Restos da Lava Jato: Duque pega 29 anos de prisão por propina de R$ 5,6 mi na Petrobras

Política
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O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, foi condenado em um processo da extinta Operação Lava Jato a 29 anos e dois meses de prisão, em regime inicial fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Justiça decretou o confisco, em favor da União, da escultura Raízes e do montante de R$ 3,4 milhões em bens. Como a decisão foi tomada na primeira instância, ele pode recorrer.

O advogado Marcelo Lebre, que representa Renato Duque, informou que vai se manifestar apenas no processo. Em defesa enviada na ação, o ex-diretor alegou que as acusações não ficaram comprovadas e são baseadas exclusivamente em delações premiadas.

O ex-diretor da Petrobras foi acusado de receber R$ 5,6 milhões em propinas da Multitek Engenharia para favorecer a empresa em pelo menos três contratos e aditivos com a Petrobras, assinados entre 2011 e 2012. O executivo Luís Alfeu Alves, ex-diretor e sócio da construtora, também foi condenado (11 anos e 6 meses de prisão).

Os contratos direcionados somaram R$ 525 milhões e envolveram a construção e montagem de um laboratório de fluídos em Macaé (RJ) e a prestação de serviços no Complexo de Energias Boaventura (antigo Comperj), na Unidade Industrial U-8221 e na Subestação Auxiliar SE-8221. A Petrobras participou do processo como assistente de acusação.

Segundo os procuradores da força-tarefa da finada Lava Jato, os pagamentos foram intermediados por Milton e José Adolfo Pascowitch, operadores de propinas que fecharam acordo de delação com o Ministério Público Federal. A reforma de um apartamento em São Paulo e a compra da escultura Raízes, do artista plástico Frans Krajcberg, também teriam sido propinas.

O juiz Guilherme Roman Borges, da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, considerou "integralmente demonstrada a autoria dos fatos imputados". A 13.ª Vara de Curitiba foi o berço da Lava Jato, em 2014, sob titularidade do então juiz Sérgio Moro, hoje senador.

As ações contra Renato Duque são reminiscências do acervo da Lava Jato, que ruiu após decisões do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. O ministro anulou grande parte dos processos.

"Tenho que plenamente consumado o crime de corrupção passiva relativo à aceitação de promessa e posterior recebimento de vantagem indevida por Renato de Souza Duque, em razão de suas funções como diretor de Serviços da Petrobras. Ainda que o recebimento das vantagens tenha se dado após a saída do acusado da empresa estatal, é certo que os valores recebidos são em referência ao acordo previamente estabelecido com os executivos da Multitek, enquanto Renato Duque ainda ocupava o cargo de Diretor de Serviços", diz a sentença.

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Os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram uma ação conjunta contra redes de crime cibernético no Sudeste Asiático, no que classificaram como a "maior operação já vista" nesta categoria, segundo comunicado divulgado hoje pelo Departamento do Tesouro dos EUA.

Autoridades americanas e britânicas impuseram sanções abrangentes contra 146 alvos dentro do Prince Group, uma rede com base no Camboja liderada pelo CEO Chen Zhi, que opera um império transnacional através de golpes de investimento online. O Prince Group, seus líderes, funcionários e 117 instituições consideradas subsidiárias foram designadas pelos EUA como Organização Criminosa Transnacional (TCO, em inglês).

Os reguladores também cortaram o conglomerado de serviços financeiros Huione Group do sistema financeiro dos EUA. Baseado no Camboja, o grupo é considerado crítico para lavagem de receitas de ciberataques realizados pela Coreia do Norte e pelo Prince Group no Sudeste Asiático.

As ações bilaterais de sanções foram acompanhadas pela abertura de uma acusação criminal nos EUA contra Chen Zhi, conforme a nota. Esta ação coordenada resulta da colaboração entre o FBI, o Escritório do Procurador dos EUA no distrito de Nova York e Escritório de Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do Reino Unido (FCDO, em inglês).

Segundo o comunicado, as perdas dos EUA com golpes de investimento online aumentaram nos últimos anos, totalizando mais de US$ 16,6 bilhões. Estima-se que os americanos perderam pelo menos US$ 10 bilhões para operações de golpe baseadas no Sudeste Asiático em 2024, um aumento de 66% em relação ao ano anterior.

Conteúdo gerado com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast ((sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o presidente da Argentina, Javier Milei, tem o seu "apoio completo e total" para as próximas eleições de meio de mandato, em publicação na Truth Social na noite desta terça-feira, 14.

"Ótima reunião hoje com Javier Milei! Ele está fazendo as coisas certas para o seu país. Espero que o povo da Argentina entenda o quão bom trabalho ele está fazendo", escreveu o republicano. "Vamos ajudá-lo a alcançar o incrível potencial da Argentina. Ele não vai decepcioná-los. Tornem a Argentina boa de novo!".

Mais cedo, os líderes se reuniram na Casa Branca para discutir a linha de swap cambial fornecida pelos EUA para resgatar o peso argentino, em um momento delicado para a gestão de Milei. O ultraconservador enfrenta pressão após turbulências econômicas, escândalos de corrupção e a derrota do seu partido nas eleições provinciais de Buenos Aires enfraquecerem o apoio ao seu governo antes das eleições de meio de mandato, previstas para 26 de outubro.

O Hamas apressou-se nesta terça-feira, 14, para aliviar a pressão sobre um cessar-fogo frágil em sua guerra com Israel, devolvendo os corpos de mais reféns mortos. A medida veio após uma agência militar israelense afirmar que reduziria pela metade as entregas de ajuda humanitária a Gaza devido a preocupações de que o grupo estava entregando os restos mortais mais lentamente do que o acordado.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel confirmou que as autoridades receberam quatro reféns falecidos que a Cruz Vermelha entregou às autoridades militares israelenses dentro de Gaza. Os corpos serão levados para o Centro Nacional de Medicina Forense, onde serão identificados e as famílias notificadas.

Esta última transferência de restos mortais ocorre um dia após Israel ter recebido os corpos de outros quatro reféns mortos. Apesar do desenvolvimento, não estava claro se a agência militar israelense, conhecida como COGAT, seguirá com sua decisão de permitir a entrada em Gaza de apenas metade dos 600 caminhões de ajuda humanitária previstos no acordo.

O escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza, assolada pela fome, recebeu a notícia dos cortes pela agência militar israelense encarregada de transferir ajuda para o território, segundo a porta-voz Olga Cherevko. Autoridades dos EUA também foram notificadas, de acordo com três fontes da Associated Press.

O presidente dos EUA, Donald Trump, expressou preocupação em uma postagem nas redes sociais de que poucos reféns mortos foram devolvidos. Ele não mencionou a redução pela metade do fluxo de ajuda para o território por parte de Israel. Em resposta às preocupações, o Hamas e a Cruz Vermelha afirmaram que o nível de destruição na Faixa de Gaza dificulta o resgate dos restos mortais.

Trump também alertou o Hamas que, se "eles não se desarmarem, nós os desarmaremos".

Ainda, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, disse que 15 tecnocratas palestinos foram selecionados para administrar Gaza, com aprovação de Israel, Hamas e todas as outras facções palestinas. A agência de desenvolvimento da ONU disse que a última estimativa conjunta com a União Europeia e o Banco Mundial é que a reconstrução de Gaza exigirá 70 bilhões de dólares. (*Fonte: Associated Press).

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast