Advocacia do Senado pede autorizaão de Moraes para visitar presos pelo 8/1

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Advocacia do Senado Federal enviou nesta segunda-feira, 2, um ofício ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pedindo autorização para que a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), presidida pela senadora Damares Alves (Republicanos), visite os presos por envolvimento nos atos do 8 de Janeiro.

A comissão afirma que possui competência institucional para fiscalizar presídios, desde que haja autorização e suporte operacional dos órgãos responsáveis para garantir o acesso e a segurança da ação.

A proposta, de autoria dos senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES), foi aprovada pelo colegiado em 12 de março. No requerimento, os parlamentares alegam que cerca de 200 pessoas presas pelos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro estariam em "situação grave", com relatos de "abusos e de condições degradantes de custódia".

Procurado pelo Estadão, o STF não havia respondido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para manifestação.

Segundo o ofício, o Senado solicitou audiência urgente com Moraes, mas o STF informou, em 25 de março, que a reunião não poderia ser realizada. Como o tema ainda não foi discutido, Damares argumenta que a ausência de manifestação da Corte "impede o regular cumprimento das funções institucionais da Comissão de Direitos Humanos, em clara frustração ao seu múnus [dever] constitucional e regimental".

O texto também menciona que a comissão realizou, entre os dias 11 e 13 de maio de 2025, uma diligência oficial à Argentina, onde visitou cinco cidadãos brasileiros presos no Complexo Penitenciário de Ezeiza, condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

Agora, o senador Eduardo Girão também solicita diligência externa a El Paso, nos Estados Unidos, para visitar brasileiras detidas desde 21 de janeiro de 2025, igualmente envolvidas nos eventos extremistas de janeiro de 2023 e que aguardam decisão sobre pedidos de asilo político, conforme descrito no ofício.

Damares citou essas visitas como justificativa para o pedido de urgência ao STF, solicitando a liberação e o ajuste de cronograma para a realização das novas diligências institucionais.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já embarcou de volta ao Brasil. A previsão é que Lula desembarque em Belém (PA) por volta das 19h30.

O presidente viajou a Santa Marta, na Colômbia, para participar da cúpula Celac-União Europeia neste domingo. O compromisso foi rápido. Lula chegou em Santa Marta por volta das 11h30, participou da reunião e já embarcou de volta a Belém.

Na segunda-feira, 10, ele participa da abertura oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que as consequências econômicas da prolongada paralisação do governo federal estão se intensificando, dizendo que a situação está ficando "cada vez pior", à medida que as interrupções se espalham por setores-chave e pressionam as finanças públicas.

"Vimos um impacto na economia desde o primeiro dia, mas está ficando cada vez pior. Tivemos uma economia fantástica sob o presidente Trump nos últimos dois trimestres, e agora há estimativas de que o crescimento econômico para este trimestre poderia ser reduzido pela metade se a paralisação continuar", disse ele em entrevista à ABC neste domingo.

De forma semelhante, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, pontuou hoje que o crescimento do quarto trimestre pode ser negativo se o shutdown se prolongar.

Hassett, falando ao programa "Face the Nation" da CBS, observou que a escassez de controladores de tráfego aéreo estava causando grandes atrasos nas viagens na preparação para o feriado de Ação de Graças. "Essa época é uma das mais movimentadas do ano para a economia... e se as pessoas não estiverem viajando nesse momento, então realmente poderíamos estar olhando para um trimestre negativo", acrescentou.