Bolsonaro agradece doações de R$ 17 milhões por Pix de apoiadores em 2023

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O ex-presidente Jair Bolsonaro visitou Belo Horizonte (MG), nesta quinta-feira, 26. Durante evento do Partido Liberal (PL) na capital mineira, Bolsonaro agradeceu pelos R$ 17 milhões em doações que recebeu via Pix de seus apoiadores, em 2023.

"Se não fosse isso, não teria como ter uma boa defesa em meus processos", disse o ex-presidente. A campanha de doações lançada por seus apoiadores tinha o objetivo de pagar as multas e as custas processuais da ação penal no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.

Dos R$ 17 milhões recebidos, Bolsonaro declarou que enviou cerca de R$ 2 milhões para seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que está desde o início do ano vivendo nos Estados Unidos, sob o discurso de que busca asilo político enquanto articula sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

"Lá fora, tudo é mais caro. Eu tenho dois netos, um de quatro e outro de um ano. Ele [Eduardo] está lá fora e eu não quero que ele passe dificuldades. É muito? É bastante dinheiro. Lá nos Estados Unidos pode ser nem tanto, dá uns US$ 350 mil, mas eu quero o bem-estar dele e graças a Deus eu tive como depositar esse dinheiro na conta dele", afirmou Bolsonaro, em coletiva de imprensa no dia 5 de junho.

Durante o evento do PL, nesta quinta, Bolsonaro também falou sobre o ataque aos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, alegando que "só não foi um golpe perfeito por parte da esquerda porque eu estava fora do Brasil, porque se estivesse no Brasil estaria preso ou morto hoje em dia". Nesta data, Bolsonaro estava em Orlando, na Flórida (EUA).

Embora não falem publicamente sobre o tema, aliados do ex-presidente e advogados que atuam na ação penal do 8 de janeiro estão cientes de que sua condenação pela participação na tentativa de tomada de poder é irreversível.

Bolsonaro viaja contrariando indicação médica

Em Belo Horizonte, Bolsonaro se encontra com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), com o deputado estadual mineiro Bruno Engler (PL), com o senador Cleitinho (Republicanos-MG) e outros aliados. O ex-presidente deve participar de três eventos na cidade e ainda integrar um ato evangélico na Avenida Paulista em 29 de junho, apesar da recomendação médica de descanso.

A viagem de Bolsonaro acontece apesar de contraindicação médica e da crise de soluço prolongada que aflige o ex-presidente. Desde 21 de junho, Bolsonaro reclama de soluçar, ele recebeu um possível diagnóstico de pneumonia viral.

Um dos filhos do ex-presidente, Carlos Bolsonaro afirmou que os enjoos, arrotos, soluços e problemas estomacais de seu pai são consequências diretas da facada sofrida em 2018.

Em outra categoria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, em publicação na Truth Social, que uma eventual decisão desfavorável da Suprema Corte sobre as tarifas de importação poderia gerar um impacto superior a US$ 3 trilhões.

Segundo Trump, o valor inclui investimentos já realizados, previstos e devoluções de recursos. "A Suprema Corte recebeu números errados. O 'desmonte', em caso de decisão negativa sobre as tarifas, seria superior a US$ 3 trilhões."

O presidente acrescentou que o país não teria como compensar uma perda dessa magnitude, classificando o cenário como um "evento de segurança nacional intransponível" e "devastador para o futuro" dos Estados Unidos.

Passageiros aéreos nos Estados Unidos devem enfrentar mais cancelamentos e atrasos nesta semana, mesmo que a paralisação do governo termine, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA). A agência está ampliando os cortes de voos em 40 dos principais aeroportos do país, em meio à escassez de controladores de tráfego aéreo não remunerados há mais de um mês.

O planejamento do órgão regulador é de aumentar a redução para 6% nesta terça; 11,% na quinta, 13; e, atingir os 10% na próxima sexta, 14. Na segunda-feira, 10, as companhias aéreas cancelaram mais de 2,3 mil voos, e outros mil previstos para hoje já estavam suspensos.

O presidente norte-americano Donald Trump usou as redes sociais para pressionar os controladores a "voltarem ao trabalho agora", prometendo um bônus de US$ 10 mil aos que permaneceram em serviço e sugerindo cortar o pagamento dos que faltaram. As declarações foram criticadas por parlamentares democratas, que afirmaram que os profissionais merecem apoio, e não ameaças. O sindicato da categoria acusou o governo de usar os controladores como "peões políticos" na disputa orçamentária.

Embora o Senado tenha aprovado uma proposta para reabrir o governo, a medida ainda precisa ser votada pela Câmara. O secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmou que os cortes de voos continuarão até que os níveis de pessoal se estabilizem. (Com informações da Associated Press)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu não saber de onde virão os recursos para bancar os bônus de US$ 10 mil prometidos a controladores de voo que permaneceram trabalhando durante a paralisação do governo federal. A declaração foi feita nesta segunda-feira, 10.

No mesmo dia, o Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei para encerrar a paralisação governamental mais longa da história do país, que chegou a 41 dias. "Não sei. Vou conseguir de algum lugar. Sempre consigo dinheiro de algum lugar. Não importa", afirmou Trump em entrevista à apresentadora Laura Ingraham, da Fox News.

Mais cedo, o presidente havia proposto o pagamento dos bônus como forma de reconhecer os profissionais que não faltaram ao trabalho, mesmo sem receber salários há mais de um mês. A paralisação levou a Administração Federal de Aviação (FAA) a reduzir o tráfego aéreo em 40 dos principais mercados do país.

Trump já havia redirecionado recursos de pesquisa e desenvolvimento do Pentágono para garantir o pagamento de salários de militares durante a paralisação. (Com informações da Associated Press)