Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprova moção de louvor a Trump

Política
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A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 9, uma moção de louvor e regozijo ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida foi aprovada antes de o governo dos EUA anunciar elevação das tarifas em relação aos produtos brasileiros.

 

Trump já tinha ganhado uma outra moção na semana passada, na Comissão de Segurança Pública, em razão do ataque ao Irã, e recebeu a maior honraria da Câmara em 2024,a a Medalha do Mérito Legislativo.

 

O pedido de aprovação da homenagem nesta quarta-feira, 9, é de autoria do deputado bolsonarista e líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), o mesmo que indicou Trump para receber a medalha em Brasília em 2024.

 

Dentre os argumentos que lista no requerimento aprovado pela Comissão de Relações Exteriores, Sóstenes diz que Trump "deve ser enaltecido e lembrado como um melhores presidentes do mundo e exemplo a ser seguido para a implementação e manutenção de uma democracia moderna e justa".

 

O requerimento de Sóstenes faz um histórico da vida de Trump, desde sua trajetória como empreendedor até chegar à atuação política, e cita ações do republicano na atual gestão à frente da presidência norte-americana.

 

"Em seus 100 dias de governo, o Presidente Trump: reduziu a inflação norte-americana, busca reduzir os preços da contas de energia; negocia a paz entre Rússia e Ucrânia; está implementando diversos cortes de impostos; protege os valores e princípios das famílias como pilares centrais de uma boa cidadania; criou o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), encarregado de reduzir a burocracia federal; e, dentre outras medidas, assinou o perdão dos envolvidos no incidente, de 06 de janeiro de 2021, no Capitólio dos EUA", cita o deputado no documento aprovado pelo colegiado.

 

Na semana passada, a Comissão de Segurança Pública aprovou uma moção de louvor a Trump e ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu "pela destruição do programa nuclear do Irã, em defesa da segurança global e da liberdade ocidental".

 

O requerimento é de autoria do deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB). "Esse voto de louvor ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, tem um valor simbólico para nós, porque mostra de que lado nós da Comissão de Segurança Pública, nós no Parlamento, nós no Brasil estamos", disse Sargento Fahur (PSD-PR) em sessão da semana passada.

 

No ano passado, o próprio Sóstenes indicou Trump (à época, presidente eleito dos EUA) para receber a maior honraria da Câmara, a Medalha do Mérito Legislativo. A cerimônia entregou o item para outros 34 homenageados. Trump não compareceu ao evento em Brasília.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco que a BBC alterou seu discurso de 6 de janeiro de 2021, dia da invasão ao Capitólio, e celebrou a demissão de "pessoas muito desonestas que tentaram influenciar uma eleição presidencial".

"As principais pessoas da BBC, incluindo TIM DAVIE, o CHEFE, estão todas se demitindo/DEMITIDAS, porque foram pegas 'alterando' meu excelente (PERFEITO!) discurso de 6 de janeiro. Além de tudo, eles são de um país estrangeiro, que muitos consideram nosso Aliado Número Um. Que coisa terrível para a Democracia!", escreveu o republicano na Truth Social.

A CEO de notícias da BBC, Deborah Turness, e o diretor-geral da emissora britânica, Tim Davie, renunciaram ao cargo nesta trade. A saída acontece após o jornal The Telegraph mostrar que a BBC havia editado enganosamente um discurso de Trump para dar a impressão de que ele havia incitado diretamente à violência nos atos de invasão ao Capitólio.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já embarcou de volta ao Brasil. A previsão é que Lula desembarque em Belém (PA) por volta das 19h30.

O presidente viajou a Santa Marta, na Colômbia, para participar da cúpula Celac-União Europeia neste domingo. O compromisso foi rápido. Lula chegou em Santa Marta por volta das 11h30, participou da reunião e já embarcou de volta a Belém.

Na segunda-feira, 10, ele participa da abertura oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que as consequências econômicas da prolongada paralisação do governo federal estão se intensificando, dizendo que a situação está ficando "cada vez pior", à medida que as interrupções se espalham por setores-chave e pressionam as finanças públicas.

"Vimos um impacto na economia desde o primeiro dia, mas está ficando cada vez pior. Tivemos uma economia fantástica sob o presidente Trump nos últimos dois trimestres, e agora há estimativas de que o crescimento econômico para este trimestre poderia ser reduzido pela metade se a paralisação continuar", disse ele em entrevista à ABC neste domingo.

De forma semelhante, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, pontuou hoje que o crescimento do quarto trimestre pode ser negativo se o shutdown se prolongar.

Hassett, falando ao programa "Face the Nation" da CBS, observou que a escassez de controladores de tráfego aéreo estava causando grandes atrasos nas viagens na preparação para o feriado de Ação de Graças. "Essa época é uma das mais movimentadas do ano para a economia... e se as pessoas não estiverem viajando nesse momento, então realmente poderíamos estar olhando para um trimestre negativo", acrescentou.