Delegada da PF 'mãe' da Lava Jato se aposenta após 22 anos de carreira

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A delegada Érika Marena, da Polícia Federal, se aposentou voluntariamente após 22 anos de carreira na corporação.

O cargo foi declarado vago nesta quarta-feira, 21, com a publicação de sua saída no Diário Oficial da União.

Delegada de classe especial, nível mais alto da carreira na PF, Érika atuou nas operações Lava Jato e Ouvidos Moucos.

A delegada teve papel central no início da investigação sobre esquema bilionário de corrupção, lavagem de dinheiro e cartel de empreiteiras instalado na Petrobras a partir de 2003. Foi ela quem batizou a operação, em 2014.

O protagonismo na Lava Jato alçou a delegada ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Érika foi convidada a comandar o DRCI pelo senador Sérgio Moro (União-PR) - ex-juiz da Operação Lava Jato - assim que ele assumiu o Ministério da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro). Ela deixou o cargo em junho de 2020, após a demissão de Moro.

A delegada federal ficou marcada na Operação Ouvidos Moucos por ter pedido a prisão do então reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier, em uma investigação sobre suspeitas de desvios em programas de ensino à distância. Cancellier se suicidou menos de três semanas após ser preso. Ele se atirou do alto de um shopping em Florianópolis.

Além da Lava Jato e da Ouvidos Moucos, Érika Marena participou da investigação do caso Banestado, iniciada ainda no fim dos anos 1990, que deu projeção a Sérgio Moro. Ela também foi procuradora do Banco Central, técnica da Justiça Eleitoral e superintendente da Polícia Federal no Sergipe.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, em publicação na Truth Social, que uma eventual decisão desfavorável da Suprema Corte sobre as tarifas de importação poderia gerar um impacto superior a US$ 3 trilhões.

Segundo Trump, o valor inclui investimentos já realizados, previstos e devoluções de recursos. "A Suprema Corte recebeu números errados. O 'desmonte', em caso de decisão negativa sobre as tarifas, seria superior a US$ 3 trilhões."

O presidente acrescentou que o país não teria como compensar uma perda dessa magnitude, classificando o cenário como um "evento de segurança nacional intransponível" e "devastador para o futuro" dos Estados Unidos.

Passageiros aéreos nos Estados Unidos devem enfrentar mais cancelamentos e atrasos nesta semana, mesmo que a paralisação do governo termine, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). A agência está ampliando os cortes de voos em 40 dos principais aeroportos do país, em meio à escassez de controladores de tráfego aéreo não remunerados há mais de um mês.

O planejamento do órgão regulador é de aumentar a redução para 6% nesta terça; 11,% na quinta, 13; e, atingir os 10% na próxima sexta, 14. Na segunda-feira, 10, as companhias aéreas cancelaram mais de 2,3 mil voos, e outros mil previstos para hoje já estavam suspensos.

O presidente norte-americano Donald Trump usou as redes sociais para pressionar os controladores a "voltarem ao trabalho agora", prometendo um bônus de US$ 10 mil aos que permaneceram em serviço e sugerindo cortar o pagamento dos que faltaram. As declarações foram criticadas por parlamentares democratas, que afirmaram que os profissionais merecem apoio, e não ameaças. O sindicato da categoria acusou o governo de usar os controladores como "peões políticos" na disputa orçamentária.

Embora o Senado tenha aprovado uma proposta para reabrir o governo, a medida ainda precisa ser votada pela Câmara. O secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmou que os cortes de voos continuarão até que os níveis de pessoal se estabilizem. (Com informações da Associated Press)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu não saber de onde virão os recursos para bancar os bônus de US$ 10 mil prometidos a controladores de voo que permaneceram trabalhando durante a paralisação do governo federal. A declaração foi feita nesta segunda-feira, 10.

No mesmo dia, o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei para encerrar a paralisação governamental mais longa da história do país, que chegou a 41 dias. "Não sei. Vou conseguir de algum lugar. Sempre consigo dinheiro de algum lugar. Não importa", afirmou Trump em entrevista à apresentadora Laura Ingraham, da Fox News.

Mais cedo, o presidente havia proposto o pagamento dos bônus como forma de reconhecer os profissionais que não faltaram ao trabalho, mesmo sem receber salários há mais de um mês. A paralisação levou a Administração Federal de Aviação (FAA) a reduzir o tráfego aéreo em 40 dos principais mercados do país.

Trump já havia redirecionado recursos de pesquisa e desenvolvimento do Pentágono para garantir o pagamento de salários de militares durante a paralisação. (Com informações da Associated Press)