2%. Com um ponto porcentual a menos, Lula vem na sequência, com 17,2%.

Em seguida, Tarcísio tem 1,6% das menções, e os outros nomes citados aparecem com menos de 1%. A maioria dos eleitores, 53,5%, não sabe ou não opinou, e 6,2% não votariam em ninguém ou votariam em branco ou nulo.

Num cenário de primeiro turno em que Lula e Bolsonaro, condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a oito anos de inelegibilidade, concorrem e são listados aos entrevistados como candidatos viáveis, 38,5% afirmam votar no ex-presidente, enquanto 33,3% dizem preferir Lula.

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O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou hoje uma reestruturação significativa no Departamento de Estado, com planos de reduzir em 15% o número de funcionários no país e de fechar ou consolidar mais de 100 divisões ao redor do mundo. A medida faz parte da agenda "America First" (América Primeiro) do governo de Donald Trump.

O plano de reorganização, divulgado por Rubio nas redes sociais e detalhado em documentos obtidos pela Associated Press, é o mais recente esforço da Casa Branca para reformular a política externa dos EUA e reduzir o tamanho do governo federal.

"Não podemos vencer a batalha do século 21 com uma burocracia inchada que sufoca a inovação e aloca mal os recursos escassos", afirmou Rubio em um e-mail enviado a todo o departamento, obtido pela AP. "Por isso, sob a liderança do Presidente Trump e a minha direção, estou anunciando uma reorganização do Departamento para que ele possa enfrentar os enormes desafios do século 21 e colocar a América em primeiro lugar."

O plano inclui a redução de 734 divisões e escritórios para 602, além da realocação de 137 escritórios para outros locais dentro do Departamento, a fim de aumentar a eficiência, conforme uma ficha técnica obtida pela AP.

Haverá também a criação de um escritório "reimaginado", focado em assuntos internacionais e humanitários, para coordenar os programas de assistência externa restantes após o recente desmantelamento da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Algumas divisões que devem ser eliminadas incluem o Escritório de Questões Globais das Mulheres, assim como os esforços do departamento em diversidade e inclusão. Espera-se ainda que o Departamento elimine alguns escritórios que antes estavam sob o Subsecretário de Estado para Segurança Civil, Democracia e Direitos Humanos, embora a ficha técnica indique que grande parte do trabalho dessas divisões será transferido para outras áreas do Departamento.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções contra o empresário iraniano Seyed Asadoollah Emamjomeh e sua rede de empresas, sob acusação de exportar milhões de dólares em gás liquefeito de petróleo (GLP) e petróleo bruto, recursos que, segundo Washington, ajudam a financiar o programa nuclear e atividades "desestabilizadoras" do Irã. A medida busca aumentar a pressão econômica sobre o regime iraniano, segundo comunicado oficial divulgado nesta terça-feira, 22.

De acordo com o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês), Emamjomeh e seu filho, Meisam Emamjomeh, comandam uma ampla rede de transporte e comercialização de GLP, com atuação no Irã e nos Emirados Árabes Unidos. Um dos navios operados por eles, o TINOS I, teria tentado carregar combustível no Texas em 2024, mas não conseguiu.

"Emamjomeh e sua rede buscaram exportar milhares de carregamentos de GLP, inclusive dos EUA, para burlar sanções e gerar receita para o Irã", afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em nota. "Os EUA seguem comprometidos em responsabilizar quem auxilia o regime iraniano a obter fundos para suas atividades desestabilizadoras." O Tesouro destacou que parte dos lucros obtidos com a venda do GLP financia grupos como Hezbollah, Houthis e Hamas.

A rede ligada a Emamjomeh inclui empresas como a Caspian Petrochemical FZE e a Parsa Fidar Paydar, além de outras nove companhias do setor de gás. Meisam, seu filho, é responsável pela Pearl Petrochemical FZE, dona do navio TINOS I, e pela britânica Worldwide LPG Limited. Todas foram incluídas na lista de sanções.

A ação reforça a estratégia de "pressão máxima" dos EUA contra o Irã, lançada no atual mandato de Donald Trump. O Tesouro ressaltou que continuará atuando contra redes que financiem o regime iraniano.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 22, que conversou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em publicação na Truth Social, Trump disse que os dois abordaram vários assuntos, incluindo comércio e relações com o Irã.

"A ligação correu muito bem - estamos do mesmo lado em todas as questões", escreveu o presidente dos EUA.