'Setor público precisa ter pró-atividade para colocar o cidadão no centro', diz João Campos

Política
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O prefeito do Recife, João Campos (PSB), avaliou neste sábado, que o principal desafio para inovar na gestão pública é a mudança de cultura dentro da máquina estatal. Em painel sobre inovação durante o Fórum Esfera, Campos afirmou que é preciso romper com estruturas engessadas e apostar em ferramentas que coloquem o cidadão no centro da tomada de decisão, independentemente de ciclos políticos. "A gente tem que olhar para quem de fato importa, que é o cidadão, sendo pró-ativo para colocá-lo no centro das ações", disse.

Como exemplo de inovação bem-sucedida, Campos citou a digitalização do processo de vacinação contra a Covid-19 em sua gestão. "Em 15 dias de gestão, tomei a decisão de que todo cidadão no Recife se vacinaria por meio de agendamento digital, com dia, local e horário escolhidos pelo próprio cidadão", afirmou. A medida, segundo o prefeito, ampliou de 8 mil para mais de 1,8 milhão o número de cidadãos com cadastro digital na capital pernambucana.

Com essa base de dados consolidada, a prefeitura passou, de acordo com Campos, a oferecer serviços com base nas necessidades identificadas em tempo real. Ele explicou que, quando uma criança completa três anos, por exemplo, a prefeitura envia automaticamente uma mensagem aos responsáveis informando sobre as vacinas obrigatórias, locais disponíveis e datas sugeridas.

Segundo o prefeito de Recife, há um desafio de transformar o ambiente público que requer visão de longo prazo e coragem para implementar soluções que transcendam os limites da política. "O grande desafio é uma mudança de cultura", disse ele, ao ser questionado sobre os obstáculos enfrentados em sua gestão.

"Na prefeitura do Recife, a única pessoa com prazo de validade é o prefeito eleito. São quatro anos de mandato frente a um corpo de mais de 25 mil servidores com estabilidade funcional", explicou.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já embarcou de volta ao Brasil. A previsão é que Lula desembarque em Belém (PA) por volta das 19h30.

O presidente viajou a Santa Marta, na Colômbia, para participar da cúpula Celac-União Europeia neste domingo. O compromisso foi rápido. Lula chegou em Santa Marta por volta das 11h30, participou da reunião e já embarcou de volta a Belém.

Na segunda-feira, 10, ele participa da abertura oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que as consequências econômicas da prolongada paralisação do governo federal estão se intensificando, dizendo que a situação está ficando "cada vez pior", à medida que as interrupções se espalham por setores-chave e pressionam as finanças públicas.

"Vimos um impacto na economia desde o primeiro dia, mas está ficando cada vez pior. Tivemos uma economia fantástica sob o presidente Trump nos últimos dois trimestres, e agora há estimativas de que o crescimento econômico para este trimestre poderia ser reduzido pela metade se a paralisação continuar", disse ele em entrevista à ABC neste domingo.

De forma semelhante, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, pontuou hoje que o crescimento do quarto trimestre pode ser negativo se o shutdown se prolongar.

Hassett, falando ao programa "Face the Nation" da CBS, observou que a escassez de controladores de tráfego aéreo estava causando grandes atrasos nas viagens na preparação para o feriado de Ação de Graças. "Essa época é uma das mais movimentadas do ano para a economia... e se as pessoas não estiverem viajando nesse momento, então realmente poderíamos estar olhando para um trimestre negativo", acrescentou.