Bolsonaro cita eleição de 2026 para criticar julgamento das big techs no STF

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou querer um Senado forte para "reequilibrar os poderes", criticou o julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre o Marco Civil da Internet e disse que o episódio da facada em 2018 "acabou colaborando" para sua eleição. As declarações foram dadas durante entrevista ao canal do YouTube AuriVerde Brasil, nesta quarta-feira, 25.

 

Segundo ele, o foco da Justiça é diminuir o impacto de quem usa as redes para se comunicar. "Como é que a gente pode esperar uma campanha para 2026 com uma rede social censurada?", perguntou.

 

O Supremo retoma nesta quarta-feira, 25, às 14h, o julgamento sobre a responsabilização de provedores e redes sociais por publicações de usuários.

 

Bolsonaro relembrou a campanha eleitoral de 2018, em que contou com o apoio de seu filho 02, Carlos Bolsonaro (PL), que atuou como marqueteiro. "Ele trabalhou bastante do meu lado, a gente fazia live lá de casa, que naquele tempo era Facebook, e na reta final eu tinha em média 400 mil pessoas me assistindo, e foi um diferencial", afirmou.

 

Segundo ele, a facada sofrida por ele em Juiz de Fora (MG), durante a campanha presidencial, também contribuiu para a sua eleição. "Aquela facada que não foi perfeita [...] acabou colaborando para a eleição nossa", afirmou.

 

Ele voltou a criticar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusando-o de não ter "tomado providências" sobre os acampamentos golpistas que culminaram nos ataques de 8 de janeiro.

 

"Enquanto eu estava na frente dos quartéis, eu como presidente, não tivemos problema nenhum. Zero problema. Agora, quando eu deixei a presidência, o Lula poderia, né, ter tomado providência para os pequenos acampamentos deixarem de existir, não fez? Porque no meu entender, ele tinha um propósito, e esse propósito se concretizou no domingo, dia 8 de janeiro. Ou seja, ninguém dá golpe no domingo", disse.

 

Segundo o ex-presidente, se ele tivesse interesse de dar um golpe "teria dado em 2022, e não depois de entregar o governo".

 

Bolsonaro aproveitou também para convocar seus apoiadores a participarem da manifestação que será realizada no próximo domingo, 29, na Avenida Paulista, cujo mote será "justiça, liberdade e anistia". Para ele, uma "solução de imediato não vai acontecer", já que a anistia é "um ato político e privativo do Congresso Nacional".

 

Ele também voltou a defender a narrativa de que os processos que envolvem ele e seus filhos Eduardo Bolsonaro (PL) e Carlos Bolsonaro são uma tentativa de retirá-los da disputa eleitoral do próximo ano.

 

"Estão demonstrando que essas pessoas com potencial para o Senado vão ter problemas com a Justiça. Isso também é negação à democracia. Eu nunca falei que queremos um Senado forte para qualquer outra medida de força. Eu quero um Senado forte para reequilibrar os poderes", afirmou.

 

"Você pode ver as pesquisas. Eu sempre boto um pé atrás e estou fazendo a pesquisa. Mas aí tem as pesquisas. Eu sou o mais competitivo e derroto o Lula. Depois vêm os outros nomes ali para baixo. Então, tirar gente do páreo por intermédio de inelegibilidades ou condenações absurdas é ser conhecido como lawfare", disse.

 

A principal estratégia do ex-presidente é eleger um número relevante de senadores para pleitear o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. Para ele, ter maioria na Câmara e no Senado pode oferecer "poderes absolutos".

 

Segundo ele, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, o incumbiu de decidir quais seriam os candidatos ao Senado Federal, enquanto os cargos de deputado federal, estadual e governadores ficarão sob responsabilidade dos presidentes dos diretórios estaduais e do próximo Valdemar.

 

"Das 54 vagas [do Senado] nós vamos fazer juntamente com outros partidos de centro e centro-direita, pelo menos 40 vagas. Somando o pessoal da legislatura anterior, a gente vai ter uns 55, 56 senadores que realmente estejam comprometidos com o futuro do Brasil no lado do Senado Federal, isso é uma grande jogada", afirmou.

 

Um levantamento do Estadão/Broadcast mostrou que o presidente Lula terá de garantir uma taxa maior de vitória caso queira sair de 2026 com maioria no Senado, em meio às estratégias da direita para ampliar espaço. Segundo a contagem, 52% das vagas em disputa pertencem a senadores considerados fiéis ao governo, contra 28% da oposição.

 

O ex-presidente afirmou ainda que o partido não deverá lançar candidato apenas para marcar posição nas eleições. A solução para ampliar o espaço em estados onde tem menor força será costurar

 

"Tem estados, por exemplo, que não temos condições de lançar um governador. Então, vamos tentar uma vice. Não vamos lançar um candidato só para marcar posição, não interessa. Quanto ao Senado, em alguns estados nós não temos como chegar lá, então vamos pegar aí o União Brasil, o PP, o PSD, o PR que tem conversado conosco", explicou.

 

"A gente não vai lançar por exemplo, dois candidatos em cada estado, vamos lançar um e em alguns poucos estados vamos lançar dois, mas em outros estados não vamos lançar nenhum, vamos brigar por uma primeira suplência para nós, ou seja, deu tudo para nos fortalecer o ano que vem", disse

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O ministro da Defesa da China, Dong Jun, condenou a hegemonia e a intimidação estrangeiras durante uma reunião com seu homólogo iraniano na quarta-feira, 25, embora Pequim tenha dado poucos sinais de que estaria disposta a fazer mais para ajudar Teerã caso o conflito com Israel volte a se intensificar.

A China recebeu nesta semana os chefes da Defesa do Irã e da Rússia na cidade portuária de Qingdao, como parte dos encontros da Organização para Cooperação de Xangai. O ministro da Defesa do Irã, Amir Nasirzadeh, disse a Jun que espera que a China desempenhe um papel maior na redução das tensões regionais e na manutenção do atual cessar-fogo, segundo a agência estatal Xinhua.

Teerã e Pequim são parceiros próximos e, embora a China tenha criticado duramente o ataque dos EUA ao Irã, Pequim tem mostrado pouco apetite para se envolver diretamente no conflito. Questionado nesta quinta-feira (26) sobre se a China estaria disposta a oferecer mais ajuda a Teerã, um porta-voz do ministério da Defesa chinês evitou se comprometer.

"A China está disposta a trabalhar com todas as partes para desempenhar um papel construtivo na preservação da paz e da estabilidade no Oriente Médio", disse o porta-voz em uma coletiva de imprensa. Fonte: Dow Jones Newswires*.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Um barco afundado do século XVIII foi descoberto por acaso perto das majestosas muralhas de pedra da cidade medieval de Dubrovnik, na Croácia.

Ivan Bukelic estava trabalhando em uma tubulação de água no antigo porto de Dubrovnik em abril, quando encontrou uma estrutura de madeira enterrada no fundo do mar.

A embarcação estava a cerca de 60-80 centímetros abaixo do fundo do mar, segundo Bukelic, que é mergulhador e construtor submarino.

'Game of Thrones'

Um importante porto comercial no Mar Adriático na época medieval, Dubrovnik foi declarado patrimônio histórico protegido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Atrai grandes multidões de turistas, especialmente durante o verão, e também é conhecida como local de filmagem da série Game of Thrones da HBO.

Os restos do barco no antigo porto de Dubrovnik foram protegidos para exames adicionais.

"Ainda não podemos falar sobre o tipo de embarcação ou suas dimensões, mas podemos dizer com certeza, com base nos resultados da análise de radiocarbono, que ela era do final do século XVIII", disse a arqueóloga marinha Irena Radic Rossi.

Rossi disse que o objetivo é continuar com a pesquisa em cooperação com o Ministério da Cultura da Croácia: "precisamos protegê-lo para o futuro".

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

Um ônibus de dois andares que transportava alunos do ensino médio caiu em um rio na cidade de Eastleigh, perto da costa sul da Inglaterra, nesta quinta-feira, 26. O motorista e dois passageiros precisaram ser hospitalizados e mais de 12 pessoas tiveram ferimentos leves, de acordo com as autoridades.

O ônibus transportava alunos da Barton Peveril Sixth Form College, uma escola para jovens de 16 a 18 anos. A causa do acidente está sendo investigada.

"Relatórios sugerem que o ônibus saiu da rodovia e caiu em um rio raso", disse Richard Tyldsley, gerente geral da Bluestar Bus, empresa responsável pelo ônibus. "Nosso motorista e pelo menos dois dos passageiros confirmaram ferimentos, e estamos aguardando mais atualizações sobre o status dos outros a bordo."

Todos os 19 passageiros a bordo saíram do ônibus e cerca de 14 foram atendidos no local por paramédicos, disse um porta-voz do Serviço de Ambulância da Região Centro-Sul.

Dois helicópteros, cinco ambulâncias e equipes de bombeiros foram até o local do acidente.

A empresa de ônibus não sabia imediatamente as circunstâncias do ocorrido, mas estava buscando informações e cooperando com a polícia na investigação do incidente. (Com informações da Associated Press).

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.