'Abominável', diz Lula sobre visto com gênero masculino para deputada Erika Hilton

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como "abominável" o episódio em que o visto americano da deputada Erika Hilton (PSOL-SP) foi expedido com identificação de gênero masculino. O presidente esteve com a parlamentar em cerimônia no Palácio do Planalto para sanção de projetos de lei sobre direitos das mulheres, nesta quinta-feira, 24.

"Quem tem o direito de discutir o que essa mulher é o Brasil e é ela sobretudo, é a ciência, não é o decreto do Trump", disse Lula. O presidente acrescentou o episódio como um caso de "ingerência da embaixada americana no documento de uma deputada brasileira". Lula ainda cobrou que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, divulgue um posicionamento oficial sobre o tema.

Relembre o caso

Como mostrado pelo Estadão, a deputada federal Erika Hilton afirmou ter recebido o seu visto para ingresso nos Estados Unidos da América identificada como pessoa do gênero masculino, no último dia 16. A parlamentar classificou o ocorrido como um caso de transfobia e disse que vai acionar a Organização das Nações Unidas (ONU) contra o governo dos EUA.

Ela iria ao País para participar da Brazil Conference, evento organizado pela comunidade brasileira da Universidade de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), mas desistiu da viagem devido à situação.

A deputada Duda Salabert também afirmou que teve seu gênero alterado para masculino em seu visto. A parlamentar afirmou que o episódio é um "desrespeito à soberania do Brasil e aos direitos humanos mais básicos". Seu caso veio à tona no dia seguinte à publicação de Erika.

Ao Estadão, a assessoria de imprensa da embaixada dos Estados Unidos informou que, "de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento".

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O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou o Hamas, dizendo que se o grupo continuar a matar pessoas em Gaza, "não teremos escolha a não ser entrar e matá-los". A declaração do líder americano foi feita em uma publicação na Truth Social. De acordo com o republicano, as ações do Hamas não são as acordadas no cessar-fogo com Israel.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira, 16, que concluiu sua conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin, e a definiu como "muito produtiva", afirmando que "grandes progressos foram feitos".

Pode meio do Truth Social, Trump afirmou que ele e Putin se encontrarão em Budapeste, na Hungria, "para ver se podemos trazer um fim a esta guerra 'inglória'", numa referência ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Ambos também concordam que haverá uma reunião de conselheiros de alto nível na próxima semana, que serão lideradas, na parte americana, pelo secretário de Estado, Marco Rubio.

"Também passamos muito tempo falando sobre o comércio entre a Rússia e os EUA quando a guerra com a Ucrânia terminar", acrescentou o republicano.

Segundo Trump, Putin o parabenizou durante a ligação pela paz no Oriente Médio. "Eu realmente acredito que o sucesso no Oriente Médio ajudará em nossa negociação para alcançar o fim da guerra com a Rússia/Ucrânia", pontuou a postagem.

O presidente americano se encontrara com seu homólogo da Ucrânia, Volodimir Zelenski nesta sexta-feira, 17, na Casa Branca.

O Uruguai aprovou nesta quarta-feira, 15, uma lei que legaliza a eutanásia, se tornando um dos poucos países a permitir o procedimento, que continua restrito a algumas regiões ao redor do mundo.

Este é um procedimento no qual um médico administra uma substância letal ao paciente para causar sua morte de forma deliberada e indolor.

A legislação uruguaia não estabelece limites de tempo para a realização. Também permite que qualquer pessoa que sofra de uma doença incurável que cause "sofrimento insuportável" busque o procedimento, mesmo que seu diagnóstico não seja terminal.

As regras relacionadas à eutanásia seguem determinações distintas em cada um dos países onde é autorizada.

O procedimento é permitido em países europeus como Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Espanha e Portugal. A prática também é autorizada no Canadá.

Segundo as leis de alguns Estados dos EUA, Austrália e Nova Zelândia, a eutanásia é restrita àqueles com expectativa de vida de no máximo seis meses ou um ano.

Na América do Sul, Colômbia, Equador e Peru já haviam descriminalizado a eutanásia por meio de decisões judiciais, mas esta é a primeira vez na região que ela é aprovada por meio de legislação.

No Chile, o presidente Gabriel Boric reacendeu recentemente a pressão pela aprovação de um projeto de lei sobre eutanásia há muito tempo parado no Senado. Debates acirrados e ativismo em torno da prática têm tomado conta da região nos últimos anos.

No Brasil, a prática ainda é considerada ilegal.

Embora relacionados ao fim da vida e frequentemente mencionados como "sinônimos", a eutanásia difere do suicídio assistido. Tanto o suicídio assistido quanto a eutanásia são formas de antecipar a morte e abreviar o sofrimento, porém, a abordagem é distinta.

Enquanto no caso da eutanásia, o médico injeta uma substância letal, no suicídio assistido o medicamento é administrado pelo próprio paciente. A legislação aprovada no Uruguai permite apenas a prática da eutanásia. (Com agências internacionais)