Tarcísio lidera corrida por reeleição; Nunes e Derrite têm melhor desempenho sem governador

Política
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), lidera todos os cenários eleitorais na disputa pelo governo estadual em 2026, independentemente se o adversário for o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB-SP), o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB-SP), ou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), aponta levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira, 9.

No cenário sem Tarcísio, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), lidera contra França, enquanto o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP-SP) empata tecnicamente com o ministro.

Tarcísio tem 44,6% das intenções de voto contra 20,6% de Alckmin. A deputada federal Erika Hilton (PSOL) registrou 9,6%, seguida do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), com 5,3%, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), com 4,4%, do ex-prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), com 3,9% e do cientista político Felipe D'Ávila (Novo) que tem 1,3%. Indecisos são 3,9% e brancos e nulos, 6,4%.

Com França no lugar de Alckmin, Tarcísio vai a 47,3% e o ministro do Empreendedorismo fica com 12,3% e empata tecnicamente com Hilton, que tem 11,1%.

Tarcísio tem 46,8% no cenário em que o candidato da esquerda é Haddad. O petista registrou 17,2% dos votos, seguido da deputada psolista, que neste caso fica tem 9,3%. Todos os dados são da pesquisa estimulada.

O Paraná Pesquisas entrevistou 1.680 eleitores em 84 municípios entre os dias 4 e 8 de julho. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Tarcísio é cotado para disputar a Presidência da República apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A pesquisa testou o desempenho de nomes que podem ter o apoio do governador para substituí-lo no Palácio dos Bandeirantes.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tem 29,9% das intenções de voto. Márcio França, com 14,2%, e Erika Hilton, com 11,8%, empatam no segundo lugar. Manga tem 8,8%, Padilha 6,5%, Serra 4,9% e D'Avila, 2,9%. Indecisos são 6,8% e brancos e nulos somam 14,3%.

Em outro cenário, França alcança 18%, mas empata na margem de erro com Guilherme Derrite, que tem 16,1%. O secretário estadual, por sua vez, também está tecnicamente empatado com Erika Hilton, com 12,3%.

As demais opções para substituir Tarcísio ficam no segundo pelotão quando testados. O secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), tem 9,2%, atrás de França (17,9%), Hilton (12,3%) e Manga (11,9%).

Atual vice-governador e futuro chefe do Executivo paulista caso Tarcísio se desincompatibilize em abril do ano que vem, Felício Ramuth (PSD) teria 4,7% dos votos, à frente numericamente apenas de D'Avila, com 3,3%. Neste cenário, Márcio França lidera com 19,7%.

O desempenho de Ramuth é similar ao do presidente da Assembleia Legislativa, André do Prado (PL-SP), que tem 4,9%. Ele também está a frente apenas do candidato do Novo (3,6%). França lidera novamente, com 19,4%.

Segundo turno

O Paraná Pesquisas testou cenários de segundo turno. Tarcísio ganharia de Márcio França por 61,6% a 24,3%. Brancos e nulos são 9,2% e indecisos, 4,8%.

O governador vence Alckmin por 56,4% a 33,3%, com 6,5% de brancos e nulos e 3,9% de indecisos. O instituto não testou cenário contra Haddad.

Nunes, por sua vez, ganha de França por 48,8% a 27,9%, e empata na margem de erro com Alckmin por 42,1% a 37,7%.

O ministro do Empreendedorismo tem 43,2% contra 27% de Derrite no segundo turno.

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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nesta segunda-feira, 10, que forças americanas realizaram bombardeios contra duas embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas no Oceano Pacífico. Seis pessoas morreram no ataque em águas internacionais, de acordo com Hegseth.

"Nossa inteligência sabia que essas embarcações estavam associadas ao contrabando de narcóticos ilícitos, transportavam narcóticos e transitavam por uma rota de narcotráfico conhecida", disse Hegseth em uma postagem na rede social X, que incluía um vídeo dos barcos sendo atingidos.

O secretário de Defesa acrescentou que os bombardeios ocorreram o domingo, 9. Desde setembro, os Estados Unidos explodiram 17 barcos na região e mais de 70 pessoas foram mortas. As operações fazem parte de uma estratégia do governo Trump de combate ao narcotráfico que se concentra no Mar do Caribe.

"Como já dissemos antes, os ataques a embarcações de narco-terroristas continuarão até queo envenenamento do povo americano pare", apontou Hegseth nas redes sociais. Ele afirmou que a embarcação era "operada por uma Organização Terrorista Designada".

Esclarecimentos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, justifica os ataques alegando que os Estados Unidos estão em "conflito armado" com os cartéis de drogas, mas o governo republicano não forneceu evidências ou mais detalhes. Hegseth e o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, tiveram uma reunião com um pequeno grupo de líderes congressistas na última quarta-feira, 5, sobre a crescente campanha militar, em um dos primeiros contatos de membros do gabinete de Trump com o Congresso americano sobre o tema.

Até agora, republicanos no Capitólio estão em silêncio ou expressando confiança na campanha militar. Já os democratas disseram que o Congresso precisa de mais informações sobre como os ataques são conduzidos e a justificativa legal para ações que críticos dizem violar a lei internacional e dos EUA ao matar supostos traficantes de drogas em águas internacionais.

Na última quinta-feira, 6, senadores republicanos votaram para rejeitar uma legislação que teria limitado a capacidade de Trump de lançar um ataque contra a Venezuela.

Crise na Venezuela

Nos últimos meses, os Estados Unidos reuniram um grande contingente de navios de guerra, caças e aeronaves de vigilância na costa da Venezuela, em meio a uma campanha militar de Washington contra o que afirma serem organizações criminosas transnacionais.

Washington acusa o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, de liderar o chamado Cartel de Soles, classificado como organização terrorista pelo governo Trump. Segundo os EUA, Maduro é o responsável pelo envio de drogas ao território americano.

Por conta das acusações e o caráter bélico das operações no Caribe, analistas questionam se Washington pode de fato querer uma mudança de regime em Caracas. Em outubro, Trump autorizou operações da CIA contra a Venezuela e disse que estava considerando realizar ataques em terra contra cartéis do tráfico de drogas no país. O líder republicano ainda não tomou uma decisão sobre uma intervenção, mas o Pentágono e agências de inteligência ofereceram três alternativas de ação ao presidente Donald Trump.

A primeira opção envolveria ataques aéreos contra instalações militares venezuelanas, algumas das quais poderiam estar envolvidas no tráfico de drogas, com o objetivo de minar o apoio militar a Maduro. Se Maduro acreditar que não está mais protegido, pode tentar fugir - ou, ao se deslocar pelo país, tornar-se mais vulnerável à captura, dizem as autoridades. Mas os críticos dessa abordagem alertam que ela poderia ter o efeito oposto, fortalecendo o apoio ao líder sitiado.

Uma segunda abordagem prevê o envio de forças de Operações Especiais dos Estados Unidos, como a Força Delta do Exército ou o SEAL Team 6 da Marinha (principal unidade de resgate de reféns e contraterrorismo), para tentar capturar ou matar Maduro.

Nessa opção, o governo Trump buscaria contornar as proibições contra o assassinato de líderes estrangeiros argumentando que Maduro é, antes de tudo, o chefe de uma quadrilha de narcoterroristas, uma extensão dos argumentos usados para justificar os ataques aéreos dos EUA contra embarcações que, segundo o governo, transportam drogas.

O Departamento de Estado oferece uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 270 milhões) pela prisão ou condenação de Maduro. O governo Trump também pode argumentar que, como Maduro reprimiu a oposição e trabalhou para fraudar as eleições, ele não é o líder legítimo do país. O governo de Joe Biden se recusou a reconhecê-lo como presidente da Venezuela depois que ele declarou vitória no ano passado.

Uma terceira opção envolve um plano muito mais complexo para enviar forças antiterroristas americanas a fim de assumir o controle de aeroportos e de pelo menos alguns dos campos de petróleo e infraestrutura da Venezuela. Essas duas últimas opções acarretam riscos muito maiores para militares americanos em terra - sem mencionar os civis -, especialmente se a operação ocorrer em ambiente urbano como Caracas, a capital do país. (Com informações de agências internacionais)

Um tribunal de apelações de Paris decidiu liberar o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy da prisão e colocá-lo sob supervisão judicial, em anúncio realizado nesta segunda-feira, 10. A ação acontece menos de três semanas após Sarkozy começar a cumprir uma sentença de cinco anos por conspiração criminosa em um esquema para financiar sua campanha eleitoral de 2007 com fundos da Líbia.

Segundo o tribunal, Sarkozy será proibido de deixar o território francês e um julgamento de apelação deve ocorrer posteriormente.

Ele se tornou o primeiro ex-chefe de Estado francês em tempos modernos a ser enviado para trás das grades após sua condenação em 25 de setembro, mas nega qualquer irregularidade.

Durante a audiência realizada nesta segunda-feira, Sarkozy, falando da prisão La Santé em Paris via videoconferência, argumentou que sempre cumpriu todos os requisitos da justiça.

"Eu nunca imaginei que experimentaria a prisão aos 70 anos. Esta provação me foi imposta, e eu a vivi. É difícil, muito difícil", disse ele. Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.