Paraná Pesquisas: no ES, Lula perderia para Michelle Bolsonaro e empataria com Tarcísio

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta terça-feira, 3, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perderia para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e empataria com Tarcísio de Freitas (Republicanos), no Estado do Espírito Santo, na disputa pela Presidência da República em 2026.

Em um cenário de primeiro turno contra a ex-primeira-dama, Lula obteve 29,8% das intenções de voto dos eleitores capixabas, enquanto Michelle Bolsonaro saiu em vantagem, com 38,5%. Ainda nessa simulação, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aparece com 10,1% das intenções de voto, o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), com 4,8%, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 3,2%. Dos entrevistados, 8,6% disseram votar em branco ou nulo e 4,9% não responderam.

Já em um cenário com Tarcísio de Freitas, o presidente Lula tem 29,8% das intenções de voto e Tarcísio, 30,4%. As porcentagens configurariam um empate técnico levando em consideração a margem de erro de 2,6 pontos porcentuais da pesquisa.

Ainda nessa simulação, Ciro Gomes aparece com 10,5%, Ratinho Junior com 6,6% e Ronaldo Caiado com 2,5%. Além disso, 13,7% dos entrevistados declararam voto em branco ou nulo, e 6,1% não souberam ou não quiseram opinar.

A pesquisa também testou um cenário entre o presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nessa simulação, Bolsonaro venceria a disputa com 46,1% das intenções de voto, enquanto Lula teria 29,5%. Em seguida, Ciro Gomes, com 8,9%, Ratinho Júnior, com 3%, e Ronaldo Caiado, com 1,4%. Os votos brancos ou nulos somam 7,4%, e 3,5% dos entrevistados disseram não saber ou preferiram não opinar.

Maioria no ES desaprova governo Lula

Além disso, o levantamento também mostrou como os capixabas avaliam o governo federal. De acordo com os dados, 57,2% dos eleitores do Espírito Santo desaprovam a gestão do presidente Lula, enquanto 39% dizem aprovar sua administração.

A análise segmentada por perfil demográfico revela que a desaprovação ao governo Lula é mais acentuada entre os homens, sendo 61,8% de desaprovação. Entre as mulheres, Lula teve uma taxa de aprovação de 42,4% contra 53,1% de reprovação.

Em outra categoria

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo neste domingo, 9. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. A fala distorcida de Trump foi exibida no programa Panorama de 3 de novembro de 2024, a uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Em sua rede social, a Truth Social, Donald Trump celebrou a demissão de quem chamou de "jornalistas corruptos". "Essas são pessoas muito desonestas que tentaram manipular as eleições presidenciais. Para piorar, vêm de um país estrangeiro, um que muitos consideram nosso principal aliado. Que terrível para a democracia!", postou.

A ministra britânica da Cultura, Lisa Nandy, havia classificado horas antes como "extremamente grave" a acusação contra a BBC por apresentar declarações de Trump de maneira enganosa.

"É um dia triste para a BBC. Tim foi um excelente diretor-geral durante os últimos cinco anos", afirmou o presidente da Corporação Britânica de Radiodifusão, Samir Shah, em comunicado. Ele acrescentou que Davie enfrentava "pressão constante (...) que o levou a tomar a decisão" de renunciar.

Colagem de trechos separados levou a versão distorcida do discurso

O caso, revelado na terça-feira, 4, baseia-se em um documentário exibido uma semana antes das eleições presidenciais dos EUA de 2024. A BBC é acusada de ter montado trechos separados de um discurso de Trump de 6 de janeiro de 2021 de forma que parece indicar que ele teria dito a seus apoiadores que marchariam com ele até o Capitólio para "lutar como demônios".

Na versão completa, o então presidente republicano - já derrotado nas urnas pelo democrata Joe Biden - diz: "Vamos marchar até o Capitólio e vamos incentivar nossos valentes senadores e representantes no Congresso."

A expressão "lutar como demônios" corresponde, na verdade, a outro momento do discurso.

Em carta enviada ao conselho da BBC e publicada no site, a CEO de notícias disse que a polêmica em torno do programa Panorama sobre o presidente Trump chegou a um ponto em que está prejudicando a BBC - uma instituição que ela adora.

Já Tim Davie, diretor-geral, disse que abdicou ao cargo após intensas exigências pessoais e profissionais de gerir o posto ao longo de muitos anos nestes "tempos turbulentos".

Um dia antes do início oficial da COP30 em Belém, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em sua rede social, a Truth Social, nesta domingo, 9, uma mensagem dizendo que a Amazônia foi destruída para a construção de uma estrada.

"Eles destruíram a floresta amazônica no Brasil para a construção de uma rodovia de quatro faixas para que ambientalistas pudessem viajar", escreveu Trump na mensagem, ressaltando que o caso "se tornou um grande escândalo".

Junto com a mensagem, Trump postou um vídeo de quatro minutos da Fox News, com uma reportagem do enviado da emissora a Belém para cobrir a COP30.

Na reportagem, o editor Marc Morano diz, com uma imagem de Belém ao fundo, que mais de 100 mil árvores foram cortadas na Amazônia para construir a estrada e mostrar como o "governo brasileiro está cuidando da floresta tropical".

Ainda na reportagem postada por Trump, o jornalista destaca que pela primeira vez não há uma delegação oficial dos Estados Unidos em uma conferência das Nações Unidas sobre o clima desde 1992. Mesmo países europeus estão deixando esses compromissos de lado, ressalta o jornalista.

A reportagem fala ainda da queda das vendas de carros elétricos e de demissões em fábricas nos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.