Gritos de 'rachadinha' e bate-boca marcam sessão da Câmara após tarifa de Trump

Política
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O tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil acirrou os ânimos na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 9. No plenário, parlamentares da base governista e da oposição trocaram acusações e protagonizaram bate-bocas em torno da tarifa de 50% imposta sobre produtos brasileiros.

Um dos momentos de maior tensão ocorreu durante o discurso do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). O parlamentar mineiro se envolveu em uma discussão com o deputado André Janones (Avante-MG), que acabou sendo empurrado, enquanto se ouviam gritos de "rachadinha", em alusão à suposta prática no gabinete do deputado.

"Não à rachadinha! Não à rachadinha!", entoaram deputados da oposição. Em resposta, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que o grupo bolsonarista representava uma "vergonha".

Como mostrou o Estadão, a taxa de 50% sobre os produtos brasileiros, impostos pelo governo Donald Trump, virou combustível no discurso de petistas contra bolsonaristas, que responsabilizam o ex-presidente e o filho dele Eduardo Bolsonaro pela medida.

Do lado oposto, a oposição coloca a culpa no Supremo Tribunal Federal e no presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo tarifaço.

Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) disse que o partido estuda formas de pedir a cassação do mandato de Eduardo, que está licenciado morando nos Estados Unidos, de onde diz mobilizar republicanos contra o que diz acreditar ser uma injustiça contra seu pai.

Trump anunciou a tarifa em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No documento, o americano informa que a taxa de 50% aos produtos brasileiros entrará em vigor a partir de 1º de agosto.

Entre suas justificativas, Trump citou a atuação do STF que, segundo ele, "censurou" plataformas americanas que atuam no País. Ele também criticou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

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Um ataque de drone ucraniano provocou incêndio em um depósito de petróleo na cidade russa de Sochi na região de Krasnodar, no Mar Negro, disse o governador da região, Veniamin Kondratyev, via Telegram.

O ataque atingiu um tanque de combustível e 127 bombeiros trabalhavam no local para conter as chamas. A Rosaviatsia, autoridade de aviação civil da Rússia, suspendeu temporariamente os voos no aeroporto de Sochi.

O Ministério da Defesa russo disse em relatório matinal diário no Telegram que suas unidades de defesa aérea destruíram 93 drones ucranianos durante a noite, 60 deles sobre as águas do Mar Negro.

Enquanto isso, um ataque de míssil russo destruiu casas e infraestrutura civil na cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia, segundo autoridades locais. Pelo menos sete civis ficaram feridos. Três pessoas foram encaminhadas ao hospital, segundo informou o Serviço de Emergência Estatal da Ucrânia.

A partir de 12 de outubro, turistas que entrarem em Portugal, Espanha, França, Itália ou outros 25 países na Europa podem não ter mais seus passaportes carimbados. Parte do continente vai substituir o tradicional selo por um sistema eletrônico.

O objetivo, segundo a União Europeia, é agilizar o controle de fronteiras e aumentar a segurança. O registro de entrada no país será feito por meio de dados biométricos, com reconhecimento facial e impressões digitais.

Sem acarretar custos extras ao viajante, a mudança será gradual e está prevista para ser concluída até abril de 2026.

Países europeus que vão trocar carimbo por sistema eletrônico:

Áustria

Bélgica

Bulgária

Croácia

República Tcheca

Dinamarca

Estônia

Finlândia

França

Alemanha

Grécia

Hungria

Islândia

Itália

Letônia

Liechtenstein

Lituânia

Luxemburgo

Malta

Holanda

Noruega

Polônia

Portugal

Romênia

Eslováquia

Eslovênia

Espanha

Suécia

Suíça

O Hamas condenou a visita do enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Steve Witkoff, a centros de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Segundo o grupo, a visita foi uma "peça teatral previamente preparada para enganar a opinião pública, embelezar a imagem da ocupação e conceder-lhe uma cobertura política".

A chamada Fundação Humanitária de Gaza, supervisionada por Israel e visitada por Witkoff, é descrita pelo Hamas como uma entidade "criada para completar os capítulos de assassinato e genocídio". Para o grupo, os EUA têm responsabilidade direta na crise humanitária. "O governo americano é um parceiro completo no crime de fome e genocídio que ocorre diante dos olhos e ouvidos do mundo inteiro", escreveu.

O Hamas ainda exigiu que Washington retire seu apoio a Israel, defendam um cessar-fogo e promovam a "retirada do exército de ocupação israelense e o levantamento do cerco injusto ao nosso povo". O grupo afirma que o atual alinhamento dos EUA às ações israelenses aprofundam a "catástrofe humanitária" e perpetuam o conflito na região.