AtlasIntel: Lula está à frente de Tarcísio e Michelle nas eleições de 2026

Política
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Pesquisa do instituto AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira, 28, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera em cenários das eleições de 2026 com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) como adversários.

 

O instituto AtlasIntel ouviu 5.419 pessoas a partir de um recrutamento digital aleatório entre os dias 20 e 24 de abril. A margem de erro é de um ponto porcentual para mais ou para menos e o índice de confiabilidade é de 95%.

 

Em um cenário de primeiro turno com Tarcísio, Lula tem 42,8% das intenções de voto e o governador de São Paulo, 34,3%. Na sequência, aparecem o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 4,3%. O ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PDT) e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), têm 2,7%, cada. Inelegível pela segunda vez após decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo deste domingo, 27, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) registra 2% na sondagem.

 

Os governadores do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, Eduardo Leite (PSDB) e Romeu Zema (Novo), respectivamente, têm 1,6%, cada. A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), aparece com 0,1%, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), não pontuou. Os entrevistados que não souberam responder ou declararam voto em branco ou nulo somam 8%.

 

Já no cenário com Michelle e sem Tarcísio, Lula tem 43,3% das intenções de voto, enquanto a ex-primeira-dama aparece com 31,3%. Na sequência, estão Caiado (5,5%), Ciro Gomes (3%), Romeu Zema (3%), Eduardo Leite (2,7%), Ratinho Júnior (2,6%), Pablo Marçal (1,7%), Simone Tebet (0,1%) e Marina Silva (0%). Os entrevistados que não souberam responder ou declararam voto em branco, ou nulo somam 6,9%.

 

Em um eventual segundo turno contra Tarcísio, Lula e o governador paulista possuem os mesmos 46,7%. Outros 6,6% não sabem em quem votariam ou declararam voto em branco ou nulo. No levantamento anterior da AtlasIntel, divulgada no dia 1.° de abril, o governador tinha 47% enquanto o presidnete, 46%.

 

Contra Michelle Bolsonaro, Lula tem 46,6% e a ex-primeira-dama, 46,1%. Como a margem de erro é de um ponto porcentual, os dois estão empatados. Os que não sabem em quem votariam ou declararam voto em branco, ou nulo somam 7,3%

 

Inelegível, Bolsonaro empata com Lula em reedição de 2022

A pesquisa AtlasIntel também apresentou um cenário com os candidatos que disputaram o primeiro turno da eleição presidencial de 2022. Derrotado por Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 45,1%, enquanto o petista registra 44,2% na sondagem. Os dois estão empatados na margem de erro.

 

Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela reunião onde ele convocou embaixadores para divulgar informações falsas sobre o sistema eleitoral e por abuso de poder político nas comemorações do Bicentenário da Independência, em 2022.

 

Ciro Gomes tem 2,9% e Simone Tebet aparece com 2,1%. Outro candidato que disputou em 2022 é preferido por 1,3%. Brancos e nulos somam 1,6% e 2,8% não sabem ou não responderam.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já embarcou de volta ao Brasil. A previsão é que Lula desembarque em Belém (PA) por volta das 19h30.

O presidente viajou a Santa Marta, na Colômbia, para participar da cúpula Celac-União Europeia neste domingo. O compromisso foi rápido. Lula chegou em Santa Marta por volta das 11h30, participou da reunião e já embarcou de volta a Belém.

Na segunda-feira, 10, ele participa da abertura oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que as consequências econômicas da prolongada paralisação do governo federal estão se intensificando, dizendo que a situação está ficando "cada vez pior", à medida que as interrupções se espalham por setores-chave e pressionam as finanças públicas.

"Vimos um impacto na economia desde o primeiro dia, mas está ficando cada vez pior. Tivemos uma economia fantástica sob o presidente Trump nos últimos dois trimestres, e agora há estimativas de que o crescimento econômico para este trimestre poderia ser reduzido pela metade se a paralisação continuar", disse ele em entrevista à ABC neste domingo.

De forma semelhante, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, pontuou hoje que o crescimento do quarto trimestre pode ser negativo se o shutdown se prolongar.

Hassett, falando ao programa "Face the Nation" da CBS, observou que a escassez de controladores de tráfego aéreo estava causando grandes atrasos nas viagens na preparação para o feriado de Ação de Graças. "Essa época é uma das mais movimentadas do ano para a economia... e se as pessoas não estiverem viajando nesse momento, então realmente poderíamos estar olhando para um trimestre negativo", acrescentou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo, 9, que "a ameaça de uso da força militar voltou a fazer parte do cotidiano da América Latina e Caribe", em um sinal indireto às ameaças promovidas pelo governo dos Estados Unidos contra a Venezuela. Ele afirmou que "democracias não combatem o crime violando o direito internacional".

O governo de Donald Trump tem usado como pretexto para intensificar sua presença militar no Caribe o combate ao narcotráfico. Nos últimos meses, destruiu barcos que trafegavam pela região alegando que se tratava de embarcações de traficantes. Os tripulantes foram mortos.

O discurso de Lula foi feito na Cúpula Celac-União Europeia em Santa Marta, na Colômbia. O presidente brasileiro disse que a América Latina é uma "região de paz" e pretende continuar assim.

"A ameaça de uso da força militar voltou a fazer parte do cotidiano da América Latina e Caribe. Velhas manobras retóricas são recicladas para justificar intervenções ilegais. Somos região de paz e queremos permanecer em paz. Democracias não combatem o crime violando o direito internacional", declarou.

Segundo Lula, a "democracia também sucumbe quando o crime corrompe as instituições, esvaziam espaços públicos e destroem famílias e desestruturam negócios". O presidente brasileiro disse que garantir "segurança é dever do Estado e direito humano fundamental" e que "não existe solução mágica para acabar com a criminalidade". O presidente defendeu "reprimir o crime organizado e suas lideranças, estrangulando seu financiamento e rastreando e eliminando o tráfico de armas".

Lula citou a última reunião da cúpula Celac-União Europeia, há dois anos, em Bruxelas. Disse que, naquela época, "vivíamos um momento de relançamento dessa histórica parceria", mas, "deste então, experimentamos situações de retrocessos".

O petista criticou a falta de integração entre os países latinoamericanos. Afirmou que "voltamos a ser uma reunião dividida" e com ameaças envolvendo o "extremismo político".

"A América Latina e o Caribe vivem uma profunda crise em seu projeto de integração. Voltamos a ser uma região dividida, mais voltada para fora do que para si própria. A intolerância cria força e vem impedindo que diferentes pontos de vista possam se sentar na mesma mesa. Voltamos a viver com a ameaça do extremismo político, da manipulação da informação e do crime organizado. Projetos pessoais de apego ao poder muitas vezes solapam a democracia", afirmou.

Em seu discurso, Lula também citou a realização da COP30, em Belém, e mencionou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). Disse que o fundo "é solução inovadora para que nossas florestas valham mais em pé do que derrubadas" e que a "transição energética é inevitável".

O petista também lamentou o tornado que atingiu a cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, e manifestou suas condolências às vítimas da tragédia climática dos últimos dias.