Brigitte Macron grava vídeo em apoio à campanha de Janja contra bullying digital

Política
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A primeira-dama da França, Brigitte Macron, gravou um vídeo se dirigindo ao povo brasileiro em apoio à campanha da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, no combate à violência contra crianças e adolescentes no ambiente online.

O gesto ocorre uma semana após Janja se envolver em uma polêmica durante viagem à China. Segundo relatos de integrantes da comitiva brasileira ao G1, a primeira-dama teria causado desconforto ao mencionar o TikTok, rede social controlada por uma empresa chinesa, durante um jantar com o líder Xi Jinping, para comentar abusos registrados na plataforma.

No vídeo publicado no perfil de Janja no Instagram, Brigitte diz que a primeira-dama brasileira ligou para ela contando a "história comovente" da menina de oito anos que morreu após inalar gás de um desodorante aerossol, durante a realização de um desafio chamado "desafio do desodorante", veiculado em redes sociais.

"Infelizmente, essa tragédia não é um caso isolado. Estamos enfrentando um flagelo mundial e todos precisamos agir ativamente para proteger nossas crianças e adolescentes no mundo digital", disse Brigitte.

A primeira-dama francesa mencionou uma série de medidas implementadas no país europeu para educar as crianças e jovens para o ambiente digital, e também para protegê-los contra ameaças. Brigitte citou um canal de denúncias e moderação de conteúdos online que promovam violência e a proibição, a partir do ano que vem, de celulares nas escolas, entre outros exemplos.

"Minha amiga e primeira-dama da França, Brigitte Macron, também é uma voz ativa na luta pelos direitos das nossas crianças e adolescentes, principalmente contra o bullying digital e, hoje, se junta a nós nesse chamado pela necessidade de regulação das redes, não só no Brasil e na França, mas em todo o mundo", escreveu Janja na publicação.

A campanha de Janja integra a Semana Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, da qual ela participou da abertura nesta segunda-feira, 19, e mencionou o ocorrido na China.

Durante discurso, a primeira-dama afirmou "nenhum protocolo" fará com que ela se cale ante uma oportunidade para falar sobre a regulamentação das redes sociais em prol da defesa das crianças e jovens. "Não há protocolo que me faça calar se eu tiver uma oportunidade de falar sobre isso com qualquer pessoa que seja, do maior ao menor grau, do mais alto nível à qualquer cidadão comum", disse Janja.

Após a repercussão da polêmica envolvendo Janja, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa da primeira-dama, afirmando que foi ele quem iniciou a conversa com o líder chinês sobre a rede social, perguntando a ele sobre a possibilidade de enviar ao Brasil uma pessoa de confiança para discutir "questões digitais".

"Eu perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa da confiança para a gente discutir a questão digital - sobretudo o TikTok", disse Lula. "E aí a Janja pediu a palavra para explicar o que está acontecendo no Brasil, sobretudo contra as mulheres e as crianças."

Como mostrou a Coluna do Estadão, a postura do presidente aumenta a desconfiança entre congressistas sobre o real interesse do governo na elaboração de dois projetos de lei que serão encaminhados ao Legislativo sobre a regulamentação das redes sociais.

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*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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