Prioridade é regulação do negócio das redes sociais, e não regulação da tecnologia, diz AGU

Política
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O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, defendeu nesta quarta-feira, 25, que a regulação do negócio das plataformas de redes sociais sejam colocadas como prioridade, e não a regulação da tecnologia. O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na tarde desta quarta o julgamento sobre a responsabilização de provedores e redes sociais por publicações de usuários.

"A tecnologia é dinâmica, ela está colocada à disposição da sociedade para diversas aplicações. A grande virada nessa discussão é a regulação do negócio, porque o negócio possui interesse econômico, o negócio possui interesse de obtenção de lucro. E a partir disso, ele pode adotar estratégias de maximização do seu resultado, a despeito de preceitos éticos, de resguardos dos interesses de populações vulneráveis e de estímulo, a partir dessa perspectiva, a práticas ilícitas e, às vezes, até criminosas", explicou Messias.

"Portanto, a regulação do negócio precisa ser colocada como prioridade, porque a tecnologia em si não é necessariamente negativa, ela pode ser muitas vezes até positiva. A grande questão é o interesse econômico por trás do negócio levar, evidentemente, à ausência de proteção a interesses constitucionais que devem ser protegidos."

Ele declarou ainda que a liberdade de expressão é garantida pela Constituição, sendo defendida também pelo governo, que se opõe apenas ao uso da desinformação para fins ilícitos.

"O grande ponto é o uso da desinformação para obter vantagem indevida, o uso da desinformação para cometimento de crimes, o uso da desinformação para levar crianças e adolescentes e idosos a situações de exposição e vulnerabilidade. Então nós temos de falar com a sociedade que essas questões é que precisam de proteção. A liberdade de expressão, as pessoas precisam ser responsabilizadas na medida de sua responsabilidade. E da mesma forma que as pessoas falam de forma presencial e podem ser responsabilizadas de forma presencial, elas também podem ser responsabilizadas com uso de plataformas sociais", declarou.

Messias participou do evento Global Fact, dedicado a debater verificação de fatos e combate à desinformação, sediado pela FGV Comunicação, no Rio de Janeiro, com o apoio das iniciativas jornalísticas Estadão Verifica, Aos Fatos, Lupa e UOL Confere.

"A grande questão é: é lícito utilizar técnicas de impulsionamento, manipulação algorítmica para favorecer conteúdos ilícitos, para favorecer conteúdos que prejudiquem crianças e adolescentes, para fazer com que nossos idosos sejam vítimas de golpes na internet? Eu acho que essa é uma discussão de segurança pública", disse ele a jornalistas, após participação no evento.

Para ele, a AGU vê necessidade de uma decisão urgente sobre o tema no STF, uma vez que há práticas de violação de direitos sendo perpetradas através da tecnologia em benefício dos negócios. Segundo ele, eventuais ações da AGU contra plataformas se dão em casos concretos, em que há condições de demonstrar a violação de direitos.

"Já levamos algumas ações ao conhecimento judiciário pedindo tutela e outras serão levadas caso seja necessário", afirmou. "Todas as plataformas que pratiquem ilícito ou que favoreçam práticas de ilícito estão na mira do Estado."

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Em comunicado conjunto, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia (UE) propuseram aprofundar a cooperação em energia renovável, segurança alimentar, inovação tecnológica, intercâmbios culturais e outros campos.

O comunicado também reafirma que ambos os lados aderem aos princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas, especialmente a igualdade soberana dos Estados, o respeito pela integridade territorial e independência política, a não interferência nos assuntos internos de outros países e a resolução pacífica de disputas.

"O Roteiro avançará nossos compromissos compartilhados e acelerará a cooperação em ação climática e proteção ambiental, transição energética e interconexões regionais, impulsionando o comércio e os fluxos econômicos e a resiliência, além de aprofundar nossos esforços conjuntos para combater o crime organizado transnacional", pontuou o documento.

A Cúpula Celac-UE aconteceu entre domingo e hoje, em Santa Marta, na Colômbia.

Nicolas Sarkozy foi libertado da prisão nesta segunda-feira, 10, após um tribunal de apelações de Paris conceder ao ex-presidente francês liberdade condicional sob supervisão judicial , menos de três semanas depois de ter começado a cumprir uma pena de cinco anos por conspiração criminosa em um esquema para financiar sua campanha eleitoral de 2007 com fundos da Líbia.

Sarkozy, de 70 anos, saiu da prisão de La Santé de carro e logo em seguida entrou rapidamente em sua casa, na zona oeste de Paris. A breve cena contrastou com sua prisão pública, 20 dias antes, quando caminhou de mãos dadas com sua esposa, a ex-supermodelo Carla Bruni-Sarkozy, por um beco perto de sua casa, acenando para seus simpatizantes.

O ex-presidente, que nega qualquer irregularidade, está proibido de deixar o território francês e de entrar em contato com algumas pessoas, incluindo réus e testemunhas no caso, afirmou o tribunal.

Espera-se que o julgamento do recurso ocorra posteriormente, possivelmente na primavera.

*Com informações da Associated Press.

Os senadores iniciaram o debate sobre um projeto de lei para reabrir o governo, uma etapa que pode desencadear uma provável aprovação no início da noite de segunda-feira, 10.

Os líderes da Comissão de Orçamento do Senado iniciaram o debate. A senadora republicana Susan Collins afirmou que o projeto de lei inclui o pagamento retroativo e proteções essenciais para os servidores federais.

"Isso fará uma enorme diferença para esses funcionários federais que trabalharam tanto para servir o povo de nossa nação", disse Collins, que preside o comitê.

A senadora Patty Murray, principal parlamentar democrata da comissão, afirmou que a aprovação do projeto de lei não impedirá a luta de seu partido para estender os créditos tributários que tornam a cobertura de seguro saúde mais acessível para milhões de americanos. Os democratas têm buscado a extensão dos créditos tributários como condição para votar a favor de um projeto de lei de financiamento.

"Eu e muitos de nós não temos a menor intenção de deixar os republicanos impunes", disse Murray.

*Com informação da Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.