Lula já se comparou a Deus e Jesus antes da menção ao 'sertão sem água'; relembre

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira, 28, que "Deus deixou o sertão sem água" porque sabia que ele seria eleito presidente. "Fazia 179 anos que se prometia água para essa região. Graças a Deus, eu descobri uma coisa: Deus deixou o sertão sem água porque ele sabia que eu ia ser presidente da República e eu ia trazer água para cá", disse.

A declaração, que ocorreu na inauguração de uma das obras da transposição do Rio São Francisco, no município de Cachoeira dos Índios (PB), não é a primeira fala do presidente se colocando em grande proximidade ou até se comparando com Deus e Jesus.

No Sindicato dos Bancários, em março de 2016, Lula discursou para a militância petista sobre a manhã daquele dia, em que o então ex-presidente fora alvo da 24.ª fase da Operação Lava Jato.

"Eu falo para o meu filho: não fica com raiva, é assim, meu filho, vamos suportar. Jesus Cristo sofreu mais do que nós. Tiradentes foi crucificado, e somente após mais de 100 anos foi transformado em herói. Se a gente tem que pagar esse preço, vamos pagar. Mas vamos lutar", disse, se referindo ao filho que também foi alvo da operação, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha.

No mesmo ano, Lula afirmou que só Jesus Cristo ganharia dele no quesito popularidade no País. A comparação foi feita no pronunciamento após denúncia do Ministério Público Federal contra ele no âmbito da Lava Jato.

"Eu tenho uma história pública conhecida. Acho que só ganha de mim aqui no Brasil Jesus Cristo. Só! Porque, pense, um cabra conhecido e marcado neste País. Foi assim no sindicato. Foi assim no PT", disse.

Ainda em 2016, segundo reportagem do UOL, Lula comparou sua trajetória a de Jesus Cristo e voltou a falar de Tiradentes, a figura nacional conhecida por lutar na Inconfidência Mineira. A declaração foi feita durante comício da então candidata à prefeitura do Rio Jandira Feghali (PCdoB).

Na ocasião, falando sobre a investigação da Lava Jato em curso, Lula disse que não queria se comparar a Jesus Cristo, "mas ele também foi perseguido. Herodes mandou matá-lo antes de nascer. Tiradentes lutou pela independência e mataram o bichinho. Mas eles mataram a carne, e as ideias ficaram. Eles aguentaram o Getúlio (Vargas) 30 anos como ditador, mas não o aguentaram quatro anos de democracia e o obrigaram a se matar".

Durante a campanha eleitoral de 2022, em que concorreu e venceu o então presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula afirmou que não acreditava na possibilidade de uma terceira via, comparando a disputa de ambos com a entre Deus e o Diabo.

"A humanidade acompanha há séculos a polarização entre Deus e o Diabo e nunca teve uma terceira via", teria dito Lula a integrantes do partido, segundo reportagem do UOL.

Boato desmentido

Em 2019, uma suposta declaração de Lula em que se comparava a Deus e a Getúlio foi desmentida pelo Estadão Verifica - equipe de fact-checking do Estadão que analisa conteúdos suspeitos que viralizam nas redes sociais e no WhatsApp.

Um texto compartilhado milhares de vezes em 2019 em que o petista teria dito a frase "eu fui melhor que Getúlio e se eleito serei melhor que Deus" já havia circulado em 2017, sem provas que apontassem a autoria do presidente.

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O papa Leão XIV, amante da equitação, foi presenteado com um cavalo árabe puro-sangue por um fiel proprietário de um haras na Polônia, informou o Vaticano nesta quarta-feira, 15. O animal, de 12 anos de idade e pelagem clara, foi entregue ao líder da Igreja Católica com o objetivo de ser leiloado para fins beneficentes.

As imagens divulgadas pelo Vaticano mostram Leão XIV caminhando ao lado do cavalo, segurando-o pelas rédeas, visivelmente à vontade, antes de posar ao seu lado durante sua audiência geral na sede da Igreja Católica.

Antes de ser eleito papa, Robert Francis Prevost costumava montar a cavalo regularmente no Peru, onde foi missionário por cerca de 20 anos.

"Quando vi as fotos do futuro papa a cavalo no Peru, surgiu a ideia de lhe oferecer um belo cavalo árabe, que seria digno dele, porque o branco lembra a batina branca papal", disse Andrzej Michalski, presidente da Criação de Cavalos Michalski de Kolobrzeg-Budzistów, na Polônia.

O cavalo se chama Proton e nasceu no vilarejo de Janów Podlaski. Michalski o comprou quando era potro e o criou na própria fazenda. "Se move magnificamente, é muito bonito", afirmou o criador.

Além do presente, Michalski leu uma carta para o papa, fazendo referências à primeira exortação apostólica assinada por Leão XIV, publicada no dia 9 de outubro, e pedindo para que o presente continue a servir às atividades de Vossa Santidade.

O cavalo será levado para Castel Gandolfo, uma comuna italiana localizada na província de Roma.

O local onde Michalski cria seus cavalos também funciona como um espaço de estudo sobre os equinos, é sede de competições equestres e auxilia pessoas com deficiência que se submetem ao tratamento por meio da hipoterapia.

Na carta lida ao papa, o criador explicou as atividades realizadas no centro que administra e pediu uma bênção para o local, que completará 30 anos de fundação em 2026.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que usa tarifas como uma maneira de parar guerras, ao discursar em jantar na Casa Branca, nesta quarta-feira, 14. O republicano não forneceu mais detalhes, mas disse que os EUA estão "ganhando muito dinheiro" com as tarifas.

"Estamos indo bem no comércio", acrescentou. Na ocasião, Trump voltou a lamentar o fato de não ter vencido o Prêmio Nobel da Paz. "Parei guerras, mas ganhei o Nobel? Não, eu não ganhei."

O Hamas afirmou nesta quarta-feira, 15, que "cumpriu o que foi acordado" no cessar-fogo com Israel, ao entregar "todos os prisioneiros vivos" e os corpos aos quais "conseguiu ter acesso". Em comunicado, as Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo, disseram que os corpos restantes "precisam de grandes esforços e equipamentos especiais para serem localizados e recuperados" e que estão "fazendo um grande esforço para encerrar esta etapa".

A declaração ocorre após o Exército israelense informar que um dos corpos entregues pelo Hamas na véspera não corresponde a nenhum dos reféns mantidos em Gaza, o que elevou a tensão sobre a trégua mediada pelos Estados Unidos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu que o grupo "cumpra os termos do acordo" e devolva todos os corpos, afirmando que Israel "não vai abrir mão disso e não cessará seus esforços até que o último refém morto seja devolvido".

Nos últimos dois dias, o Hamas entregou oito corpos à Cruz Vermelha, enquanto Israel acusa o grupo de atrasar as devoluções. O governo israelense reduziu o envio de ajuda a Gaza e manteve fechada a passagem de Rafah até que todos os restos mortais sejam entregues. Segundo o Hamas, a demora ocorre devido às dificuldades de localizar cadáveres sob os escombros após dois anos de guerra.