Bolsonaro comenta julgamento no STF: 'o que vier a acontecer, suportaremos'

Política
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Jair Bolsonaro (PL) participou de eventos políticos em Belo Horizonte (MG) nesta quinta-feira, 26. No diretório do PL no Estado, o ex-presidente citou os processos que enfrenta e afirmou que "teremos um julgamento político pela frente. Acredito em Deus, o que vier a acontecer... Nós suportaremos". O ex-presidente é réu em processo por tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF).

"Fizeram de tudo na minha vida, reviraram tudo...", declara o ex-presidente. Bolsonaro cita investigações e processos aos quais ele foi alvo, como o caso do desvio das joias, a multa ambiental por ter importunado uma baleia jubarte e outros.

"Fui acusado por cinco anos de ser mentor da morte de Marielle Franco. Foram atrás de mim até na questão da baleia, na questão dos presentes, vacinas e imóveis comprados no Vale do Ribeira, região mais pobre do Estado de São Paulo. [...] Agora, essa falsa tentativa de golpe, onde ninguém consegue comprovar nada disso".

O político ainda agradeceu as doações de R$ 17 milhões recebidas via Pix. "Se não fosse isso, não conseguiria ter uma boa defesa nestes processos", ele explica. O ex-presidente disse que os valores o deram uma "sobrevida", permitindo que recorresse.

Bolsonaro termina a sua fala afirmando que "estamos juntos em 2026", dando a entender que participará da corrida eleitoral, e convidando os presentes para o ato que participará na Avenida Paulista no próximo domingo, 28. O político, no entanto, inelegível até 2030 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Apesar de estar com problemas estomacais e soluço persistente, o ex-presidente optou por manter a sua viagem para Minas Gerais nesta quinta-feira e por reafirmar presença no ato evangélico no domingo.

A agenda o coloca em exposição como possível candidato da Direita, enquanto o político atrasa o apoio para um nome viável e dá oportunidades para que Bolsonaro conteste as acusações e processos que enfrenta.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou há pouco que "foi uma honra" receber Ahmed Hussein al-Sharaa, o novo presidente da Síria, na Casa Branca nesta segunda-feira, 10.

Trump disse que ambos discutiram todas as complexidades da paz no Oriente Médio, da qual, segundo ele, al-Sharaa é um grande defensor.

"Estou ansioso para nos encontrarmos e conversarmos novamente. Todos estão falando sobre o Grande Milagre que está ocorrendo no Oriente Médio. Ter uma Síria estável e bem-sucedida é muito importante para todos os países da região", escreveu o republicano na Truth Social.

Em comunicado conjunto, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia (UE) propuseram aprofundar a cooperação em energia renovável, segurança alimentar, inovação tecnológica, intercâmbios culturais e outros campos.

O comunicado também reafirma que ambos os lados aderem aos princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas, especialmente a igualdade soberana dos Estados, o respeito pela integridade territorial e independência política, a não interferência nos assuntos internos de outros países e a resolução pacífica de disputas.

"O Roteiro avançará nossos compromissos compartilhados e acelerará a cooperação em ação climática e proteção ambiental, transição energética e interconexões regionais, impulsionando o comércio e os fluxos econômicos e a resiliência, além de aprofundar nossos esforços conjuntos para combater o crime organizado transnacional", pontuou o documento.

A Cúpula Celac-UE aconteceu entre domingo e hoje, em Santa Marta, na Colômbia.

Nicolas Sarkozy foi libertado da prisão nesta segunda-feira, 10, após um tribunal de apelações de Paris conceder ao ex-presidente francês liberdade condicional sob supervisão judicial , menos de três semanas depois de ter começado a cumprir uma pena de cinco anos por conspiração criminosa em um esquema para financiar sua campanha eleitoral de 2007 com fundos da Líbia.

Sarkozy, de 70 anos, saiu da prisão de La Santé de carro e logo em seguida entrou rapidamente em sua casa, na zona oeste de Paris. A breve cena contrastou com sua prisão pública, 20 dias antes, quando caminhou de mãos dadas com sua esposa, a ex-supermodelo Carla Bruni-Sarkozy, por um beco perto de sua casa, acenando para seus simpatizantes.

O ex-presidente, que nega qualquer irregularidade, está proibido de deixar o território francês e de entrar em contato com algumas pessoas, incluindo réus e testemunhas no caso, afirmou o tribunal.

Espera-se que o julgamento do recurso ocorra posteriormente, possivelmente na primavera.

*Com informações da Associated Press.