Lula dá posse a Frederico de Siqueira Filho como novo ministro das Comunicações

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou e deu posse nesta quinta-feira, 24, a Frederico de Siqueira Filho para ser o novo ministro das Comunicações. O nome do então presidente da Telebras foi chancelado após o deputado Pedro Lucas Fernandes (União-MA) ter rejeitado o convite do chefe do Executivo para chefiar a pasta.

A decisão do petista de indicar Siqueira Filho à pasta foi tomada nesta quarta-feira, 23. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social, a indicação dele pelo União Brasil foi apresentada a Lula pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pelo ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho e pelo deputado Pedro Lucas.

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou e deu posse, na manhã desta quinta-feira, 24 de abril, ao engenheiro Frederico de Siqueira Filho no cargo de ministro das Comunicações. Frederico dirigia a Telebras e sua indicação pelo União Brasil foi apresentada ao presidente Lula pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o ex-ministro Juscelino Filho e o líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes, em reunião realizada na tarde da quarta-feira (23) no Palácio do Planalto. O encontro de ontem também contou com a presença da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann", diz nota divulgada pela Secom.

Esta é a décima mudança na Esplanada desde o início do terceiro mandato de Lula. Siqueira Filho entrará no posto ocupado anteriormente por Juscelino Filho, que deixou a pasta após ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção com o suposto desvio de emendas parlamentares. O caso foi revelado pelo Estadão em 2023.

A indicação do chefe da Telebras foi endossada pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, mas liderada por Alcolumbre. O novo indicado é descrito como um nome próximo ao senador Efraim Filho (União-PB) e de perfil técnico, por já ter trabalhado na operadora Oi, e não filiado ao União Brasil.

Alcolumbre foi escalado para ser o principal interlocutor em torno da indicação do ministro das Comunicações. Ele já tem como ministro de sua cota o chefe da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Integrantes do partido afirmam que a decisão de Alcolumbre foi apresentar a Lula o nome de um técnico, e não de um político de carreira, para ocupar a pasta. Pela lei eleitoral vigente, todos que pretendem ser candidatos no ano que vem precisarão deixar os cargos seis meses antes da eleição (ou seja, em abril do ano que vem).

Na avaliação de congressistas do União Brasil, a indicação do atual presidente da Telebras para o Ministério das Comunicações não deve mudar a correlação de forças na bancada em favor do governo. Parlamentares argumentam que o formato de articulação política está esgotado e que a bancada vai continuar votando em favor apenas daquilo que considerar "o melhor para o País".

Nesta semana, após a recusa de Pedro Lucas, o governo cogitou reavaliar o espaço do partido na Esplanada. Porém, integrantes da gestão defenderam cautela e manter a pasta para a sigla para evitar uma nova crise com congressistas. Na Câmara, o União Brasil conta com 59 deputados federais.

Além disso, ministros minimizam impactos do episódio com Pedro Lucas para o governo. Na avaliação deles, o que impediu o deputado de assumir a função não foi o governo ou a articulação política da gestão, mas o próprio União Brasil - considerando um racha no partido e o fato de Rueda não querer perder liderança.

Para tais interlocutores, foi melhor para a gestão federal o recuo de Pedro Lucas do que a chance de correr o risco com uma possível liderança de caráter de oposição do União Brasil na Câmara.

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Luigi Mangione, acusado da morte a tiros do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, declarou-se inocente das acusações federais nesta sexta-feira, 25, em um caso que pode o levar à pena de morte.

Mangione enfrenta acusações que incluem o uso de uma arma de fogo para cometer assassinato, perseguição interestadual e disparo de uma arma de fogo equipada com silenciador. Alguns de seus partidários, que se agarraram ao caso devido à frustração com o setor de seguros, sentaram-se atrás dele na galeria lotada do tribunal.

Os promotores federais apresentaram na quinta-feira, 24, uma notificação formal de que pretendem pedir a pena de morte. No início deste mês, a Procuradora Geral Pam Bondi ordenou que eles fizessem isso, chamando o suposto crime de "assassinato premeditado e a sangue frio que chocou os Estados Unidos".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cobrou a finalização de um acordo estratégico entre o país e a Ucrânia envolvendo terras raras, minerais essenciais para a produção de tecnologias avançadas. O acordo faz parte das negociações para o fim da guerra Rússia-Ucrânia, mediadas pelos americanos, e para garantias de segurança para os ucranianos após o conflito.

"A Ucrânia, liderada por Volodymyr Zelensky, ainda não assinou os documentos finais sobre o importante acordo de terras raras com os Estados Unidos. O atraso é de pelo menos três semanas. Espera-se que seja assinado IMEDIATAMENTE", escreveu em publicação na Truth Social.

Além disso, o republicano mencionou avanços nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. "O trabalho no acordo geral de paz entre a Rússia e a Ucrânia está indo bem. O SUCESSO parece nos esperar no futuro!"

O ex-deputado George Santos, filho de brasileiros que caiu em desgraça após mentir sobre sua história de vida e terminou expulso do Congresso, foi condenado a mais de sete anos de prisão nos Estados Unidos por corrupção nesta sexta-feira, 25.

Depois que as mentiras vieram a tona, ele passou a ser investigado e foi acusado de falsificar registros financeiros da campanha, fraudar doadores e receber seguro-desemprego indevidamente.

Em sentença emitida nesta sexta-feira, 25, a juíza concordou com a pena de 87 meses pedida pelos promotores. O departamento de Justiça afirmou que, mesmo após se declarar culpado no ano passado, Santos "repetidamente tentou transferir a culpa para outros" e não demonstrou nenhum remorso genuíno. Ele também foi condenado a pagar mais de US$ 370 mil em restituição às vítimas e multa de US$ 205 mil.

John Durham, promotor interino dos EUA para o Distrito Leste de Nova York, disse que Santos estava sendo responsabilizado por anos de engano e roubo. "Ele vai para uma prisão federal e será punido por sua fraude impressionante", disse em frente ao tribunal.

George Santos, por sua vez, deixou a corte sem falar com a imprensa. Ele deve se apresentar para cumprir a pena em 25 de julho.

No tribunal, Santos pediu clemência, dizendo entre lágrimas que estava "humilhado" e "castigado", reconhecendo que traiu a confiança de seus eleitores. Ele já havia se declarado culpado por fraude e roubo qualificado de identidade. "Ofereço minhas mais profundas desculpas", disse. "Não posso reescrever o passado, mas posso controlar o caminho à frente."

Seus advogados haviam pedido pena de dois anos de prisão, alegando que ele havia assumido a responsabilidade por suas ações. A defesa escreveu em documentos judiciais que seus atos derivavam, em grande parte, de um desespero equivocado relacionado à sua campanha política, e não de uma malícia inerente.

Mas a juíza distrital Joanna Seybert não se mostrou convencida. "Onde está seu remorso? Onde eu vejo isso?", perguntou ela ao condená-lo.

A sentença desta sexta-feira marcou o desfecho da história de ascensão e queda de George Santos, filho de brasileiros eleito como deputado pelo Partido Republicano em 2022 e expulso do Congresso no ano seguinte.

Santos admitiu ter enganado doadores e roubado a identidade de quase uma dúzia de pessoas, incluindo familiares, para financiar sua campanha vitoriosa.

"Desde o momento em que declarou sua candidatura ao Congresso, Santos usou sua campanha para enriquecimento e benefício financeiro próprios", disse o promotor John Durham.

George Santos foi eleito conquistando republicanos de um distrito rico de Nova York que abrange partes do Queens e de Long Island.

Logo depois, descobriu-se que o político até então desconhecido havia inventado boa parte de sua biografia, apresentando-se falsamente como empresário de sucesso que trabalhou em prestigiadas firmas de Wall Street.

Na realidade, Santos enfrentava dificuldades financeiras e até ameaças de despejo. As revelações levaram a investigações criminais e parlamentares sobre como ele havia financiado sua campanha.

"Ele contou mentira após mentira até que isso o alcançou - até que nós o alcançamos e o expusemos pelo que ele realmente era: um oportunista e um fraudador", disse a promotora do condado de Nassau, Anne Donnelly, republicana, do lado de fora do tribunal nesta sexta. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)