Tabata Amaral grava vídeo cobrando Tarcísio em tarifaço de Trump

Política
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) publicou um vídeo para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cobrando que o governante se posicione ao lado dos paulistas diante da guerra tarifária movida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Uma bomba atômica no Brasil e os Bolsonaros comemoram, mas deles eu não espero nada. Eu estou aqui para falar para o governador Tarcísio de Freitas, responsável pelo Estado brasileiro que mais exporta para os Estados Unidos. O governador Tarcísio está perdendo tempo, dando entrevista para dizer que a culpa das tarifas é do Lula", disse a deputada na gravação de três minutos, afirmando ainda não ser hora para "narrativas".

Trump impôs sobretarifa de 50% aos produtos brasileiros exportados aos EUA, alegando ser uma resposta à "perseguição" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em publicação nesta quarta, dia do anúncio da medida tributária, Tabata responsabilizou diretamente a ida do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) aos Estados Unidos, que se mudou em fevereiro para o país em busca de sanções contra autoridades brasileiras para livrar o pai da prisão, pela crise tarifária.

"Bolsonaro mandou o filho aos EUA pra chorar no colo do Trump. O resultado? Tarifa de 50% contra o Brasil. Vejam aonde foi parar o plano dos patriotas: sacrificar a economia nacional em nome da impunidade. A incoerência é gritante: dizem amar o País, mas não hesitam em prejudicá-lo para alimentar a narrativa de perseguição", escreveu a deputada.

Na gravação publicada na noite desta quinta, 10, Tabata voltou a falar da atuação de Eduardo nos Estados Unidos, pela qual é investigado pelo STF por buscar sanções contra autoridades do País, e sobre as respostas dos Poderes brasileiros frente à ameaça tributária.

A deputada apresentou dados com impactos de setores paulistas que serão atingidos caso a medida entre em vigor, em 1.º de agosto.

"Essa tarifa é uma chantagem, que faz o Brasil de refém. É uma vergonha que uma coisa dessa seja articulada por um ex-presidente da República. Não seja cúmplice. Esse vídeo não é um ataque. É um pedido de responsabilidade, de consciência, de autonomia. São Paulo precisa de um governador com autonomia, com liberdade para agir com firmeza quando os tempos exigem. Não baixa a cabeça, governador Tarciso. Haja. O futuro de milhares de paulistanos está sob a sua responsabilidade", concluiu a deputada.

Tarcísio tem recebido críticas por culpar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela taxação. O próprio presidente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad - que o chamou de "vassalo" -, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, são alguns dos governistas que têm apontado as ações do governador como contrárias aos interesses dos paulistas, Estado mais rico do País.

Nesta sexta-feira, 11, Tarcísio afirmou que se reuniu com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, em Brasília. Ele disse no X (antigo Twitter) que "a responsabilidade é de quem governa" e que vai abrir diálogo com as empresas paulistas sobre a tarifa.

"Conversamos sobre as consequências da tarifa para a indústria e o agronegócio brasileiro, além dos impactos para as empresas americanas", escreveu Tarcísio. "Vamos abrir diálogo com as empresas paulistas, lastreado em dados e argumentos consolidados, para buscar soluções efetivas."

Em outra categoria

Morreu na manhã desta quinta-feira, 16, aos 92 anos, Kanchha Sherpa, único membro sobrevivente da equipe de expedição de montanhismo que conquistou o Monte Everest pela primeira vez. A informação foi confirmada pela Associação de Montanhismo do Nepal. Ele deixa esposa, quatro filhos, duas filhas e netos.

Kanchha estava entre os 35 membros da equipe que colocou o neozelandês Edmund Hillary e seu guia sherpa Tenzing Norgay no topo do pico de 8.849 metros (29.032 pés) em 29 de maio de 1953. Ele foi um dos três sherpas - povo do Himalaia renomado como guias de montanhismo - a chegar ao acampamento final antes do cume com Hillary e Tenzing.

"Ele faleceu em paz em sua residência", disse Phur Gelje Sherpa à Associated Press, explicando que estava doente há algum tempo. "Um capítulo da história do montanhismo desapareceu com ele."

Nascido em 1933 em Namche Bazar, a porta de entrada para o Monte Everest, ele começou a praticar montanhismo aos 19 anos e permaneceu ativo no setor de expedições até os 50 anos.

Em uma entrevista à Associated Press em março de 2024, ele expressou preocupação com a superlotação e a sujeira no pico mais alto do mundo, exortando a necessidade de as pessoas respeitarem a montanha como uma deusa. "Seria melhor para a montanha reduzir o número de alpinistas", disse ele.

Entre os sherpas, o Everest é reverenciado como Qomolangma, ou deusa-mãe do mundo. Os membros da comunidade geralmente realizam rituais religiosos antes de escalar o pico. (Com informações da Associated Press)

O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, sobreviveu a duas votações de desconfiança que poderiam ter derrubado seu frágil novo governo e mergulhado a França em um caos político ainda maior, nesta quinta-feira, 16.

As votações na Assembleia Nacional abrem caminho para que o premiê enfrente o que pode ser um desafio ainda maior: conseguir aprovar um orçamento para 2026 para a segunda maior economia da União Europeia (UE) na câmara baixa do Parlamento antes do final do ano.

A sobrevivência de Lecornu também evita a necessidade imediata de o presidente francês, Emmanuel Macron, dissolver novamente a Assembleia Nacional e convocar eleições legislativas antecipadas, uma opção arriscada que o líder francês havia sinalizado que poderia tomar se o primeiro-ministro caísse.

O aliado do presidente francês enfrentou duas moções de desconfiança apresentadas por opositores de Macron - o partido de extrema-esquerda França Insubmissa e Marine Le Pen, do partido de extrema-direita Reunião Nacional.

A câmara de 577 assentos votou primeiro na moção da França Insubmissa - e ela não obteve sucesso por 18 votos, com 271 parlamentares apoiando-a. Era necessário uma maioria de 289 votos para ser aprovada. A segunda moção de Le Pen obteve apenas 144 votos, bem aquém de uma maioria. Fonte: Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou que usa tarifas como uma maneira de parar guerras, ao discursar em jantar na Casa Branca, nesta quarta-feira, 14. O republicano não forneceu mais detalhes, mas disse que os EUA estão "ganhando muito dinheiro" com as tarifas.

"Estamos indo bem no comércio", acrescentou. Na ocasião, Trump voltou a lamentar o fato de não ter vencido o Prêmio Nobel da Paz. "Parei guerras, mas ganhei o Nobel? Não, eu não ganhei."