Éder Mauro e Dr. Daniel empatam na disputa pelo governo do Pará, aponta Paraná Pesquisas

Política
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O deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA) aparece empatado com o prefeito de Ananindeua (PA), Dr. Daniel (PSB-PA) nas eleições para governador do Pará, conforme divulgado pelo Instituto Paraná Pesquisas nesta quinta-feira, 26. O deputado do PL tem 30,5% das intenções de voto contra 29,1% do prefeito, configurando um empate técnico dentro da margem de erro de 2,5 pontos pOrcentuais da pesquisa.

Neste mesmo cenário estimulado, ou seja, quando os nomes dos candidatos são apresentados previamente aos entrevistados, a vice-governadora do Pará, Hana Ghassan (MDB-PA) aparece em terceiro lugar, com 15,4% das intenções de voto. Em seguida estão o ex-deputado federal Paulo Rocha (PT), com 6,7%; Cleber Rabelo (PSTU) com 3,6% e o dirigente do PSOL Fernando Carneiro com 0,8%. Os que disseram votar em branco ou nulo são 9,3%, enquanto 4,5% não souberam ou não responderam.

Já em um segundo cenário estimulado, Dr. Daniel foi testado contra Hana Ghassan e saiu em vantagem, com 34,2% das intenções de voto contra 17,1% da vice-governadora. Em seguida estão o deputado federal Joaquim Passarinho (PL) com 10,7%; Paulo Rocha com 9,2%; Cleber Rabelo com 5,4% e Fernando Carneiro com 1,5%. Os eleitores que preferiram votar em branco ou nulo são 14,5%, enquanto 7,3% não souberam ou não quiseram responder.

Em um terceiro cenário, sem a presença de Joaquim Passarinho e incluindo o deputado estadual Rogério Barra (PL), este último obteve 7,6% das intenções de voto. Neste cenário, Dr. Daniel mantém a liderança com 35,3%; Hana Ghassan aparece em segundo lugar, com 17,6%; seguida por Paulo Rocha, com 9,4%. Cleber Rabelo e Fernando Carneiro receberam, respectivamente, 5,8% e 1,4% das intenções. Os votos em branco somam 15,8%, enquanto 35,3% dos eleitores preferiram não opinar.

Na pesquisa espontânea, em que os entrevistados são questionados em quem votariam, sem uma lista prévia de candidatos, o atual governador do Pará, Helder Barbalho levou a melhor com 15,7% das intenções de voto. Dr Daniel aparece com 7,6%, seguido de Hana Ghassan com 2,5% e o Delegado Éder Mauro, com 1,3%. Os que disseram votar em branco ou nulo são 6,5%, enquanto 64,9% não souberam ou não responderam.

Helder encerra em 2026 seu segundo mandato e, portanto, não poderá se candidatar novamente ao cargo de governador. No entanto, em uma pesquisa para o Senado Federal, o atual chefe do Executivo estadual do Pará lidera a disputa com 45,3% das intenções de voto, contra 40,1% de Éder Mauro. Em um cenário contra Zequinha Marinho (Podemos), o governador alcança 48% dos votos, enquanto o senador registra 25,2%.

Na avaliação dos paraenses, a gestão de Helder Barbalho à frente do governo do Pará obteve 66,3% de aprovação contra 30,3% de rejeição. Nesta pesquisa, 3,4% não soube ou não quis opinar.

O levantamento do Instituto Paraná Pesquisas foi realizada através de entrevistas pessoais com 1.542 eleitores em 60 municípios paraenses entre os dias 21 e 24 de junho de 2025. Tal amostra confere a pesquisa um grau de confiança de 95% para uma margem estimada de erro de aproximadamente 2,5 pontos porcentuais para os resultados gerais.

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A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo neste domingo, 9. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso do presidente dos EUA, Donald Trump, para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. A fala distorcida de Trump foi exibida no programa Panorama de 3 de novembro de 2024, a uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos.

Em sua rede social, a Truth Social, Donald Trump celebrou a demissão de quem chamou de "jornalistas corruptos". "Essas são pessoas muito desonestas que tentaram manipular as eleições presidenciais. Para piorar, vêm de um país estrangeiro, um que muitos consideram nosso principal aliado. Que terrível para a democracia!", postou.

A ministra britânica da Cultura, Lisa Nandy, havia classificado horas antes como "extremamente grave" a acusação contra a BBC por apresentar declarações de Trump de maneira enganosa.

"É um dia triste para a BBC. Tim foi um excelente diretor-geral durante os últimos cinco anos", afirmou o presidente da Corporação Britânica de Radiodifusão, Samir Shah, em comunicado. Ele acrescentou que Davie enfrentava "pressão constante (...) que o levou a tomar a decisão" de renunciar.

Colagem de trechos separados levou a versão distorcida do discurso

O caso, revelado na terça-feira, 4, baseia-se em um documentário exibido uma semana antes das eleições presidenciais dos EUA de 2024. A BBC é acusada de ter montado trechos separados de um discurso de Trump de 6 de janeiro de 2021 de forma que parece indicar que ele teria dito a seus apoiadores que marchariam com ele até o Capitólio para "lutar como demônios".

Na versão completa, o então presidente republicano - já derrotado nas urnas pelo democrata Joe Biden - diz: "Vamos marchar até o Capitólio e vamos incentivar nossos valentes senadores e representantes no Congresso."

A expressão "lutar como demônios" corresponde, na verdade, a outro momento do discurso.

Em carta enviada ao conselho da BBC e publicada no site, a CEO de notícias disse que a polêmica em torno do programa Panorama sobre o presidente Trump chegou a um ponto em que está prejudicando a BBC - uma instituição que ela adora.

Já Tim Davie, diretor-geral, disse que abdicou ao cargo após intensas exigências pessoais e profissionais de gerir o posto ao longo de muitos anos nestes "tempos turbulentos".

Um dia antes do início oficial da COP30 em Belém, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em sua rede social, a Truth Social, nesta domingo, 9, uma mensagem dizendo que a Amazônia foi destruída para a construção de uma estrada.

"Eles destruíram a floresta amazônica no Brasil para a construção de uma rodovia de quatro faixas para que ambientalistas pudessem viajar", escreveu Trump na mensagem, ressaltando que o caso "se tornou um grande escândalo".

Junto com a mensagem, Trump postou um vídeo de quatro minutos da Fox News, com uma reportagem do enviado da emissora a Belém para cobrir a COP30.

Na reportagem, o editor Marc Morano diz, com uma imagem de Belém ao fundo, que mais de 100 mil árvores foram cortadas na Amazônia para construir a estrada e mostrar como o "governo brasileiro está cuidando da floresta tropical".

Ainda na reportagem postada por Trump, o jornalista destaca que pela primeira vez não há uma delegação oficial dos Estados Unidos em uma conferência das Nações Unidas sobre o clima desde 1992. Mesmo países europeus estão deixando esses compromissos de lado, ressalta o jornalista.

A reportagem fala ainda da queda das vendas de carros elétricos e de demissões em fábricas nos Estados Unidos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.