Lula afirma em discurso que PT 'não pode ter medo de polarizar'

Política
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o PT "não pode ter medo de polarizar", e sim, de "não polarizar e ficar esquecido". Segundo Lula, o que não pode acontecer, no entanto, é polarização como aconteceu nas eleições de 2014 com o PSDB que, em sua avaliação, "radicalizaram com ódio".

Para o petista, a sigla "vai sempre disputar eleições para polarizar, seja Bolsonaro ou qualquer partido". "Podemos polarizar com quem quer que seja desde que seja esquerda com direita", afirmou. Lula explica que, desde as eleições de 1988, o PT investe na polarização política.

Para as próximas eleições presidenciais, no entanto, Lula afirma que não tem certeza dos seus planos. Segundo ele, discutir candidatura é "só mais para frente". "Quando chegar o momento, vamos discutir 2022, se vai ter candidato de uma frente ampla ou do PT", afirma. Apesar do futuro incerto, Lula afirma que, assim que for vacinado, irá voltar a percorrer o Brasil e construir alianças. "Precisamos recuperar relações internacionais para o País crescer, empresários confiarem e retomarmos investimentos".

Segundo Lula, ele está "convencido que aliança política será possível; por isso, temos que ter paciência". "Quando chegar momento de decidir, veremos se vai ser possível construir alianças fora da esquerda", aponta. "Você pode construir programa que envolva setores conservadores, por exemplo vacina e auxílio emergencial". Para Lula, a "única coisa que eu penso é que Flávio Dino, Boulos e dirigentes sindicais andem este País". "Em 2002, com José Alencar como meu vice, foi 1ª vez que fizemos aliança entre o capital e o trabalho".

Em sua visão, o apoio a favor de Ciro Gomes em 2022 ainda é incerto. "Se Ciro Gomes continuar com grosserias, não vai ter apoio da esquerda nem confiança da direita", comenta. Ainda, Lula disse não ter certeza sobre o atual governador de São Paulo, João Doria. "Temos um candidato do PSDB, vamos desenterrar aquele Doria?", questionou.

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O Departamento do Tesouro americano confirmou nesta quarta-feira, 30, a assinatura de um acordo para estabelecer o Fundo de Investimento para a Reconstrução da Ucrânia.

"Esta parceria econômica posiciona nossos dois países para trabalhar em colaboração e investir juntos para garantir que nossos ativos, talentos e capacidades mútuos possam acelerar a recuperação econômica da Ucrânia", diz o comunicado do departamento americano.

"Como disse o Presidente, os Estados Unidos estão comprometidos em ajudar a facilitar o fim desta guerra cruel e sem sentido. Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o Governo Trump está comprometido com um processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo", afirma o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, no comunicado.

"E para deixar claro, nenhum Estado ou pessoa que financiou ou forneceu a máquina de guerra russa poderá se beneficiar da reconstrução da Ucrânia", pontua Bessent.

O Tesouro disse que tanto os Estados Unidos quanto o governo da Ucrânia estão ansiosos para operacionalizar rapidamente a parceria econômica histórica para os povos ucraniano e americano.

O acordo concederá aos EUA acesso privilegiado a novos projetos de investimento para desenvolver os recursos naturais ucranianos, incluindo alumínio, grafite, petróleo e gás natural, segundo informou a Bloomberg.

Acordo ocorre após semanas de negociações e tensões entre Washington e Kiev. Em 28 de fevereiro, o presidente e vice-presidente dos EUA, Donald Trump e JD Vance, discutiram, publicamente e em tom muito duro, com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em uma transmissão ao vivo do Salão Oval da Casa Branca. O encontro frustrou a expectativa de assinatura de um acordo na ocasião. Após a discussão, o presidente ucraniano deixou o local.

No último fim de semana, em encontro paralelo ao funeral do papa Francisco, em Roma, Trump e Zelensky tiveram uma reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 30, que o chefe do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), Elon Musk, "pode ficar o quanto quiser no governo" e que ele "tem ajudado o país de maneira tremenda, mas quer voltar para casa, para seus carros" na Tesla.

As declarações foram feitas durante uma reunião de gabinete com a equipe do governo republicano.

Trump também afirmou que Musk tem feito "sacrifícios" pelo país e voltou a agradecer ao CEO da Tesla. "Esse cara tem sido tratado de maneira muito maldosa ultimamente. Mas saiba que os americanos estão do seu lado", declarou.

Musk, por sua vez, agradeceu a Trump, mas não comentou se continuará à frente do Doge.

O Paquistão afirmou nesta quarta-feira, 30, que possui "informações confiáveis" de que a Índia planeja realizar um ataque militar no país nas próximas 24 a 36 horas "sob o pretexto de alegações infundadas e inventadas de envolvimento" e prometeu responder "com muita veemência".

Não houve comentários imediatos de autoridades indianas, mas representantes do governo da Índia disseram que o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, "deu total liberdade operacional às forças armadas para decidir sobre o modo, os alvos e o momento da resposta da Índia ao massacre de Pahalgam".

A tensões entre Índia e Paquistão têm aumentado, após um ataque mortal a turistas na Caxemira - região que é dividida entre Índia e Paquistão e reivindicada por ambos em sua totalidade - na semana passada. O lado indiano busca punir o Paquistão e acusa-o de apoiar o ataque em Pahalgam, o que o lado paquistanês nega.